XVI A QUINTA RAÇA

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Com a chegada dos remanescentes da Atlântida, os povos Hiperbóreos
ganharam forte impulso civilizador e, após várias transformações operadas no seu 
tipo fundamental biológico, por efeito  do  clima, dos costumes e dos cruzamentos
com os tipos­base, já previamente selecionados pelos auxiliares do Cristo, conseguiram estabelecer os elementos etnográficos essenciais e definitivos do 
homem branco, de estatura elegante e magnífica, cabelos ruivos, olhos azuis, rosto 
de feições delicadas. Nessa época, como tantas vezes sucedera no globo  anteriormente, esse
continente começou a sofrer um processo de intenso resfriamento que tornou toda a
região inóspita, hostil à vida humana. Por essa razão, os Hiperbóreos foram obrigados a emigrar em massa e
quase repentinamente para o sul, invadindo o centro do planalto europeu, onde se
procuraram estabelecer. Eis como E. Schuré, o inspirado autor de tantas e tão belas obras de fundo 
espiritualista, descreve esse êxodo:
Se o sol da África incubou a raça negra, direi que os gelos do pólo ártico  viram a eclosão  da raça branca. Estes  são  os  Hiperbóreos  dos  quais  fala a mitologia grega. Esses homens de cabelos vermelhos, olhos azuis, vieram do norte, através  de florestas  iluminadas  por auroras boreais, acompanhados de cães  e de renas, comandados por chefes temerários e impulsionados por mulheres videntes. Raça que deveria inventar o  culto do sol 18 e do fogo sagrado  e trazer para o mundo a nostalgia do céu, umas vezes se revoltando contra ele e tentando  escalá­lo  de  assalto e outras se prosternando  ante seus  esplendores  em uma
adoração absoluta.
Como se vê, a Quinta Raça foi a última, no tempo, e a mais aperfeiçoada, que apareceu  na Terra, como fruto natural de um longo processo evolutivo, superiormente orientado pelos Dirigentes Espirituais do planeta. Ao se estabelecerem no centro da Europa os Hiperbóreos, logo a seguir e
antes que pudessem definitivamente se fixar, foram defrontados pelos negros que
subiam da África, sob a chefia de conquistadores violentos e aguerridos, que
18 Culto primitivo de todos os povos da Atlântida, conservados pelos druidas (termo Celta que significa
“de Deus” e “ruído que fala”:  intérprete de Deus médium)  e por outros,  que vieram depois,  inclusive persas e egípcios.
abrigavam suas hordas sob o  estandarte do Touro, símbolo da força bruta e da
violência.Essas duas raças que assim se enfrentavam, representando civilizações
diferentes e antagônicas, preparavam­se para uma guerra implacável, uma
carnificina inglória e estúpida, quando os poderes espirituais do Alto, visando mais
que tudo preservar aqueles valiosos espécimes brancos, portadores de uma
civilização mais avançada e tão  laboriosamente selecionados, polarizaram suas
forças em RAMA, jovem sacerdote do seu culto — o primeiro dos grandes enviados
históricos do Divino Mestre — dando­lhe poderes para que debelasse uma terrível
epidemia que lavrara no seu  povo e adquirisse junto deste, enorme prestígio e
respeito.Assim, sobrepondo­se, mesmo, às sacerdotisas que exerciam completo 
predomínio  religioso, Rama assumiu  a direção efetiva do povo, levantou  o 
estandarte do Cordeiro — símbolo da paz e da renúncia — e, no momento julgado 
oportuno, conduziu­o para os lados do Oriente, atravessando a Pérsia e invadindo a
índia, desalojando os rutas primitivos e aí estabelecendo, sob o nome de Árias, os
homens da gloriosa Quinta Raça. Esses mesmos homens que, tempos mais tarde, se espalharam
dominadoramente em várias direções, mas, notadamente para o Ocidente, conquistando novamente a Europa até as bordas do Mediterrâneo, nessas regiões
plantaram os fundamentos de uma civilização  mais avançada que todas as
precedentes e da qual somos todos os homens brancos, os atuais descendentes e
herdeiros.

Agora, podemos apresentar um esboço  das cinco raças que viveram no 
mundo, antes e depois da chegada dos capelinos. São as seguintes:
1º. A raça formada por espíritos que viveram no astral terreno, que não 
possuíam corpos materiais, e, por isso, não encarnaram na Terra. Característica fundamental: “astralidade”. 2º. A raça formada por espíritos já encarnados, que desenvolveram forma, corpo e vida própria, conquanto pouco consistentes. Características: “semi­  astralidade”. 3º. Raça Lemuriana –  Estabilização de corpo, forma e vida, e acentuada
eliminação dos restos da “astralidade inferior”. Com esta raça começaram a
descer os capelinos. Não se conhecem as sub­raças. 4º. Raça Atlante –  Predomínio da materialidade inferior. Poderio material. Grupos étnicos: Romahals, Travlatis, Semitas, Acádios, Mongóis, Turanianos e Toltecas. 5º. Raça Ariana –  Predomínio intelectual. Evoluiu  até o atual quinto grupo 
étnico, na seguinte ordem: indo­ariana, acadiana, caldaica, egípcia, européia.
A substituição das raças não se faz por cortes súbitos e completos, mas, normalmente, por etapas, permanecendo sempre uma parcela, como remanescente
histórico  e etnográfico. Apesar de pertencermos à Quinta Raça ainda existem na
crosta planetária povos representantes das raças anteriores (terceira e quarta) em vias
de desaparecimento, nos próximos cataclismos evolutivos. Ao grande ciclo ariano (5ª raça)  na evolução humana compete o 
desenvolvimento intelectual e às raças seguintes o da intuição e da sabedoria.

OS EXILADOS DA CAPELAOnde histórias criam vida. Descubra agora