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Wuxian acordou, estava sentado escorado em uma parede, não estava mais amordaçado, porém, estava acorrentado a parede, acorrentado tanto pelos pulsos quando pelo pescoço, isso permitia que o mesmo ficasse em pé, mas com aquelas correntes grossas, ele não conseguia se soltar. Ele voltou então a se sentar no chão, o colchão já não estava mais no quarto, o lugar cheirava a mofo, ele podia ouvir ruídos do lado de fora do cômodo, até pensou em gritar, mas logo a porta foi aberta, e o mesmo alfa do carro, estava de volta, ele entrou sem dizer uma única palavra, e largou uma garrafa com água e algumas fatias de pão, seco, e se virou para sair.

Wuxian- Hey, por que eu estou aqui?! Não sou rico, você se enganou.

O alfa riu, antes de fechar a porta disse- Coma, provavelmente será sua última refeição! ' – trancou a porta e o silêncio voltou a reinar naquele quarto.

O ômega sentiu um nó dolorido se formar em sua garganta, seus olhos estavam úmidos pelas lagrimas teimosas, que percorriam por seu delicado rosto. Ele olhou para a garrafinha de água e para o pão, pensou em não comer, mas e se ele precisasse fugir, seria bom seu corpo não estar tão fraco. Ainda que com dificuldades, ele comeu as fatias e bebeu um pouco da água, deixando o resto do liquido para depois, só os deuses saberiam, quando ele veria aquele alfa novamente, e se o mesmo lhe daria mais coisas.

Na cabeça do ômega, já haviam se passado horas, e ele estava ali sozinho, nem um barulho era ouvido, era como se o alfa tivesse ido ali lhe alimentar e tivesse ido embora, mas Wei não houviu barulho de carro, o que significava que o tal alfa não estaria longe.

Wuxian acordou com uma pontada em sua barriga, ao abrir os olhos, ainda atordoado pela dor, ele pode enxergar um par de pés, ao levantar seu olhar ele viu, Jiang Cheng com um sorriso largo nos lábios.

Cheng- Levanta, sua puta!'- chutou o sequestrado outra vez.

Wuxian se sentou com uma das mãos na barriga.

Cheng pegou o outro pelos cabelos e o levantou- Eu disse para ficar de pé!

Na frente dos olhos de Wuxian, estava um Jiang Cheng Transtornado, seus lábios estavam vermelhos, provavelmente por batom, mas também poderia ser por vinho. O ômega Jiang estava limpo e bem vestido, o alfa estava em pé, encostado no batente da porta, que estava aberta.

Cheng- Você pensou que eu ia mesmo te deixar com o meu Wangji.' – um tapa estalado foi dado no rosto do sequestrado. – Eu vou te matar, mas antes você vai sofrer um pouquinho.' – outro tapa.

Wuxian até tentou reagir, mas as correntes eram pesadas, e isso o deixava lento, sua reação era retardada aos golpes de Cheng, e isso fazia a alegria do ômega ranzinza.

Cheng deu uma sequência de tapas no rosto do outro ômega, e depois começou a gargalhar se afastando, indo de encontro ao alfa, dizendo ' – Tranque a porta, deixe essa escoria aí, para pensar um pouco no que fez!

Só com a saída dos sequestradores, Wuxian se permitiu chorar.

No dia seguinte, o ômega ranzinza entrou com um chicote naquele quarto, e fez a 'festa'.

Wuxian estava exausto, seu corpo estava todo machucado, não conseguia mexer o braço esquerdo, a dor era forte. Ele já havia parado de lutar, a morte era certa, seus pensamentos vagavam por lugares e momentos felizes de sua vida, e assim ele ouvia uma voz lhe dizendo para não desistir, era a mesma voz de seu sonho, Yianli.

Enquanto o sequestrado estava imerso em seus pensamentos, talvez sonhando acordado, Jiang Cheng entrou no quarto novamente, dessa vez ele estava com um pedaço de pau, e muito transtornado, aparentemente bêbado.

Primeira Chance. (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora