• Capítulo 1 •

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New York  |  2015

Natasha podia ouvir a farra da festa que estava acontecendo do outro lado da porta. Ela e sua irmã, Yelena, permaneciam sentadas na cama enquanto escutavam Wanda reclamar da dor de cabeça.

Finalmente o verão tinha começado. Finalmente ela poderia tirar umas férias da faculdade de Medicina Veterinária. Natasha sempre amou animais, e desde que tinha dez anos, se imaginava cuidando deles. Yelena fazia Administração por não ter a mínima ideia do que fazer, e Wanda estava no penúltimo ano da faculdade de Pedagogia.

As três, jovens e solteiras, deveriam curtir esses meses ao máximo. Mas era um péssimo começo quando duas delas já estavam caindo de sono.

— Vocês são péssimas — Natasha interrompeu os resmungos de Wanda — Eu sempre fico firme e vocês desmaiam com cinco doses de vodca.

— Eu odeio isso em mim mesma — Yelena concordou com a irmã.

— Realmente, sou fraca pra bebida — Wanda sussurrou preguiçosa.

Por sorte, Natasha encontrou um quarto vago naquele casarão enorme. O campus inteiro devia estar ali e de tão bêbados, provavelmente apagariam em qualquer canto.

Ela ouviu uma batida na porta e se levantou da cama, vendo que a irmã já estava no décimo sono. Natasha segurava um copo vermelho quando abriu a porta, encontrando alguém de costas.

— Posso ajudar? — ela perguntou temendo que fosse um tarado com o cú cheio de cachaça.

— Na verdade pode sim — então ele se virou e Natasha caiu o olhar para a mulher colada nele — Essa maluca tentou me atacar no corredor, parece que acabou de levar um chifre e quer se "vingar".

— Bem, acho que... — Nat inspirou profundamente quando ergueu seus olhos verdes para a face do homem. Ela piscou, tentando se lembrar se já tinha visto alguém tão lindo assim. A memória lhe falhou entretanto um sorriso leve curvou nos lábios cheios dela — Posso colocá-la para dormir nesse quarto com minhas amigas. Será apenas mais uma bêbada e sonolenta.

— Sendo assim, obrigado — o rapaz sorriu totalmente desconfigurado com a bela mulher em sua frente.

Aquele cabelo ruivo fazendo contraste com o vestido branco, os olhos atentos capturando tudo, a boca carnuda e as bochechas coradas pelo possível nível de álcool no sangue. Uau!

Minha nossa, ela era incrivelmente atrativa. Tudo, tudo, tudo nela, chamava atenção.

Só se ouvia as conversas e gritarias que aconteciam ao redor deles. Natasha optou por tomar a iniciativa e se apresentar estendendo a mão com as unhas pintadas num tom nude.

— Natasha — ela disse sem vacilar o olhar dele — Natasha Romanoff.

— Obrigado de novo, Natasha — aceitou o aperto de mãos — E eu sou Steve Rogers.

A garota que estava nos braços de Steve, cambaleou pra frente. Natasha a segurou antes que ela tropeçasse nos próprios saltos.

— Quem é você? — a voz saiu embolada e confusa — Não importa. É gostosa, quer ficar comigo?

— Ok... vamos deitar? Vamos deitar — ela a arrastou para a outra cama que tinha no quarto e deitou a garota morena lá — Está bem, agora esqueça o chifre e se concentre na sua dor de cabeça.

Foram questões de segundos para a garota resmungar e sumir da realidade, roncando feito uma porquinha.

— Então, trabalhando de babá? — Steve perguntou focando o olhar nas mulheres jogadas na cama da janela.

Sua filha, Sarah | RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora