Capítulo 13

2.1K 227 29
                                    

ANDREW VITALE

Chego em casa e a vadia está lá na sala. Sinto que ela está aliviada quando me ver, mas não diz nada.

Eu bufo jogando minha jaqueta sobre o sofá próximo a ela. Caminho até a cozinha, bebo uma água, lavo o copo e subo a escada sem olhar para ela.

Eu não consigo. Olho para a cara dela e lembro da maldita mensagem que aquele filho da puta deixou no celular dela.

Caminho pelo corredor e vou até o quarto da minha filha. Abro a porta lentamente e ela está lá dormindo feito um anjo.

A única coisa boa da minha vida... Minha filha. De repente ela abriu os olhinhos resmungando, sorri a pegando no colo.

— Filha, papai te ama muito... nunca vou deixar de te amar, proteger e te cuidar... — Digo a embalando, e ela se contorce no meu colo resmungando colocando a mãozinha pequena na boca.

Sorrio percebendo que ela está esfomeada e desço com ela até a cozinha para apanhar sua mamadeira. A sonsa da mãe da minha filha me segue pela cozinha.

— Eu alimento a minha filha, pode deixar. — Ela diz com a voz fingindo estar triste. Eu a encaro.

— Eu quero cuidar da minha filha. — Ela morde o lábio e apanha a mamadeira a colocando no micro-ondas para aquecer.

— Andrew eu....

— Não quero ouvir a sua voz, Emily. Por favor! — Ela abaixou o olhar. Ficamos em silêncio na cozinha, como dois estranhos até que o micro-ondas apitou e eu apanhei a mamadeira verificando a temperatura e dei a minha filha que começou a mamar esfomeada.

Sorri para ela vendo o quanto minha princesa estava linda. Cada vez mais parecida comigo.

[...]

Após colocá-la para arrotar e trocar a fralda dela, Annie voltou a dormir tranquilamente em meu colo. Descobri que era a única capaz de me acalmar. A coloquei em seu berço com cuidado, plantei um beijo leve em sua testa e sai dando uma última olhada para ela...

EMILY FOLEY

Suspirei pesadamente no sofá da sala. Andrew estava irredutível e eu não sabia mais o que fazer. Ele não queria me escutar e eu estava saindo como a traidora. Eu sou insistente e vou lá, vou no quarto dele que era nosso, tentar falar uma última vez.

Subo a escada rapidamente. Passo pelo quarto da minha filha e verifico se está tudo bem e vejo que ela dorme feito um anjo. Apesar de todos os problemas, abro um pequeno sorriso lembrando de como Andrew é um ótimo pai.

Saio do quarto dela e vou para o quarto de Andrew. Para a minha sorte a porta estava aberta. Abro a porta e prendo a respiração quando vejo Andrew vestido apenas uma cueca boxer com uma toalha de banho na mão. Merda... como conversar assim? Quando estou a um mês sem sexo e esse homem desse jeito...

— O que quer aqui? A casa tem outros quartos, pode dormir em outro. — Eu suspirei pesadamente.

— Andrew... já chega. Precisamos conversar como adultos! — Ele me encarou sombriamente com aqueles olhos que me olhavam na época em que me manteve presa.

— Conversar o que? Vai me dar detalhes de como foi fodida por aquele bastardo filho da puta que te mandou a mensagem? — Dessa vez não aguentei mais ser tão humilhada por ele.

— Já chega! Quer saber? Faça o que bem entender! Eu cansei da sua impulsividade! Você acredita no que vem na sua cabeça, não me dá chance de explicar, mas eu digo uma coisa: Você vai se arrepender pelo que está fazendo comigo. — Eu disse com a voz embargada e saí do quarto
furiosa, chateada e cansada.

Cansada de ser humilhada por ele, pelo homem que eu amo. Eu nunca traí ele, nunca passou pela minha cabeça isso. Não vou ser hipócrita e dizer que Stephen não mexeu comigo, porque mexeu, mas nunca que eu ia trair Andrew com qualquer um, mesmo sendo Stephen, o cara que amei a alguns anos atrás...

Derrotada, eu desço a escada e entro no antigo quarto de Pietro, caio na cama tentando dormir e o sono não vem...

O que vai ser de mim e do Andrew? O que será de nós agora que o gatilho dos traumas do passado de Andrew foi ativado com essa suposição dele? Sinceramente não faço ideia...

[...]

DIA SEGUINTE

Fiquei remoendo na cama até ao amanhecer do dia. Dormi apenas duas horinhas, Annie acordou e não quis mais dormir e então trouxe Annie para o quarto em que eu estava até ela dormir novamente.

Aproveitei que ela adormeceu e a coloquei no berço e desci para tentar tomar pelo menos uma xícara de café. Eu estava com olheiras profundas, de chorar e de não dormir... Que inferno de vida! Por que isso teve que acontecer? Logo agora que eu e Andrew estávamos tão bem!

Caminho até a cozinha, apanho uma xícara do café que Deise deixou pronto e fico pensativa, até ver Andrew surgir na cozinha com olheiras como eu, ele também não teve um bom sono pelo visto.

De repente, a campainha soou incessantemente e eu corri para a sala para atender, preocupada.

Quem tocaria a campainha dessa forma? Será que aconteceu alguma coisa com alguém?

Andrew me seguiu e tomou a frente abrindo a porta. E então eu empalideci ao ver Stephen surgir ofegante e com uma expressão nada agradável em minha sala.

— Emily? — Andrew encarou a nós dois e com certa desconfiança...

— Quem é você e o que faz na minha casa, falando com a minha mulher? — Andrew tomou uma postura possessiva e eu não deixei de prestar atenção quando ele disse "minha mulher."

Um dos seguranças surgiu afoito e encarou Andrew, receoso.

— Desculpa, chefe. Ele enganou o vigia do portão e saiu correndo aqui. Quer que eu o coloque para fora? — Andrew negou com uma feição nada agradavel entre mim e Stephen. O segurança então assentiu em silêncio e saiu deixando nós três.

Um silêncio constrangedor pairou no ar por uns instantes.

— Quem é Andrew Vitale?

— Eu mesmo! Você ainda não me respondeu o quer com a minha mulher! — Andrew disse com um tom nada amigável, mas algo me surpreendeu.

Stephen deu um soco na cara de Andrew o fazendo dar alguns passos para trás.

— Seu filho da puta! Você sequestrou a minha prima! Aonde é que você escondeu ela? — E então meu coração errou uma batida. O que eu desconfiei era verdade...

Andrew encarcerou a prima de Stephen esse tempo todo fazendo tudo com ela, o que fez comigo e ainda quer dar um de traído... Que ódio!

A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa Onde histórias criam vida. Descubra agora