12 - "O que é normal?"

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Esse capítulo ficou bem, bem pequeno porque ele é uma espécie de "ponte" para o próximo. Eu precisava fazer ele num ponto de vista da Heather, mas o próximo continua sendo do Jungkook. Eu já comecei ele e logo irei postar, tô ansiosa por ele porque é super importante! Enfim, boa leitura.

[...]

Heather pov

Três meses depois
17 de setembro

—Odeio segunda feira. —Jungkook choramingou.

—Então somos dois.

—Três! —exclamei num suspiro ao dar mais um passo à frente e ficar entre Jungkook e Taehyung.

Nós estávamos em frente ao portão principal do colégio, algum tempo após o assassinato brutal de Park. Não havia um culpado, uma arma do crime, testemunhas ou provas. Não havia absolutamente nada sobre o ocorrido e aos poucos as pessoas pareciam se conformar com isso. A família havia enterrado o corpo e já estava seguindo sua vida como se isso nunca tivesse acontecido.

Era impressionante a frieza no olhar da família Park nos jornais, alegando que deram palco a isso até onde puderam mas que já não havia mais nada a fazer. Que os mortos pertenciam ao passado e eles precisavam olhar para o futuro. Não sabia que tipo de luto estavam enfrentando, mas não parecia doer.

Nunca pareceu doer, na verdade. Talvez Jimin se tornou o que foi justamente por causa deles; às vezes a família faz estragos impossíveis de reverter nos próprios filhos.

Assim como, às vezes, também os transformam em pessoas extraordinárias. Deveria ser crime pessoas tão incríveis não serem eternas.

Eu já estava sentindo muita saudade do meu avô, e só faziam duas semanas desde que ele faleceu.

Flashback on;

—Oh! Então quer dizer que você está namorando esses dois marmanjos?

Meu avô Oliver apontou para Jungkook e Taehyung sentados em duas cadeiras próximas da porta. Vi quando ambos engoliram em seco e deram um sorrisinho nervoso, exatamente igual ao outro. Eu apenas ri e neguei, apertando sua mão gélida e velha entre as minhas, preenchidas por fios ligados à uma máquina.

—Não vô, não estamos namorando. Na verdade, eu não sei o que somos ainda. —sussurrei.— É complicado, entende?

—Não entendo. Já é uma loucura um casal formado por duas pessoas, imagine por três? —ele negou com a cabeça, usando sua outra mão para apertar as minhas.— Cuidado minha neta, homem não presta!

—Diz isso por experiência própria?

—Também! Mas me diga uma coisa, gosta dos dois?

—Sim...

—Eu nunca vou entender essa juventude... Se eu visse outro homem ao lado da sua avó assim, eu teria um ataque!

—Eu disse que era complicado...

—Hum. —me olhou ladino, pensativo.— Mas você está feliz?

—Muito. Eles me fazem bem. Cada um a sua maneira, se completando. É estranho ainda, até para mim. Estamos tentando fazer isso funcionar.

—Bom, boa sorte lidando com dois marmanjos do sexo oposto. —disse e gargalhou baixo, apontando para Jungkook com a outra mão.— E aquele bonitão ali tem uma carinha de que dá trabalho...

Trouble;;VKOOK (Threesome)Onde histórias criam vida. Descubra agora