Capítulo 24 - I mean that I will be a grandfather?

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  Atenta eu olhava para todos os lados daquele local enorme, com a arma posicionada pronta para atirar em quem quer que fosse. Eu, Ivy e Marcela estávamos em um lugar que fomos mandadas, provavelmente havia vários terroristas por ali. E era óbvio: atirar pra matar.

  Faz quase um mês que estamos nessa missão, graças a Deus está tudo ocorrendo bem, não houve nenhum acidente e isso que importa. Rafaella trocou apenas uma carta comigo até agora, ela disse que está ansiosa para saber se está grávida e que sente minha falta. Falou que ainda está magoada, mas tudo que eu consigo me lembrar é do "eu te amo, meu amor" no final. É claro que eu também enviei uma carta para ela, disse que estava tudo bem, mas não falei a data que iria voltar.

  O local onde estávamos chegava a ser assustador, prédios com vidros quebrados e ruas desertas. Cada passo que dávamos tinha que ser com muito cuidado, não podíamos dar mole algum. Aquele local parecia não ter ninguém, mas sabíamos muito bem que tinham e iríamos encontrá-los.

   – Vamos nos dividir.

  Sussurrei para as duas que assentiram. Fui pelo lado direito em uma rua de terra que estava puro a barro. Ouvi um barulho perto de uma árvore que havia ali então, virei meu corpo rapidamente para aquele local. Uma movimentação se fez presente naquelas folhas, mas logo me aliviei ao ver que era apenas um gato. Continuei a caminhar por mais algum tempo, já estava longe do local de onde as meninas estavam mas não me importei. Ali não havia mais casas e nem prédios, apenas alguns buracos enormes como se tivesse recebido várias bombas, e acho que foi exatamente o que aconteceu.

  Passos foram ouvidos por mim então, voltei a me concentrar. Virei de costas para aqueles enormes buracos, sabendo que havia um bem atrás de mim. Os passos foram mais uma vez ouvidos se aproximando, e quando menos esperei um cara de capuz saiu de trás de uma lixeira atirando em minha direção. Senti meu braço queimar, mas ignorei completamente atirando dias vezes no peito do homem. O corpo do mesmo foi ao chão, e eu larguei a arma com a dor que senti em meu braço esquerdo.

   – Puta merda.

  Tentei dar um passo, mas acabei escorregando e caindo pra trás daquele maldito buraco. Não era muito fundo, no máximo um metro de profundidade, mas foi o bastante para que eu não conseguisse levantar. Toquei meu braço que estava doendo, o tiro pegou de raspão, mas foi o bastante para que fizesse o mesmo sangrar sem parar. Gemi de dor rasgando minha roupa no local onde havia recebido o tiro. Joguei minha cabeça para trás sentindo a dor e com toda força do mundo gritei por ajuda, mas ninguém apareceu. Sempre combinamos de nunca nos afastar dos demais, e olha o que eu fiz?! Fechei meus olhos por alguns segundos, sentindo a fraqueza tomar conta e em questão de segundos eu me apaguei.

Pov's Rafa

   – Será que já tem alguém aqui?

  Perguntei pra mim mesma, acariciando minha barriga em frente do espelho. Ficava por horas me olhando no espelho tentando encontrar alguma diferença. Já faz quase um pouco mais de um mês desde a inseminação, tudo indica que deu certo por exemplo minha menstruação atrasar. Mariana disse que pra mim ir até ela quando notasse algo, mas não quero. Quero ter a certeza, e isso acontecerá quando eu tiver com os enjoos e desejos.

  Franzi a testa ao ouvir a campainha tocar, vesti a primeira blusa que vi e desci as escadas em passos rápidos. A campainha ainda tocou mais uma vez antes que eu abrisse a porta e me deparasse com um homem de uniforme. Estranhei ainda mais aquele desconhecido ali.

   – Podemos conversar? É sobre sua esposa, Gizelly Bicalho.

   – O que aconteceu? Ela está bem, não é?

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