6: O desprezo como arma de ataque!

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Olá! Meu nome é Vic e venho contar para vocês algo que poderia ter me traumatizado para sempre, mas eu soube dar a volta por cima!
Quando ainda era uma pré adolescente, com meus 11 anos, eu conheci uma pessoa que achei encantadora. Ele já era um rapaz de seus 17, 18 anos. O nome dele era Felipe. Eu, sonhadora e doce como sempre fui, logo fiquei como uma boba por causa dele. Estudávamos no mesmo colégio e, a cada vez que o via, meu coração parecia que iria saltar pela boca.
Ele morava em um local distante da minha casa, mas eu sempre passava em frente a casa dele para ver se conseguia pelo menos vê-lo.

Com as idas e vindas da vida acabei me tornando amiga de seus irmãos e passei a frequentar sua casa. Um de seus irmãos sabia que eu gostava dele e, mesmo assim, não revelava para ninguém. Com o passar do tempo percebi que ele era quem gostava de mim, mas, infelizmente, eu não podia retribuir afeto por gostar de Felipe. Mas ele não me confessou nada, eu que percebi, e fiquei calada, na minha.

Felipe nem sequer imaginava que eu o observava nutrindo por ele um sentimento que crescia dentro de mim. Cada vez que o via e tentava puxar conversa com ele ele me ignorava, saía e me deixava falando sozinha.
Quantas vezes percebia a movimentação dele, nos dias de Sexta ou Sábado, para ir para a balada. Quando ele passava seu perfume invadia a casa toda e era quase impossível ninguém perceber os meus suspiros. Nossa, eu olhava para seu irmão e ele, tentando disfarçar, sorria meio sem graça.
Em um certo dia, quando todos já sabiam dos meus sentimentos por ele por perceberem, seu irmão me disse que eu havia dado tanta bandeira que até Felipe já havia percebido. Decidi, então, tomar coragem e ir conversar com ele sobre meu sentimento, mesmo sabendo que ele tinha a mulher que quisesse a seus pés. Ele, como sempre, tentou me ignorar mas, desta vez, segurei ele pelo braço e pedi que me escutasse. E, por incrível que pareça, ele fez.
Conversei com ele em um monólogo, já que eu era quem falava e ele apenas me escutava, com suas expressões faciais enigmáticas. Aquilo me deixava ainda mais tensa e sem uma reação certa. Gaguejei várias vezes, engasguei várias vezes, estava super vermelha, em um misto de vergonha, timidez e ansiedade. Até que eu terminei de falar e falar, mas havia confessado a ele tudo, tudo mesmo, desde o início de tudo. Sem que eu percebesse seu irmão estava ouvindo tudo escondido e suas lágrimas rolavam como de uma criança que perdeu um bem valioso.
Felipe estava imóvel. Apenas me olhava. Não falou nada, a única reação dele foi a de cruzar os braços em frente ao tórax. Neste instante franziu a testa, me encarando ainda mais. Não gostei daquela reação. Senti que não iria vir coisa boa dali. E não veio mesmo. Calmamente ele me respondeu que eu não fazia seu tipo e, como o ogro que é, saiu da minha frente, sumindo em seguida dos meus olhos. Naquele instante meu coração havia se quebrado como um cristal, em mil pedaços bem pequenos, impossíveis de serem juntados. Não consegui assimilar o que ele havia me dito na mente naquele mesmo instante. Seu irmão apareceu, com o rosto vermelho, disfarçando, perguntando o que havia acontecido. Como se já não soubesse...
Eu, em uma reação inesperada até mesmo por mim, o abracei forte, sem nem conseguir chorar. Ficamos ali, em meio a cozinha, abraçados. Percebi que a respiração dele parecia descompassada e só então me dei conta do que eu estava fazendo. Eu não queria fazer aquilo com ele, dar falsas esperanças ou magoá-lo. Me afastei, olhando em seus olhos. Ele, sem entender, começou a falar, e falar, e falar. Falou tanto que confessou que me amava e me roubou um beijo. No susto a minha reação foi sair do beijo, me afastando para trás. O encarei e disse abertamente que ele sabia que eu gostava de Felipe há anos. Perguntei por que ele não conversou comigo antes sobre seus sentimentos, pois eu deduzi sobre eles. Ele disse que pelo mesmo motivo que eu não confessava a Felipe sobre os meus sentimentos, por medo. Medo do desprezo.
Meu coração ficou completamente desesperado e minha cabeça estava a mil. Não sabia o que fazer, o que dizer. Simplesmente fui embora sem dizer nada e nunca mais tive coragem de voltar a conversar com ninguém ali. Preferi me fechar...

Com o passar dos anos fui crescendo, amadurecendo.
Arrumei um namorado com quem tentava tirar Filipe do coração. Impossível. Era mais forte que eu. Mas de tanto tentar consegui. Via o irmão de Felipe de longe e ele, pelo visto, também tentava manter relacionamentos, sem sucesso.
Até que, um certo dia, comecei a namorar sério um rapaz e, deste relacionamento, surgiu um noivado, ao qual até hoje somos noivos e iremos nos casar. Olho para todo o sentimento que nutri por Felipe e percebo que tudo aquilo era o início do amadurecimento dos meus sentimentos, que não era uma coisa real e, sim, visual. Via em Felipe um homem diferente dos outros e, depois, percebi que ele é mesmo diferente dos outros. Ele é vazio e cheio ao mesmo tempo. Sabe por quê? Ele é vazio de sentimentos verdadeiros e cheio de si mesmo. Aí percebi que eu tive um grande livramento por não ter me relacionado com ele, pois se isso tivesse acontecido eu é quem sairia machucada em tudo isso.
Hoje posso dizer que sou feliz. Não tive mais contato com nenhum deles, nem com os irmãos dele. O irmão que gostava de mim ficou super perdido e não se encontrou em nenhum relacionamento, mesmo tendo buscado de várias formas. Hoje ele continua sozinho, pelo que fiquei sabendo. E outra, por ironia do destino, Felipe se casou com uma mulher parecida com aquela que ele disse não fazer o seu estilo, ou seja, eu. Esta mulher o fez sofrer muito e separou dele, levando dele sua casa e alguns de seus bens. Tiveram uma filha e, por isso, ela continua explorando Felipe até hoje. Ele está sozinho, afundado na bebida, e sem perspectiva nenhuma de vida. As muitas mulheres que ele teve ao longo de sua vida o abandonaram.
Ele me via, de longe, com meu noivo e ficava nos olhando com um olhar triste. Paciência. Me curei daquilo que sentia, que mais parecia uma doença destrutiva!

A melhor maneira de lidar com a rejeição é saber que existe Alguém que nunca lhe vai rejeitar: Jesus. Todas as pessoas passam por rejeição mas, com a ajuda de Jesus, você pode lidar com a rejeição de maneira saudável.
A rejeição pode acontecer em várias situações diferentes da vida, como nos relacionamentos amorosos, nas amizades ou no trabalho. Isso dói porque todos queremos nos sentir aceitos e ter união com outras pessoas.
Quando você se sente rejeitado ou desprezado, a Bíblia tem algumas verdades importantes que lhe vão ajudar a superar essa dor:

Jesus nunca rejeita quem vem para ele (João 6:37):
Mesmo se você se sente desprezado, humilhado, sem valor, sem o direito de ser amado, Jesus lhe ama. Ele conhece suas falhas mas ele ama você porque você foi criado por Deus, à Sua imagem e semelhança. Seu amor é incondicional.

Existem muitas razões por que uma pessoa rejeita outra. Pode ser uma falha sua, ou uma falha dela, ou as circunstâncias não estão certas. Mas Jesus não vai rejeitar você. Ele rejeita o pecado mas ele ama você e quer estar sempre com você, transformando toda sua vida. Basta você crer nisso.

Seu valor não depende da aceitação de outras pessoas. Seu valor vem da aceitação de Jesus.

Jesus entende a dor da rejeição:
Jesus também foi rejeitado. Ele veio para salvar o mundo de seus pecados mas muitas pessoas o desprezaram (e ainda desprezam). (Isaías 53:3,4)

Jesus veio para trazer esperança aos rejeitados:
Você nunca vai estar sozinho, mesmo quando outras pessoas lhe rejeitam (Romanos 8:38-39). E Jesus lhe consolará da rejeição.

A rejeição pode causar muitos sentimentos negativos, que podem ser ruins para sua vida. Um deles é o ressentimento. Quando você se sente muito zangado com a rejeição e esse sentimento não vai embora, você precisa perdoar.

O perdão sara a dor da rejeição:
Não guarde a mágoa! Perdoe e entregue o que aconteceu a Deus (Efésios 4:32).

Nem todos vão rejeitar você!

2 Coríntios 9:8:
Confie em Deus e Ele vai lhe guiar. Existem pessoas que não vão lhe rejeitar.

Não tenha medo da rejeição. Com Jesus, você tem força para enfrentar os desafios de conviver com outras pessoas.

Seja qual for a situação de desprezo ou rejeição que esteja passando ou que tenha passado, não se preocupe nem se desespere. Tudo isto é passageiro e faz parte de um processo de amadurecendo em nossas vidas! Siga em frente e não se deixe abater. Assim como a Vic nos falou, existem desprezos que servem de livramento para nós. Pense nisso!

Abraços cheios de paz!

Cissa.






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