Capítulo V

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Hey! Prontas pra saber quem era o salvador desconhecido?
Essa menina da foto é a Laísa, achei que gostariam de saber.

Boa leitura! Espero que gostem!

ASASUKA

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POV LAÍSA

Eu já não sabia de nada, não sabia o que estava acontecendo...
Senti um tecido sobre mim e percebi que ele estava me cobrindo... e a última coisa que me lembro é dele me carregando...

[...]

Acordei assustada e percebi que estava num quarto branco, tinha um monte de aparelhos ligados à mim e tinha uma agulha no meu braço, por onde passava o soro. Vi minha mãe dormindo no sofá, ela parecia estar chorando e cansada demais. Tentei chamá-la, mas minha garganta estava muito seca.

Água... Eu preciso de água...

Vi meu pai entrando pela porta, ele parecia abatido e cansado. Quando me viu correu pra perto de mim.

- Laísa! Oh minha filha, ficamos tão preocupados... - ele me abraçou e senti meu ombro ficando molhado.

- Pai... - sussurrei e ele me apertou mais - N-Não chora...
- Me desculpa... Foi culpa minha... Se eu ti... Tivesse pego você na escola... - ele me olhou como se quisesse me agradar, eu queria falar, mas sem água não dá.
- Água... Por favor...
Ele entendeu na hora e foi buscar água. Minha mãe acordou e veio pra perto de mim, ela ficou me fazendo carinho enquanto papai não vinha.
- O que...?
- Um homem te trouxe pra cá, ele disse que te encontrou com o... - fiquei tensa e ela percebeu - calma, ele está morto.
Suspirei aliviada e meu pai entrou na sala com um copo de água.
- É pra beber em pequenos goles, a enfermeira que disse - me entregou o copo e eu fui bebendo devagar.

Alguém bateu na porta e logo em seguida uma médica entrou.

- Olá, sou Rosane Wilson. Como você se sente?
- Bem...
- Você teve uma perda de sangue que fez você desmaiar, mas ela não foi muito grande. Acredito que a dor também contribuiu pra o desmaio.
- Hum... E se eu...? - estava com medo de estar grávida
- Ainda não sabemos, não dá pra saber nas primeiras semanas. Só daqui a 6 semanas pra saber mesmo. - ela me olhou carinhosamente.
- Hum...
- Mas de resto, está tudo bem. Você vai sentir dor para andar, mas nada que um torcilax não resolva. Você já está de alta, estávamos esperando só você acordar.
- Ta bem, obrigada. - minha mãe disse
Assim que a médica saiu, eu comecei a me arrumar.

[...]

Cheguei em casa e fui logo tomar um banho. Esfrego a bucha em minha pele com força. Quero tirar essa coisa imunda de mim. Tenho nojo dele, nojo do que ele me fez, nojo de mim.

Saio do banho me sentindo imunda por dentro, tenho raiva, ódio e nojo desse cara... Ele arrancou de mim a minha pureza.
Eu queria que a minha primeira vez fosse com uma pessoa que eu amasse, mas nem tudo que a gente quer é como planejado.

Começo a chorar sozinha e acabo dormindo de toalha na cama.

[...]

Acordo com uma pessoa fazendo carinho na minha cabeça. Vou abrindo os olhos devagar pra acostumar com a claridade e vejo minha mãe. Ela dá um sorriso calmo e eu deito a cabeça em seu colo.

- Bom dia, meu amor.
- Bom dia, mamãe.
- Como você está?
- Bem na medida do possível.
- Hum... Imagino que estaria... - ela começou a fazer cafuné na minha cabeça.
- Eu fiquei com tanto medo na hora. - sussurrei
- Eu sei, meu bem... Se o... Ainda estivesse vivo, eu tenho certeza de que seu pai iria fazer ele sofrer o inferno na cadeia.
- Eu iria fazer ele ficar lá até apodrecer - ouvi meu pai na porta do meu quarto.

Ele se sentou do meu lado e começou a fazer carinho nos meus pés.

- Vocês são os melhores pais do mundo - fechei os olhos e senti o nó na garganta.
- Você é a melhor coisa que nos aconteceu, você e seus irmãos. - mamãe disse e eu comecei a chorar.

Meu pai me pegou no colo, meio sem jeito, já que eu não tinha mais 5 anos, e começou a fazer carinho em minhas costas.

- Shh... Ta tudo bem, já passou... Estamos aqui agora, meu bem...
- Foi... T-tão ruim... Eu... Eu...
- Shh, calma, meu amor - minha mãe nos abraçou e eu senti os gêmeos chutando meu quadril. - Viu até eles estão querendo te acalmar - ela riu.
- U-Uhum... - sorri ainda soluçando.
- Bem... Vou fazer um bolo pra você, fica bem, ta todo mundo aqui, ta bem? - ela passou a mão na minha testa, tirando alguns fios da mesma.
Assenti e deitei na cama, vendo ela sair do quarto.

[...]

Não sei que horas eu fui dormir, só sei que acordei pulando da cama e com respiração ofegante.
Olho pra os lados e vejo que ainda estou no meu quarto e não naquele beco escuro.
Levanto da cama e vou pra a sala. Ligo a TV e fico olhando pra o nada.

Quem é aquela pessoa? Por que ele me ajudou? Será que... Não, não deve ter sido por ele que o nojento morreu... Ah, sei lá... Pelo menos ele não ta vivo.
Se eu pudesse agradecer ao meu "herói" que chegou atrasado..

Do quê eu to reclamando? Se ele não tivesse chegado, o que aquele cara faria comigo?

Me arrepiei com nojo e resolvi olhar pra TV, tava passando uma notícia qualquer. Comecei a prestar atenção. Pelo menos era uma distração daquilo.

" Presidiários do presídio de São José, conseguiram escapar essa noite por um buraco feito pelos próprios. Aqui estão as fotos deles, se os encontrarem, liguem diretamente para 190.
Um deles foi encontrado morto com um tiro na cabeça.... "

Era ele! Era ele!! Comecei a chorar de medo por ver a foto dele na TV.

"Policiais afirmam que foram quatro detentos e agora restam três nas ruas, tomem cuidado, eles podem estar em qualquer canto..."

E se eles vierem atrás de mim pra se vingar?!
Arregalei os olhos devagar, chorei e tremi mais do que já estava.
Desliguei a TV e me encolhi no sofá, pedindo pra que ele me engolisse.

Eu só quero sumir...

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Gente! Me desculpem a demora, estou estudando pakas, mas vou explicar isso depois, vejo vocês no próximo capítulo.
Bjs
ASASUKA

Amor Por Acidente - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora