Sentimentos que todos nós temos.

13: Quando tudo que se busca é amor!

Olá a todos! Meu nome é Catarina.

Tenho 27 anos e, apesar de pouca idade, já sofro muito por viver uma história triste em minha vida.
Casada, tenho 4 filhos que amo muito. Minha vida, para quem olha de fora, parece um mar de rosas, mas nem sempre se pode afirmar que a vida do outro seja um mar de rosas sem viver o que a pessoa vive, passar por tudo que a pessoa passa.
Vivo uma vida conturbada, para falar a verdade. Mesmo sendo evangélica a minha vida tem, sim, problemas. Principalmente na minha vida matrimonial.
Gilberto, meu esposo, tem 37 anos, dez anos mais velho do que eu, e a cada dia que passa parece me compreender menos. Se é que algum dia essa compreensão existiu.
Nossos filhos são bênçãos de Deus em nossas vidas! Mas, para ele, são só motivos de gastos e prejuízos. Vive jogando isso na minha cara, como se eu fosse a culpada de ter cometido um crime. Ter filhos é um crime agora? Que eu saiba não.

Na minha casa eu sou sempre incompreendida. Todos me olham como se fosse apenas uma mulher sem valor. Meus filhos vêem o jeito que sou tratada por Gilberto e, com isso, não tem um pingo de respeito ou carinho por mim, pelo contrário. Muitas vezes ouço eles conversarem sobre mim, que eu deveria me amar mais, me valorizar, por que o pai deles não merece o amor e a dedicação que dou. Fico pensando se realmente eles não estariam certos, que eu me dedique demais a ele e acabo me deixando de lado.

Sou uma esposa carinhosa, mãe zelosa e dedicada, excelente dona de casa e, ainda, uma ótima profissional na minha área. Mesmo assim sinto o peso do desprezo sempre que ouço palavras de meu esposo direcionadas a mim. Machuca mais do que uma faca afiada enfiada em meu coração. Assim imagino. Por mais que procure demonstrar a ele que o amo, mais raiva e desprezo ele me direciona. Como ele me trata mal! Pior, eu sinto isso e não tenho forças para fazer nada. Sabe quando sentimos que nada tem jeito, nada tem saída ou solução? Pois é, desta forma.

Por incrível que pareça eu ainda consigo meios para me distrair. Saio com amigas, me divirto, busco estar em contato com a natureza para respirar e não me sentir tão aprisionada, mas isso de nada adianta, se quando volto para casa a realidade é outra completamente diferente.

A minha vontade é poder me libertar, dizer que não quero mais me sentir assim, mas acho que nem percebe que me sinto assim, só eu mesma sinto isso. Assim como amo pelos dois também sofro sozinha.

Sem ninguém para desabafar, procuro refúgio em Deus. Sim, somente Deus me Ouve e me Acalma. Sabe quando sentimos que estamos sozinhos e uma paz inexplicável vem a nossa vida? Pois é, assim que me sinto quando converso com Deus. Já tentei contar a outras pessoas sobre o que acontece em minha vida, mas todos que me ouvem me julgam ou procuram defeitos em mim, como se eu estivesse errada. Dá vontade de dizer "Ei, eu é quem está sofrendo!"

Sigo minha vida sem mudanças significativas, mas uma mudança que tive foi mergulhar no mundo da escrita. Quando comecei a escrever me senti em outro mundo, em um lugar onde não há sofrimento para mim, onde existe uma realidade completamente diferente. No mundo da escrita eu posso ser outra pessoa, viver uma vida completamente diferente da que vivo, conhecer pessoas que nunca imaginei conhecer. Ser feliz, sabe? Sei que muitas pessoas podem vir a dizer que não é bem assim, que isso não existe, mas existe sim, para quem está sofrendo existe.

No meu lugar outras pessoas pensariam em ter um relacionamento secreto, se aventurar, mas, para mim, isso não funciona assim. Pensam que isso já não passou por minha cabeça? Já sim. Várias vezes. Porém essa não é minha forma de pensar. E nem de agir. Nem com o próximo e muito menos comigo mesma. Muitas pessoas podem achar que sou careta ou idiota em pensar assim, mas não é assim que vejo. Penso que se estamos em um relacionamento, mesmo que desgastado como o meu, devemos ter respeito, mesmo que o outro não demonstre o mesmo respeito por nós. Nós temos que nos respeitar acima de tudo!