• Capítulo 45 •

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Trysney | 2023

O disparo assustou todos, mas principalmente Natasha. Ela não tirou as mãos de Wanda, apenas levantou a cabeça procurando quem tinha sido atingido. Ela verificou os lados e Yelena continuava bem, assim como Bucky. Então quando percebeu quem faltava, virou-se imediatamente na direção. 

Natasha juntou as sobrancelhas, uma expressão surpresa esticou seu rosto. A cena a deixou impressionada. 

— Steve — ela sussurrou, fazendo com que ele tirasse os olhos do que havia feito.

Ele a encarou e depois encarou o homem que havia sido morto pelo seu tiro na cabeça. Steve Rogers tinha atirado em alguém, aliás, possivelmente matado. A arma em sua mão abaixou e ele correu até o grupo tentando ajudar Wanda.

Aquele verme estava preparado para machucar mais pessoas quando Steve o impediu. E se não tivesse parado, a pessoa sangrando no carpete seria Bucky, Natasha ou Yelena. Era uma escolha da qual ele não se arrependia. Ele não queria ter feito aquilo, mas ainda bem que fez.

— Eu disse que faria o que tivesse que ser feito — ele esperou que isso bastasse de resposta para ele no momento.

— Cadê a merda da ambulância?! — James perguntou exasperado.

— Não fique desesperado, isso desespera ela também — Yelena tentou avisar, mas nem ela mesmo estava conseguindo cumprir.

— Ela está morrendo nos meus braços, Yelena! — ele revidou gritando.

Bucky continuou apertando as bochechas dela numa tentativa de a manter acordada, mas cada vez mais Wanda fechava os olhos. Ela o olhava com uma calma assustadora, como se estivesse pronta para o destino.

— Bucky — Steve o chamou, vendo gotas de lágrimas escorrendo pelo rosto dele.

— Ela está morrendo nos meus braços… — repetiu sussurrando.

— Wan, por favor… — suplicou Natasha, dando tudo de si para pressionar a lesão mesmo com as mãos tremendo levemente — Não faz isso comigo.

Um motor de carro soou alto, e uma mulher com cabelos escuros como a noite desceu de lá, acompanhada de três pessoas. Steve virou-se para Natasha, numa pergunta silenciosa de quem eram. Ela olhou Sif e a chamou para perto.

— Sdelayte tak, chtoby eto vyglyadelo kak pokhishcheniye, i uberite vse dokazatel'stva obratnogo (Faça com que pareça um sequestro e limpe todas as evidências do contrário).

Sif assentiu, olhando o que Natasha fazia. Até perceber que a garota sangrando e morrendo era Wanda.

— Puta merda, é a Wanda! — ela se agachou na porta, tocando a mão de Wanda — Nunca fomos apresentadas, mas as russas falam muito de você.

Wanda conseguiu dar um sorrisinho em meio àquele caos, engolindo em seco logo em seguida. A mulher girou a cabeça e viu quem estava ao redor dela, parando em Bucky novamente. Ela fez um esforço e segurou a mão dele em seu rosto, fazendo positivo com a cabeça. Ele fez negativo franzindo a testa.

Steve não era tão próximo de Wanda, mas sentia-se destruído pelo desespero do irmão e de Natasha. Morrer daquela forma gerava um sentimento de compaixão nele. Wanda não merecia aquilo.

Sif se ergueu e começou a dar ordens em uma língua diferente para as pessoas que tinham ido com ela. Elas se dissiparam para o fundo da casa e realizaram seu trabalho em silêncio e rapidamente. Em menos de cinco minutos eles já haviam terminado.

— Terminaram? — Yelena perguntou.

— Sim — ela concordou e entrou no carro — Conversamos depois. Espero que a Wanda saia dessa.

Sua filha, Sarah | RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora