Capítulo 47 - Franchesca

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Bateram na porta, eu falei que podia entrar era Marilda avisando que Antônio estava pronto e que o jatinho estava esperando a gente. Guillermo pegou as duas malas saindo do nosso quarto, peguei uma mala de mão e fui para o banheiro, coloquei alguns pertences pessoais de higiene meu e do Guillermo e coloquei na mala, sai do banheiro peguei minha bolsa e sai do quarto, Valentin estava no corredor e me ajudou a descer as escadas junto com a mala.

Assim que descemos as escadas Guillermo já estava me esperando, Valentin passou a mala de mão para ele e me ajudou a ir até o carro, quando saímos de casa para ir até o carro me despedi dos meus filhos.

Assim que entrei me acomodei e logo Guillermo entrou no carro, Antônio entrou deu a partida e logo saímos de casa indo em direção ao aeroporto para pegar o jatinho.

Logo chegamos no aeroporto, o jatinho estava nos esperando, os soldados estavam já esperando o Guillermo, já que qualquer tipo de viagem ele sempre pedia que seus soldados os acompanhassem.

Antônio parou o carro próximo do jatinho, Guillermo saiu primeiro e me ajudou a sair do carro, eu fui caminhando até o jatinho, subi as escadas devagar, entrei no jatinho e me acomodei em uma poltrona que tinha na frente da porta.

Logo Antônio entrou com as malas colocando-as no quarto e Guillermo trazendo a mala de mão. Os soldados logo se acomodaram nas outras poltronas que tinham ali perto.

Guillermo se sentou na poltrona da minha frente, esperamos apenas o piloto entrar e avisar que estava tudo preparado para podermos decolar.

Não demorou muito e o jatinho que estávamos, já estava decolando, eu estava tendo mil sentimentos dentro de mim, não sabia por que o Pietro queria tanto que a gente fosse para ficar com eles, mas tenho certeza de que ele estava tramando alguma coisa.

Durante a viagem algo dentro de mim dizia que Pietro estava me escondendo alguma coisa, e que estava acontecendo algo naquele momento por isso que ele queria que eu e o Guillermo deveria ir para onde eles estavam.

Algo em mim dizia que Pietro desde quando ele ligou em casa ele queria dizer algo, mas por telefone não seria possível por isso que ele fez isso, pediu que eu e o pai fossemos até eles.

Espero de verdade que nada tenha acontecido com eles, porque Pietro ele pode ser muito protetor, mas também é muito estourado igual Guillermo, vejo Pietro hoje eu vejo Guillermo quando a gente se conheceu e depois se casou, ele é bem parecido com o pai.

Guillermo durante a viagem ele tentava falar comigo, mais eu apenas respondia ele monossilábica, nesses últimos dias foi difícil para mim, eu estava frágil, eu estava mal e ele não se importou, quando eu tomei aqueles remédios e eu tive uma overdose e quase morri, ele me salvou, chamou o médico da máfia e me salvou, mas logo depois que acordei, ele estava sentado ao meu lado segurando minha mão, porém eu expulsei ele e não quis mas ver ele por algumas semanas, a gente só voltou a se falar realmente hoje quando Pietro nos ligou.

Sempre quando era necessário ou vinha meus filhos no quarto saber como eu estava ou vinha Marilda saber se eu precisava de algo.

Guillermo e eu nunca conseguimos superar a morte de nossa filha, mesmo depois de 29 anos parece que falta um pedaço do meu coração que nunca vai estar completo.

Eu queria poder ficar livre dessa dor, eu queria poder respirar em paz, mas está cada vez mais difícil, ultimamente cada ano que passa fica cada vez pior.

-Franchesca, quer alguma coisa? – Pergunta Guillermo.

-Apenas um copo de água. – Estava ficando com uma sede.

Ele pediu para a acompanhante que vinha junto com a gente, logo ela trouxe o copo com água para mim e um copo com whisky para ele.

-Você sabe por que Pietro quer que a gente fosse até eles? – Fazendo a pergunta que não saia da minha cabeça.

Cosa Nostra - Foi Você Saudade e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora