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Berlim - Andrés de Fonollosa

Um último adeus...

resumo🦋: todos se reúnem para o funeral de Berlim. O leitor está lá para vê-lo pela última vez.

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Desde o roubo, ou devo dizer o último dia do roubo, tenho tido problemas para dormir e comer. Fizemos todos com o dinheiro e acabei com o dobro, o Sérgio prometeu que ia dar tudo certo mas também lutava por dentro. Helsinki teve que me arrastar para fora do banco quando tentei voltar para Berlim, trocamos um último olhar antes que ele levasse vários tiros, um último adeus.

Ele foi deixado no banco com o cadáver de Oslo. Presumo que a polícia tenha levado seus corpos para fazer imediatamente a autópsia, investigar e talvez informar suas famílias. Embora eles não liguem para nada disso porque somos criminosos.

Faz apenas alguns dias, mas parecem semanas ou mesmo meses do inferno desde que perdi Berlim, meu amado Andrés de Fonollosa.

Sergio investigou o que aconteceu com seu corpo e entrou em contato com algumas pessoas para resgatar seu corpo e o de Oslo para um funeral privado adequado.

Aos poucos me vesti com um vestido preto e coloquei o colar que Andrés guardava consigo e me deu antes de nos despedirmos, a corrente ainda tinha um pouco de respingo de sangue. Eu realmente queria que ele viesse comigo, provavelmente poderíamos ter viajado para a França, já que ele queria me mostrar sua casa.

Houve uma batida suave na porta e me virei para ver Sergio vestido tão bem como sempre, mas inteiramente de preto. Ele olhou para mim com olhos tristes e empurrou os óculos até o nariz. — Você está pronta, senhorita S/N? — Ele sussurrou e olhou nos meus olhos.

Juntos, saímos e eu sentei no banco do passageiro de seu carro e dirigimos até uma igreja lindamente estruturada. Entramos e vi Nairóbi, Tóquio, Rio, Helsinki, Denver e Monica sentados.

Engoli em seco quando olhei para frente e vi dois caixões abertos com várias flores adornando ao redor deles. Sérgio olhou para mim e lentamente subiu as escadas para ver seu irmão. Observei Sérgio por alguns segundos enquanto ele olhava para baixo e percebi que ele estava chorando sozinho.

Nairóbi segurou minha mão já que ela percebeu o quanto eu estava assustado, ela segurou suavemente e então fui até o lado de Sérgio e olhei primeiro para Oslo e depois para meu amado Andrés.

— Ele parece tão em paz. — Murmurei e segurei o braço de Sérgio enquanto sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Sérgio deu uma risada suave e enxugou seus olhos rapidamente e acenou com a cabeça.

— Você sabe que ele não iria calar a boca sobre você. Eu não concordo com você e com o relacionamento dele, já que ele sempre viu as mulheres mais como objetos, mas você genuinamente o mudou. — Eu dei a ele um pequeno sorriso.

— Ele morreu como um herói. — Eu sussurro e o Sérgio me deixa sozinha e vai para o fundo da igreja quando avista alguém entrar. Um homem vestindo uma capa de couro preto e lançando punhais para Sérgio. Eu nunca o vi antes.

Rapidamente me concentrei em Andrés novamente e sorri com nossas memórias juntos. Ele estava vestido com seu melhor terno e tinha as mãos juntas com sua aliança de casamento. Olhei para o meu dedo e encontrei o mesmo, Denver rapidamente antes de tudo ir para o inferno 'casar' conosco.

— Ainda me pergunto por que você nunca me contou sobre a sua doença, eu ainda teria ficado com você Andrés. Por que você deixou Sérgio e eu? — Eu questiono como se esperasse que ele me respondesse.

Eu pressiono meus dedos em meus lábios e os pressiono nos de Andrés. Eu continuo a chorar e lentamente cheguei ao lado de Sérgio. Os dois homens pararam de falar e Sérgio segurou-me calorosamente pelo ombro. — Este é Martín, S/N. — Disse Sérgio antes de ser interrompido pelo homem.

— Eu sei. Se ouvi tudo sobre você. — Ele disse com um tom sarcástico em sua voz. — Você foi o sexto brinquedo de Andrés. — Ele diz quase olhando para mim.

— Martín... — Sérgio avisa se colocando entre nós quando Martín se aproxima de mim. Ele tentou empurrar Sérgio enquanto ele continuava. — Diga-me onde você estava quando Andrés foi baleado e morto? Estava chorando como todas as mulheres choram quando perdem seus entes queridos?

Olhamos um para o outro, mas ao contrário dele, eu não consegui pensar em uma resposta. — Pare com isso! — Sérgio disse a ele com raiva o que nos rendeu olhares da turma que nos olhava com expressões confusas.

— Eu fui amigo dele desde o começo, então não se atrevam a me dizer para agir como se isso não estivesse acontecendo. Ele está morto por causa de vocês dois. — Os frios olhos verdes de Martín disseram enquanto olhava para Sérgio e eu subi para ver seu velho amigo. Fechei os olhos, exausto, e encostei-me na parede e falei para o chão. Sérgio desceu, sentou-se comigo e gentilmente pegou minhas mãos nas suas.

— Nós vamos superar isso, S/N. A polícia vai pagar pelo que eles fizeram para nós. — Sérgio murmurou. Olhamos um para o outro e eu descansei minha cabeça em seu ombro e, com tristeza, olhei para frente.

By @kimhargreeves vía - Tumblr.