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POV LUKE F. JAUREGUI
MIAMI, 14:30_

Estava na hora de ir embora da escola, meus novos amigos já tinham se despedido de mim e ido embora.

Mami nunca foi de atrasar para me buscar, talvez ela tenha ficado presa no trabalho e não iria conseguir vir, mas a vovó viria. Não é?

— Haha — O menino chato da minha turma riu de mim — Sua mãe te esqueceu, assim como ela esqueceu sua outra mãe.

— Cala a boca — Respondi bravo — Não fala das minhas mães, seu chato.

— Aí que medinho — Ele deu de ombros e mostrou a língua — Você é fraquinho.

— Você que é... — Gritei.

Corri para cima dele e nós dois caímos no chão, a moça da secretaria chegou junto com a cozinheira e nos separou.

— Luke, tudo bem? — Lidia, a moça da cantina perguntou, nós somos amigos — Você não é assim.

— Ele falou da minha mãe no céu e eu não gosto — Abaixei a cabeça — Porque sempre que isso acontece é culpa minha? Mamãe vai ficar brava comigo.

— Ela não ficará, eu falo com ela depois — Ela se abaixou na minha altura e apertou minhas bochechas — Oh pequeno, me olhando com esses olhos brilhantes, você é tão fofo.

— Obrigado tia — Abracei ela — Eu gosto muito da senhora.

— Eu também gosto muito de você, Luke — Ela beijou minha bochecha — Agora a tia tem que ir, senão eu chego muito tarde em casa e sua mãe daqui a pouco chega.

— Eu acho que ela me esqueceu ou não gosta mais de mim — Dei de ombros, triste — Acho que foi porque eu deixei o banheiro todo molhado e a toalha jogada. Tbm tem o cachorro que eu peguei do vizinho, ele fez xixi nas plantas da minha vovó.

— Ah pequeno, você é uma raridade — Ela riu se levantando — Até amanhã.

— Até, bons sonhos — Ela assentiu indo embora.

Fiquei mais um tempo sentado no banco esperando, triste, pelo menos o menino chato tinha ido embora, até ele.

— Oi querido, me desculpa, sua mãe me ligou quase agora — Vovó Clara chegou e eu a Abracei — Oh, está chorando.

— A mamãe não me quer mais né? — Olhei para vovó — Hoje de manhã ela nem me olhou direito e agora me deixou aqui, eu sei que faço bagunça, mas prometo Não fazer mais.

— Não é nada disso, meu bem — Vovó beijou minha cabeça — Ela está em uma reunião e se distraiu, mas eu vim. Ninguém vai te deixar, ok?

— Tá bom — sorri — podemos tomar sorvete então?

— Claro. Sua mãe é uma cabeça oca — Vovó disse e eu ri, mesmo não sabendo o que significava.

Vovó assinou que tinha ido me buscar e me pegou levantou pro carro, ela me colocou no banco de trás e me prendeu na cadeirinha.

Ligou o carro e colocou em uma rádio de músicas que eu não entendia nada, parecia que eles estava falando embolado.

— O que eles estão falando vovó? — perguntei e ela me olhou pelo retrovisor.

— Vou dar uns bons cascudos na sua mãe — Ela respondeu.

— Vovó é engraçada — ri olhando a vista da janela.

Nós chegamos a sorveteria perto de casa, vovó parou o carro e estacionou, Ela pegou na minha mão e olhando para os dois lados, para depois atravessando.

Maternidade (camren g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora