Epílogo

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Voltei! Com o epílogo prontinho pra vocês!

Me arrepiei escrevendo esse capítulo, juro pra vocês.

Boa leitura,

Asasuka.

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Samuel - 15 de Novembro de 2015.

When the days are cold
(Quando os dias são frios)

And the cards all fold
(E as cartas todas dobradas)

And the saints we see
(E os santos que vemos)

Are all made of gold
(São todos feitos de ouro)

When your dreams all fail
(Quando seus sonhos todos falham)

And the ones we hail
(E aqueles que saudamos)

Are the worst of all
(São os piores de todos)

And the blood's run stale
(E o sangue vai secando)

Eu a vi desmoronar. Vi seu mundo queimar. Vi sua vida perder o sentido. Seu brilho se foi. Seu corpo parecia, agora, apenas uma casca de árvore vazia. Apenas uma casca. Sim... Era isso ao que ela estava reduzida agora.

Contudo, ao mesmo tempo ela se mostrava forte e viva. Ela tinha que se manter em pé, de queixo erguido, mesmo com o coração estraçalhado, pelo menos boa parte dele se encontrava nesse estado. Não posso afirmar que todo ele estava assim, simplesmente pelo motivo principal, pela ponta de esperança que ainda havia no mundo dela, pelo último botão de flor que germinava em seu jardim.

Seu filho, fruto do seu amor com ele. Ele crescia e crescia, cada vez mais forte em seu ventre quente e seguro. Esse era o motivo pelo qual ela não largava de tudo. Esse pequeno ser, essa pequena vida era o que a fazia ficar de pé naquele momento.

Essa sim era uma mulher forte, uma das mais fortes que eu já vi em toda a minha vida.

Suas lágrimas grossas escorriam e abriam caminhos pela pele lisa de suas bochechas, mas mesmo assim ela não recuava o olhar do caixão que descia pela cova.

Ao contrário de todos e desafiando toda a tradicionalidade, suas vestes eram de um azul claro, que combinavam com os seus olhos.

Era a cor preferida dele.

Ela pegou uma rosa branca e atirou na direção do local onde metade do seu coração era enterrado. A vi passar o dedo pelo anel de noivado que ela ostentava na mão.

Com os punhos cerrados, me controlei para não ir até lá e afastá-la daquele humano despresível e asqueroso.

Ele tentava chegar cada vez mais perto dela, atravessar cada vez mais cada uma de suas muralhas. Tentativas falhas. Todas elas.

Lucas a abraçou. Ela não se mexeu em direção a ele, não retribuiu. Muito pelo contrário, sutilmente se afastou.

Observei seu sofrimento de longe, como fazia todas as vezes. Porém isso iria acabar hoje. Eu deveria livrá-la de todo o mal que ainda viria. Como eu sabia que viria?

Amor Por Acidente - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora