Capítulo 116 - Ramona

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O dia já havia amanhecido e eu ainda estava na cama, eu já tinha acordado fazia algum tempo, mas estava com preguiça de me levantar.

Assim que acordei, comecei a lembrar de tudo que conversei com os meus pais e meus irmãos na sala, quando eles me contaram que meus filhos não faleceram como eu havia pensado durante todos esses anos, que ele os tirou de mim.

Como ele pode tirar meus filhos, os filhos que ele mesmo negou que eu tivesse, os filhos que ele queria que eu tirasse, os filhos que ele me ofereceu dinheiro para tirar.

Eu na verdade estou me sentindo uma pessoa vazia, durante esses anos pensei que meus filhos foram mortos, mas eles foram arrancados de mim por uma pessoa que eu já disse que amei na minha vida.

Esse homem ele me fez sofrer e nem sequer pensou nas consequências dos atos dele.

Saber que ele criou meus filhos, meus filhos que eu gerei com tanto amor e carinho, que eu sim estava desejando para que eles viessem ao mundo, que eles pudessem ser criados por mim, com muito amor, carinho, respeito, e eu teria dedicação total para eles.

Logo eu levantei que eu tinha que separar as malas dos meus filhos, meus filhos, saber que os meus filhos estão perto e ao mesmo tempo longes de mim.

Mas logo isso vai mudar eu tenho certeza disso, assim que me espreguicei fui até a janela e abri as cortinas, vi o sol brilhando lá fora, fui andando até o banheiro tirei minha roupa e fui tomar banho.

Lavei meu cabelo e lavei meu corpo, tomei um banho bem demorado.

Saí do banho, peguei o roupão que estava pendurado e peguei uma toalha para secar meu cabelo, fiz minhas higienes e logo aí do banheiro.

Fui em direção ao meu closet, e peguei um dos meus shorts jeans e uma blusinha, já que estava muito calor.

Coloquei minha lingerie e logo em seguida minha roupa, assim que estava vestida, tirei a toalha da cabeça, penteei meu cabelo e deixei ele secando ao natural, fiz uma maquiagem bem leve, me olhei no espelho e assim que me vi que estava pronta fui andando até a porta do meu quarto e saí dele indo em direção a sala para tomar café.

Assim que desci as escadas, estavam todos na sala já tomando café, eu cheguei e cumprimentei todos, minha mãe claro que se levantou do seu lugar e veio me dar um beijo de bom dia.

-Como dormiu minha filha? – Perguntou meu pai.

-Bem, um pouco pensativa com tudo me falaram ontem e depois com o que eu conversei com a mamãe. – Eu disse me sentando ao lado do Valentim.

-Querida, fique tranquila, porque as crianças ainda não sabem que você é mãe deles, que nós somos da sua família, as crianças não sabem de nada. – Disse meu pai.

-Eu sei papai, mas o que mais me dói é saber que ele mentiu durante todos esses anos, para mim, para eles, para a família dele, para a nossa família, eu sinceramente não sei se vou poder a voltar a confiar nele. – Disse para meu pai.

-Agora que você sabe que seus filhos estão vivos Ramona, o que pretende fazer? – Perguntou Caique.

-Quero conhecer meus filhos, quero vê-los, quero poder tocar nos meus filhos, quero poder dizer a eles que sou a mãe deles, quero ser a mãe deles, já que me privaram. – Disse para ele que concordou comigo.

-Nossa, saber que Luigi e Bianca são meus sobrinhos é fantástico, mas saber que Catalina e Michele são seus filhos Ramona, isso é sensacional. – Disse Eduardo.

-Catalina e Michele? Meus filhos... – Eu não consegui e chorei em saber que os nomes que eu queria para meus filhos eram esses e ele pelo menos colocou o nome que eu sempre sonhei.

Cosa Nostra - Foi Você Saudade e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora