Capítulo 8

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Olá, leitores!!! Prontos para mais um capítulo?

Espero que sim, pois o capítulo de hoje está INCRÍVEL!

Chega de enrolação e boa leitura à todos!!!

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      Quando me levanto, e avisto quem havia me chamado, eu entro em choque. Era o Dr. Alejandro Parker, o mesmo que cuidou do meu pai quando ele se acidentou há meses atrás. "Caramba, que coincidência, o que será que ele está fazendo aqui? " Pensei.

– Dr. Parker, está trabalhando aqui agora? – Pergunto me aproximando.

– Hannah, é você né? Filha do Sr. Dias? Caramba, cadê seus pais? – Ele pergunta, um pouco assustado e olhando para os papéis em sua mão.

– Eles estão em casa, eu me mudei pra cá por causa da faculdade. – Digo.

– Entendi. Por favor, entre! – Ele fala, fazendo um gesto em direção a sala dele.

      Eu entro, e chamo Nora para ir comigo. Confesso que eu estava começando a ficar nervosa e um tanto preocupada, com o que está por vir. Me sento de frente à mesa dele e ele começa a falar.

– Então, Hannah... Não sei nem por onde começar, mas vamos lá. Analisei todos os resultados dos seus exames, e nós precisamos urgentemente fazer mais exames e começar um tratamento com você, antes que seja tarde demais. – Ele diz, dava para ver como ele estava nervoso em dizer, por já me conhecer e conhecer minha família.

– Tá, doutor... Mas o que eu tenho? – Pergunto, aflita.

– Você tem um tumor cerebral, e ele já tomou uma grande parte do lado esquerdo do seu cérebro. Por isso você está tendo esses esquecimentos, anda com dores de cabeça e tendo esses temperamentos explosivos. – Afirma.

– Como é? Eu tenho o que? – Arregalo os olhos, sem acreditar no que tinha acabado de escutar.

– Doutor, e agora? O que temos que fazer? – Nora indaga, segurando minha mão para me dar apoio.

– Bom, senhorita... Agora, ela tem que falar com os pais, porque o que está por vir é uma longa jornada, pois teremos que começar um tratamento pra tentar fazer com que o tumor regrida, caso isso não aconteça, teremos que fazer uma cirurgia, mas nessa cirurgia há chances dela não sobreviver. – Ele responde.

      "Nossa, o que está acontecendo? E agora? Eu pensava que era o cansaço, mas é pior do que eu poderia imaginar. " Eu fiquei sem chão, Nora teve que me levar arrastada para o meu apartamento, eu não conseguia nem andar, estava em choque. Não sabia como contar isso para os meus pais, eles não aguentariam.

     
Nora tirou o tênis dos meus pés, e me colocou na cama. Eu só sabia chorar, chorar, chorar e chorar.

– Amiga, o que você quer que eu faça? – Ela pergunta.

– Não tem nada que você possa fazer, eu vou morrer. Vá, aproveite sua vida com Harry, pois vocês estão saudáveis. A vida é curta, então aproveite o máximo que puder... – Digo em meio às lágrimas e soluços.

– Negativo, você não vai morrer e eu não vou sair do seu lado! – Ela afirma.

Narração de Nora:

      "
Não sei o que fazer, Hannah está péssima. Porque ela está passando por isso? É tão nova, inteligente, dedicada. " Vou ligar para a mãe dela, ela precisa da família.

      Pego o telefone da Hannah e procuro o número de sua mãe, e disco.

Ligação on:

Sra. Dias:
– Alô, filha?

Eu:
– Alô, Senhora Dias?

Sra. Dias:
– Sim, quem está falando?

Eu:
– Sou eu, Nora. Amiga da Hannah da faculdade.

Sra. Dias:
– Sim, ela já me falou muito bem de você. Tudo bem, querida?

Eu:
– Comigo sim, mas preciso que a senhora e o seu esposo venham pra cá ficar com a Hannah.

Sra. Dias:
– O que houve com minha filha? Pelo amor de Deus, querida... O que está acontecendo?

Eu:
– Acho que não convém a mim lhe contar, senhora... Mas ela precisa muito de vocês, eu sou apenas uma amiga, mas família, é família.

Sra. Dias:
– Tudo bem, querida! Vou falar com Jason, e logo estaremos aí.

Eu:
– Obrigada, senhora! Ficarei aqui, até vocês chegarem.

Sra. Dias:
– Obrigada, Nora! Por cuidar da minha filha, e por se importar com ela.

Eu:
– Não precisa agradecer, senhora... Amigos são pra isso!

Sra. Dias:
– Mesmo assim filha, obrigada!

Eu:
– Espero por vocês, beijo!

Sra. Dias:
– Beijo, querida!

Ligação off.

Algumas horas depois...

     
Os pais da Hannah chegaram, graças a Deus... Ela acabou pegando no sono, de tanto que chorou, do jeito que deitou, está até agora. nem mudou de posição. "Coitada da minha amiga, ela não está nada bem..." Penso, e uma lágrima cai do meu rosto.

      Entrando no apartamento, a Sra. Dias e Sr. Jason, me pegam chorando. "Que merda, não gosto que me vejam chorando!"

– Nora? – Ela pergunta.

– Sim, senhora. Prazer! – Me levanto, enxugando as lágrimas e dando um abraço nela.

     "Que abraço! " Ela parecia estar preocupada, claro, é a filha dela que está com problema, mas ela me passou uma paz com seu abraço. Não sei explicar, era como se não fosse ela, uma sensação muito boa.

– Sr. Jason, prazer em conhecê-lo. – Dou um abraço nele também, e sinto a mesma coisa.

– O prazer é todo meu, querida. – Ele diz, com uma voz suave.

– Onde está a Hannah? – Sra. Dias, pergunta.

– Ela está no quarto dormindo, senhora. Acredito que assim que ela acordar, ficará feliz em vê-los. – Digo.

– Tudo bem, querida! Nós vamos arrumar nossas coisas aqui, se quiser ir para casa descansar, pode ir. Prometo, que se precisarmos de algo eu ligarei para você na mesma hora. – Diz a Sra. Dias.

– Obrigada, senhora! Eu vou, mas qualquer coisa pode me chamar. Um beijo! – Me despeço e vou para casa.

Narração de Hannah:

     
Acordo, e me sento em minha cama. "Nossa, que tontura! " Ponho a mão na cabeça, tentando manter meu equilíbrio.

      Sinto um cheiro familiar, cheiro da lasanha que minha mãe faz. "Não é possível, será que ela está aqui? " Penso, me levantando devagar e indo em direção a cozinha. Ao chegar na sala já encontro meu pai, sentado no sofá vendo TV.

– Pai, o senhor está aqui? – Digo, um pouco fraca ainda.

– Oi, minha filha! Você acordou! Como está se sentindo? – Ele fala, já me puxando e me fazendo sentar no sofá ao seu lado.

– Estou bem, pai... Bom, eu achava que estava bem... – Falo, e uma lágrima acaba rolando pelo rosto.

– Minha filha, me conta o que está acontecendo. – Meu pai fala, acariciando os meus cabelos.

– Pai... – Sou interrompida.

– Minha filha, aí está você! – Minha mãe aparece na sala, e coloca uma travessa de lasanha sobre a mesa, para jantarmos. "Eu sabia que conhecia o cheiro, é único. "

– Mãe! – Me levanto e dou um abraço bem apertado nela.

– Como está, filha? Fala pra mãe, o que está acontecendo? – Ela pergunta, um pouco nervosa.

– Podemos jantar primeiro? Sabe que eu amo lasanha, depois eu conto tudo a vocês.

– Digo, e minha barriga dá um ronco, eu não havia comido quase nada hoje.

– Tudo bem, filha... Vamos comer! – Meu pai diz, já se levantando e indo em direção a mesa.

