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O professor - Sérgio Marquina

resumo🦋: onde a leitora gosta do professor e decide confessar noites antes do assalto, mas ele quer se manter fiel à regra de relacionamento dele.

avisos🦋: menção de uma arma, não comer / beber, angústia, ocorre na primeira temporada!

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Você estava em uma posição difícil. Por um lado, você queria esperar até que tudo acabasse. Por outro lado, você não tinha certeza se sairia vivo. Você sabia sobre a regra dele de não se envolver em nenhum tipo de relacionamento e ele o levava muito a sério, mas a questão era que você era absolutamente ele mortal e estava disposto a correr esse risco. Então, aqui estava você, prestes a confessar seus sentimentos por ele.

Você esperou até que todos tivessem saído da sala de aula e respirou fundo. Você tinha as mãos úmidas e tremia levemente. 

— I- uhm.. Posso falar com você por um minuto? — Você perguntou ao professor. Ele se virou, longe de seu quadro-negro com as sobrancelhas levantadas. Seus óculos escorregaram um pouco pelo nariz, então ele os empurrou para cima. Você achou adorável. Assim como ele torcia o nariz sempre que você falava com ele.

— Certo. Falei rápido demais ou não tive certeza de alguma coisa? — Ele gaguejou. Ele imediatamente começou a duvidar de si mesmo se realmente havia perdido alguma coisa que deveria explicar.

— Não não. Você foi ótimo. Eu só, uhm.. eu meio que tenho algo para te dizer.. — Você parou. — Algo pessoal.

— Bali, você sabe como me sinto sobre compartilhar informações pessoais. Eu disse especificamente a você. — Afirmou. De repente, você se sentiu incrivelmente estúpido. Como você achou que isso funcionaria quando ele disse claramente que não queria que nenhuma informação pessoal fosse compartilhada?

— Eu sei... Só quero que você saiba de uma coisa, caso as coisas dêem errado. Não precisa atrapalhar todo o seu plano. Se você não sente o mesmo, podemos fingir que nunca aconteceu. — Você acenou com a mão, sem saber realmente o que fazer com as mãos. — Eu só queria que você soubesse que eu realmente gosto de você. Mais do que um amigo ou professor, ou o que quer que você seja para mim. Eu acho você muito bonito e legal. Então, sim... — Você falou.

Você não pode ler seu rosto. Você viu um pouco de choque passar pelo rosto dele, mas não dava para saber o que ele estava pensando.

— Nós vamos..? Estou apenas me envergonhando ou talvez você sinta o mesmo? Não precisa ser uma resposta longa. Apenas um sim ou não está bom. — Você divagou. 

Ele olhou para você, mexeu nos óculos e voltou a olhar para o quadro-negro.

— Eu preferia que você não tivesse compartilhado isso. Isso torna tudo muito mais complicado. — Ele suspirou e pegou um pedaço de giz. — Ainda posso confiar em você para concluir suas tarefas?

Você franziu a testa, sentindo-se não apenas rejeitado, mas também muito usado ao mesmo tempo.

— Não estou pedindo que você se case comigo. Só estou perguntando se você pode sentir o mesmo... Você não precisa ser tão rude. — Sua voz falhou. Sérgio se deu um tapa mentalmente na cara por te machucar, mas ele tinha que fazer.

— Você conhecia as regras. Eu disse para você não compartilhar nada pessoal. Os relacionamentos tornam tudo muito mais difícil. Não posso permitir que isso falhe. Fiz essas regras por um motivo. — Disse ele. Foi como um tapa na cara. Ele nem mesmo teve o respeito de te dizer a) se sentia ou não o mesmo, mas também b) de te olhar nos olhos.