Capítulo 17

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EMILY FOLEY

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EMILY FOLEY

Passei a tarde toda com minha mãe e com Stephen que não saiu do meu lado por nada até que eu me sentisse um pouco melhor.

Era visível sua preocupação e eu sentia falta daquilo. Stephen sempre foi tão cuidadoso comigo... Ele não poderia ter voltado para a minha vida em um momento melhor, eu precisava dele agora. Stephen sempre foi meu porto seguro, independente de envolvimento.

Finalmente, eu me deitei com a minha filha e fiquei brincando com ela. Agarrei suas delicadas mãozinhas que tentavam segurar meus dedos e sorri.

— Ah, filha... a mamãe te ama tanto, sabia? — Ela fez um sozinho com a boca como se entendesse e eu sorri ainda mais, mas logo as lágrimas queriam me dominar pois pensei em Andrew, o que ele tinha feito com o nosso casamento? Por que ele voltou a ficar daquele jeito? Eu não conseguia respostas de tudo ter virado do avesso rapidamente.

Apanhei minha Annie no colo e a coloquei para mamar. Ela estava gulosa e eu encantada observando o meu bem maior e percebendo que a cada dia que passava, ela parecia ainda mais com o seu pai.

— Sabe, filha... a mamãe anda tão triste, tão chateada com o que aconteceu. Seu pai me traiu, me humilhou, mas ainda sim, eu o amo. Isso só pode ser doença. — Suspirei passando a mão na testinha dela que mamava de forma avida fazendo barulhinhos.

— Que fome, hein princesa? — Brinquei com ela novamente.

Após terminar de mamar, eu a troquei, fiz ela arrotar e a coloquei para dormir. Acabei apagando também. Estava cansada, o dia foi pesado e extenso...

[...]

DIA SEGUINTE

Acordei cedo com o meu mais novo despertador. Minha filha esperneando querendo mamar ou trocar fralda. Eu bocejei esticando meu corpo, me levantei e tirei Annie do bercinho.

Verifiquei sua fralda e troquei depois a coloquei para mamar novamente. Vida de mãe é isso... Dei banho nela, e aproveitei o solzinho da manhã para colocá-la para pegar o sol. Annie parecia muito bem dentro do carrinho. Acho que minha filha ama o calor.

De repente, meu coração apertou e borboletas começaram a voar em meu ventre quando vi Andrew entrar e vir em direção ao jardim. Ele estava com óculos escuros e com os cabelos levemente úmidos.

Andrew se aproximou e eu fiquei sem saber o que fazer, ou melhor, o que falar. Eu ainda estava muito decepcionada e com raiva o bastante para gritar com ele e enxotá-lo da casa da minha mãe, mas pela a minha filha, eu não iria fazer nada disso.

— Bom dia, Emily. Eu vim ver a Annie... — Andrew ergueu o óculos escuro e vi suas olheiras fundas, mas ainda sim, ele continuava bonito.

Eu suspirei pesadamente me levantando da poltrona e ajeitei minha blusa.

— Tudo bem... eu vou entrar. Qualquer coisa só chamar. — Antes que eu pudesse sair, Andrew agarrou meu braço me forçando a olhar para ele.

— Espere, nós precisamos conversar. — Me soltei da mão dele e o encarei seriamente.

— Se você pensa que vou deixar você ficar me ofendendo e humilhando, pode esquecer. — Andrew comprimiu os lábios.

— Na verdade vim conversar sobre a Annie. — Eu anuei.

— Certo.

Como se Annie sentisse a falta do pai, ela despertou com a voz dele. Andrew sorriu todo bobo e apanhou a filha no colo.

— Que saudade de você, meu amor. — Ele disse ninando nossa filha. Como se nada tivesse acontecido no dia anterior.

Realmente, Andrew tem sérios problemas.

— Eu quero deixar claro que virei ver minha filha todos os dias e quando ela completar três meses, irei pegá-la para ficar comigo pelo menos meio período do dia. — Arquiei a sobrancelha.

— Ela ainda é muito nova para ficar sem mim.

— Eu também sou o pai e sei o que eu faço. Jamais faria mal a ela. — Andrew usou um tom de advertência o que me deixou mal.

Realmente, Andrew pode ter todos os defeitos, mas se dedica a nossa filha até mais do que a mim mesma.

— Certo.

— Já estipulei o valor da pensão, pedi ao meu advogado que dobrasse o valor e todo mês será depositado em sua conta. E claro independente disso, pode contar comigo para o que precisar. A nossa filha não tem culpa dos nossos erros. — Dessa vez eu ri alto, perplexa e segurando a vontade de mandá-lo para o inferno.

— Dos nossos erros, Andrew? Pelo amor de Deus...

— Não quero falar mais sobre isso. — Ele disse cortando o assunto e então eu assenti.

Minha mãe apareceu com uma feição nada agradável. Sim, ela estava chateada com o que eu contei.

— Filha... — Franzi o cenho com o tom cauteloso da minha mãe.

— Bom dia, Meire. — Andrew a cumprimentou normalmente e minha mãe o encarou.

—Bom dia, Andrew. — Ela balançou a cabeça para ele num jeito de cumprimento e eu a observei. Ela estava um pouco nervosa.

— Mãe, o que houve?

— O Stephen...ele está na sala, veio falar com você. — Dessa vez eu sorri feito boba e captei o olhar de Andrew que parecia se segurar para não surtar.

— Diga a ele que eu já vou. — Mamãe assentiu e saiu.

— Esse merda não trabalha? Não faz nada? Agora vive assim, atrás de você?

— Isso não te interessa, Andrew. Você já me causou danos demais, então eu faço e aceito quem eu quiser perto de mim.

— Ah, claro... Tá nítido que vocês tiveram algo, vocês não se desgrudam e agora que se separou de mim, resolveu escancarar o caso. — Andrew disse transtornado e minha filha resmungou e então ele a ajeitou no colo.

— Não, Andrew. Eu não tive nada com o Stephen. Mas sinceramente? Se eu quiser ter, isso vai ser um problema exclusivamente meu porque você me deixou, não confiou em mim e o pior, me traiu! — Andrew apenas suspirou e eu sabia que ele só estava se segurando porque estava com a nossa filha no colo.

— Faça o que quiser, Emily. Só não quero a minha filha perto dele. — Eu respirei fundo para manter o controle, não ia ficar me desgastando discutindo com ele.

Eu me retirei de la sem dizer nada. Eu não deixaria Andrew estragar meu dia, mais do que já começou a estragar...

A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa Onde histórias criam vida. Descubra agora