Maternidade (camren g!p)

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POV SOFIA CABELLO
CALIFÓRNIA, STANFORD, 09:30_

Hoje eu iria conhecer a universidade toda, cada canto,  tudo do campus, como funciona e saber se passei ou não.

Estava nervosa, suando demais, não queria fazer e nem falar nada errado ou parecer uma estranha, meus pais e irmãos vieram para dá uma olhada.

O bom é que se eu passar vergonha, o semestre só começa daqui à algumas semanas. E se as pessoas me reconhecerem? Aí não...

— Sofia precisa tomar um ar, está pálida — Camila falou para Papa.

— Eu estou bem — Falei engolindo em seco.

—Hija, você está pálida e suando demais — Mama se aproximou — Por quê não vai lá fora e toma um ar? Stanford não vai sair do lugar.

— Tudo bem, mas eu vou sozinha. Não quer ninguém me vigiando — Digo e eles assentiram.

Fui para o campus e fiquei olhando aquela grama maravilhosa, os blocos dos dormitórios, grupo de amigos conversando, rodas de músicos, pessoas aleatórias andando com livros na mão e fones de ouvidos, e é claro o grupo de atletas.

— Novata? — Um ruivo dos olhos azuis e cabelo comprido falou comigo — Vini, prazer.

— Acho melhor voltar lá dentro, eles já vão apresentar como funciona — Digo me levantando e dando as costa.

— Eu sou gay, Fica tranquila que não estou dando em cima de você — Ele continuou e me virei — E talvez serei seu monitor, o que seria um problemão me envolver com universitários... Mas às vezes acontece.

— Não sei se confio em você... — Olhei nos olhos dele.

— Tem razão, não se deve confiar em estranhos — Ele iria se virar para ir embora.

— Mas vou te dar esse voto de confiança, você me parece ser uma pessoa tão legal e engraçado — Digo e ele sorriu — Sofia, prazer.

— Sofia, me desculpa se você ficar desconfortável com isso e você sabe que eu sou gay... — Ele falou e eu assenti — Mas você é uma gata.

— Obrigada, você também. Quis dizer, um gato — Respondi rindo — Sabia que você era um cara legal, seu rosto é engraçado.

— É feio, pode falar a verdade — Nós rimos — Eu aguento.

— Não é isso que eu disse, acho que você é engraçado ao todo, seu jeito, suas careta... — Terminei de falar e esbarraram forte em mim — Hey!

— Olha a garota, Mackenzie! — Vini falou com a pessoa do esbarrão— Mal educada.

Uma garota de cabelo médio e castanho escuro, de touca, dos olhos azuis, um pouco mais alta que eu, com tatuagens nos dois braços e roupas pretas, menos a camiseta. É vermelha por causa da cor da bandeira de Stanford.

— Desculpa — Ela respondeu me olhando e olhou para o Vini — Carter, temos que ir. Vão começar.

— Estou indo — Ele respondeu e ela entrou no prédio — Você está bem? Mackenzie é idiota, não liga.

— Estou bem, não foi tão forte — Olhei a porta que ela entrou. — Uma bad girl, bem previsível. Ela é a mãe da chuva aqui?

— Ela é monitora também, mas sim, ela é mãe da chuva aqui. — Ele fez uma pausa — Ela e seu grupo de amigos baderneiros, que inclusive eu faço parte.

— Achei que os valentões seriam o time de futebol ou de basquete, como nos filmes? — Olhei pra ele e ele sorriu.

— Eles são, mas tem medo da Mackenzie. Ela é meio louca e não liga pra nada — Ele deu de ombros — E isso não é um filme clichê Norte-Americano.