Com a chegada dos remanescentes da Atlântida, os povos Hiperbóreos
ganharam forte impulso civilizador e, após várias transformações operadas no seu
tipo fundamental biológico, por efeito do clima, dos costumes e dos cruzamentos
com os tiposbase, já previamente selecionados pelos auxiliares do Cristo, conseguiram estabelecer os elementos etnográficos essenciais e definitivos do
homem branco, de estatura elegante e magnífica, cabelos ruivos, olhos azuis, rosto
de feições delicadas. Nessa época, como tantas vezes sucedera no globo anteriormente, esse
continente começou a sofrer um processo de intenso resfriamento que tornou toda a
região inóspita, hostil à vida humana. Por essa razão, os Hiperbóreos foram obrigados a emigrar em massa e
quase repentinamente para o sul, invadindo o centro do planalto europeu, onde se
procuraram estabelecer. Eis como E. Schuré, o inspirado autor de tantas e tão belas obras de fundo
espiritualista, descreve esse êxodo:
Se o sol da África incubou a raça negra, direi que os gelos do pólo ártico viram a eclosão da raça branca. Estes são os Hiperbóreos dos quais fala a mitologia grega. Esses homens de cabelos vermelhos, olhos azuis, vieram do norte, através de florestas iluminadas por auroras boreais, acompanhados de cães e de renas, comandados por chefes temerários e impulsionados por mulheres videntes. Raça que deveria inventar o culto do sol 18 e do fogo sagrado e trazer para o mundo a nostalgia do céu, umas vezes se revoltando contra ele e tentando escalálo de assalto e outras se prosternando ante seus esplendores em uma
adoração absoluta.
Como se vê, a Quinta Raça foi a última, no tempo, e a mais aperfeiçoada, que apareceu na Terra, como fruto natural de um longo processo evolutivo, superiormente orientado pelos Dirigentes Espirituais do planeta. Ao se estabelecerem no centro da Europa os Hiperbóreos, logo a seguir e
antes que pudessem definitivamente se fixar, foram defrontados pelos negros que
subiam da África, sob a chefia de conquistadores violentos e aguerridos, que
18 Culto primitivo de todos os povos da Atlântida, conservados pelos druidas (termo Celta que significa
“de Deus” e “ruído que fala”: intérprete de Deus médium) e por outros, que vieram depois, inclusive persas e egípcios.
abrigavam suas hordas sob o estandarte do Touro, símbolo da força bruta e da
violência.Essas duas raças que assim se enfrentavam, representando civilizações
diferentes e antagônicas, preparavamse para uma guerra implacável, uma
carnificina inglória e estúpida, quando os poderes espirituais do Alto, visando mais
que tudo preservar aqueles valiosos espécimes brancos, portadores de uma
civilização mais avançada e tão laboriosamente selecionados, polarizaram suas
forças em RAMA, jovem sacerdote do seu culto — o primeiro dos grandes enviados
históricos do Divino Mestre — dandolhe poderes para que debelasse uma terrível
epidemia que lavrara no seu povo e adquirisse junto deste, enorme prestígio e
respeito.Assim, sobrepondose, mesmo, às sacerdotisas que exerciam completo
predomínio religioso, Rama assumiu a direção efetiva do povo, levantou o
estandarte do Cordeiro — símbolo da paz e da renúncia — e, no momento julgado
oportuno, conduziuo para os lados do Oriente, atravessando a Pérsia e invadindo a
índia, desalojando os rutas primitivos e aí estabelecendo, sob o nome de Árias, os
homens da gloriosa Quinta Raça. Esses mesmos homens que, tempos mais tarde, se espalharam
dominadoramente em várias direções, mas, notadamente para o Ocidente, conquistando novamente a Europa até as bordas do Mediterrâneo, nessas regiões
plantaram os fundamentos de uma civilização mais avançada que todas as
precedentes e da qual somos todos os homens brancos, os atuais descendentes e
herdeiros.
*
Agora, podemos apresentar um esboço das cinco raças que viveram no
mundo, antes e depois da chegada dos capelinos. São as seguintes:
1º. A raça formada por espíritos que viveram no astral terreno, que não
possuíam corpos materiais, e, por isso, não encarnaram na Terra. Característica fundamental: “astralidade”. 2º. A raça formada por espíritos já encarnados, que desenvolveram forma, corpo e vida própria, conquanto pouco consistentes. Características: “semi astralidade”. 3º. Raça Lemuriana – Estabilização de corpo, forma e vida, e acentuada
eliminação dos restos da “astralidade inferior”. Com esta raça começaram a
descer os capelinos. Não se conhecem as subraças. 4º. Raça Atlante – Predomínio da materialidade inferior. Poderio material. Grupos étnicos: Romahals, Travlatis, Semitas, Acádios, Mongóis, Turanianos e Toltecas. 5º. Raça Ariana – Predomínio intelectual. Evoluiu até o atual quinto grupo
étnico, na seguinte ordem: indoariana, acadiana, caldaica, egípcia, européia.
A substituição das raças não se faz por cortes súbitos e completos, mas, normalmente, por etapas, permanecendo sempre uma parcela, como remanescente
histórico e etnográfico. Apesar de pertencermos à Quinta Raça ainda existem na
crosta planetária povos representantes das raças anteriores (terceira e quarta) em vias
de desaparecimento, nos próximos cataclismos evolutivos. Ao grande ciclo ariano (5ª raça) na evolução humana compete o
desenvolvimento intelectual e às raças seguintes o da intuição e da sabedoria.
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OS EXILADOS DA CAPELA
SpiritualOs Exilados da Capela é uma das obras de Edgard Armond que trata de forma abrangente a evolução espiritual da humanidade terrestre segundo tradições proféticas e religiosas, apoiadas em considerações de natureza histórica e científica. Além d...