      Todos nós já estávamos sentados, prontos para começar a comer, mas minha mãe pede para darmos as mãos, pois ela iria orar. "Fazer o que né? Tô tão fraca que não irei nem retrucar... Deixei ela orar, agradecendo por estar comigo e agradecendo pelo jantar." Eu não tinha como fugir, mesmo.

      Comemos, e olha... A lasanha da minha mãe é ESPETACULAR, não tem outra igual, um dos meus pratos preferidos. Assim que eu acabo de comer, sinto algo estranho, um enjoo... Me levanto correndo, indo em direção ao banheiro.

– Filha? O que houve? – Minha mãe grita, indo em minha direção.

      Eu vomitei toda a janta. Isso nunca havia acontecido antes, nunca fui de vomitar. "Eu odeio vomitar! "

– Filha, fala pra sua mãe, o que está acontecendo? – Ela pergunta.

      Voltamos para a sala, e sentamos no sofá. Eu não sabia nem por onde começar, não sabia como contar, como eles iriam reagir.

Filha, por acaso você está grávida? – Meu pai, pergunta. Com dúvidas, só porque eu vomitei.

      Como ele pode pensar uma coisa dessas sobre mim? Só pelo fato de não pertencer a igreja não significa que eu sou daquelas que fica com qualquer um. Calma Hannah, se acalma, respira. Isso é o tumor falando, se acalma. " Penso.

– Não, pai! Eu não estou grávida, não tem nada a ver com gravidez. – Digo, com a voz um pouco trêmula.

– O que é então, minha filha? Conta pra gente! – Minha mãe fala, já quase chorando.

– Mãe, pai, eu.... Eu estou com... Com um tumor no cérebro. – Falo, e logo em seguida, desabo.

      Meus pais paralisaram, ficaram sem reação. "É de se esperar né, Hannah... Que ser humano reagiria bem com uma notícia dessa? " Penso, mas minha mãe logo começa a falar.

– Filha, eu sei que não acredita em Deus, mas quero dizer uma coisa a você. Se está passando por isso, é por permissão dEle. Ele não vai te abandonar, Ele te ama e vai cuidar de você, e logo estará curada. – Disse ela.

      Meu pai ficou paralisado com a notícia. Estava igualzinho a uma estátua. Enquanto minha mãe falava sobre esse negócio de "Deus", eu lembrava daquele velho do ponto de ônibus.

– Mãe, teve uma vez em que eu estava no ponto esperando o ônibus para ir a faculdade e tinha um velho muito estranho no ponto, e ele me disse umas coisas estranhas que eu não entendi. – Conto a ela.

Flashback on:

– Se prepara! – Ele diz.

– Me preparar, pra que? – Pergunto novamente, sem entender nada.

– Se prepara, pois, sua jornada irá começar! Não tenha medo, colocarei pessoas em seu caminho para te ajudar, porque eu te amo! – Ele diz.

      "Hamm??? Alguém pode me explicar do que esse velho "gagá" está falando??? Ele vai botar pessoa em meu caminho??? Como assim me ama??? Eu hein, nem o conheço!!!"

Flashback off.

– Minha filha, esse senhor nada mais nada menos era o Espírito Santo, te avisando do que estava prestes a acontecer. Você acredita? – Minha mãe fala, tentando me explicar.

– Pode até ser, mãe... Mas a senhora sabe que não acredito muito nessas coisas. – Digo.

– Minha filha, você pode não acreditar, mas quando Deus fala, é nos preparar para o que vai acontecer. – Diz meu pai.

– É, pai.... Até que faz sentido. – Digo.

No dia seguinte...

      Meus pais me levaram ao hospital novamente, e chegando lá encontramos logo de cara com Dr. Parker. Meu pai e minha mãe foram conversar com ele, e eu fiquei sentada, esperando. "Provavelmente o doutor estava contando o meu caso. "
Eu estava com a mente tão atordoada que nem percebi que tinha alguém sentado ao meu lado, e quando eu olho...

      Meu Deus, não acredito nisso...

Continua...

O POSSÍVEL, IMPOSSÍVEL (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora