Abri meus olhos sentindo uma claridade forte nos mesmos. Respirei fundo, me lembrando da causa do meu desmaio então me acostumei com a claridade do local e abri os olhos totalmente.
– Rafa, filha, está se sentindo bem?
Quem estava ali era minha mãe, tocando em minha mão. Assenti me sentando na maca em que eu estava.
– Onde está a dona Márcia? Cadê a Gizelly? Ela está bem?
– Rafa, calma. Gizelly está bem, okay? Voce Está no mesmo local que ela.
– O que? Gizelly está aqui? Eu quero ver ela!
Tentei me movimentar para sair da maca, mas minha mãe impediu segurando em meus braços. Resmunguei sabendo que ela não me deixaria sair dali.
– Como você sabe, Gizelly levou um tiro, quando a encontraram levaram para o hospital mais próximo e quando ela pode viajar, trouxeram ela pra cá, que no caso foi quando você recebeu a ligação.
– Quer dizer então que já haviam encontrado Gizelly, e não me falaram nada?
– Calma, tá bom? Eles sabiam que você ia se desesperar então, acharam melhor avisar só quando ela estivesse vindo pra cá.
– Me deixa ver ela.
Implorei com um tom totalmente manhoso.
– Com licença, senhora Kalimann.
Olhei para porta onde entrava um homem, provavelmente era o médico que tava cuidando de mim.
– Vejo que já acordou. - sorriu se aproximando. - bom, pelo que já vi está tudo bem com você, o desmaio é normal na situação que você está e ainda mais quando se trata do emocional.
– Situação? Que situação?
Minha mãe franziu a testa.
– Vocês não sabem? Rafa está grávida.
Olhei para o médico, sorrindo largo com a revelação. Já estava desconfiando, agora eu tenho certeza. Eu e Gizelly teremos nosso primeiro bebê, não poderia estar mais animada.
– Você... - a loira me encarou. - mas como?
Ri fraco da sua reação.
– Depois eu te explico, mãe. Agora eu quero ver a Gizelly e contar essa novidade maravilhosa para ela, na verdade eu também quero dar uns belos tapas nela porque eu avisei que não era pra ela ir.
Levantei da cama, disposta a sair sem a interferência de ninguém. O médico me apoiou, me guiando até o quarto onde Gizelly se encontrava. Pelo caminho ele explicou que o tiro foi de raspão, mas a Gizelly ficou muito fraca por isso precisou ganhar sangue e alguns pontos no braço. Sem contar dos dias que ela passou se comer e sem beber nada, o que causou vários desmaios enquanto ela ainda estava perdida. O que importa é que minha ruiva está sã e salva.
– Está entregue.
Ele sorriu, parando em frente a porta do quarto onde Gizelly estava. Respirei fundo, agradecendo ao mesmo com um sorriso e adentrando ao quarto logo em seguida. Eu estava tão nervosa, brava, triste, feliz... Tantas coisas. O quarto estava cheio, todos envolta da cama de Gizelly. Júlio, Manoela, Bruna, Márcia, João e meu pai. Me perguntava como todos foram parar ali.
– Rafaella.
Ah, essa voz rouca chamando meu nome. Sim, Gizelly foi a primeira a me ver. Seus olhos castanhos focaram nos meus e como uma fraca eu desabei na frente de todos. Um choro sofrido começou a sair pela minha garganta, sentia meu coração cada vez mais acelerado.
– Princesa... Não chora, vem cá vem.
Então, vi todos darem passos em direção a porta saindo pela mesma. Em passos lentos fui até Gizelly, e me joguei em seus braços. Nem me importei com o gemido de dor que saiu pelos seus lábios, apenas me agarrei mais nela.
– Eu tive tanto medo, tanto medo de te perder, Gizelly.
– Princesa, eu tô bem agora. Estou aqui com você, fica calma.
– Eu sabia que eu não estava tendo um pressentimento ruim atoa, Gizelly. Quando veio a notícia de que você estava sumida eu quase passei mal.
– Deu tudo certo, não aconteceu nada demais.
– Nada demais? Você quase morreu! Tem noção disso, Gizelly? Eu iria ficar sem você, nós iríamos ficar sem você.
– Olha, meus pais...
– Não estou falando dos seus pais, Gizelly. Acabei de descobrir que estou grávida, nosso primeiro bebê.
– Oh, meu Deus. Isso é maravilhoso, quer dizer...
– Quer dizer que você vai largar o exército, Gizelly.
A interrompi, falando totalmente sem pensar. As lágrimas ainda caíam pelo meu rosto ao ver o quão pálida, e o quão machucada ela estava.
– Você vai largar, não vai?
– A gente pode conversar sobre isso depois? Prometo que não vai se arrepender
Falou olhando em meus olhos.
– Tá bom, mas espero mesmo que eu não me arrependa.
– Não vai, minha princesa. Eu te amo viu?
– Eu também te amo, Titchela.
Disse dando um selinho em seus lábios. Era só eu e ela naquele momento e é isso que importa.
NOTAS FINAIS
Oi, voltei! O capítulo foi curtinho mas finalmente veio aí hein, e será que finalmente a gege vai gostar da Gi? E o que será que a gi vai falar pra Rafa? Deixem nos comentários e até a próxima.
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Think Of me - girafa version
FanfictionQuando estiver deitada em meu travesseiro favorito, tudo o que você quer é dormir. Quando estiver olhando pela janela do quarto, você pensa em mim? Pense em mim. E eu estou nesse amor louco pra ficar então pense em mim, pense em mim. Porque se eu fa...