A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa

Capítulo 52

E como se o tempo tivesse parado naquele momento, meu ódio estava direcionado apenas nele.
 
— Peterson Dalsh. — Eu disse em voz alta. Melissa me encarou incrédula.
 
— O que meu pai tem a ver com isso? — Melissa perguntou, mas já parecendo saber a resposta. Dei um sorriso de escárnio e de ódio.
 
— Com certeza foi ele.
 
— Meu pai não faria uma coisa dessas.
 
— Faria sim, Mel. Eu conheço bem o tio Peterson. Me lembro de tudo que ele foi capaz de fazer para nós dois nunca nos aproximarmos, mesmo sabendo que não éramos primos de sangue. – Vi os olhos de Melissa lacrimejarem.
 
— Além do mais você bem sabe que somos irmãos, você não tem sangue desse homem. — Alertei e ela assentiu tristonha.
 
— Eu sei, mas é como se fosse. Eu nasci e cresci com a ideia de que ele fosse meu verdadeiro pai. É difícil pra mim aceitar que ele seria capaz de uma atrocidade dessas.
 
— Nós não temos certeza disso, Andrew... — Pietro alertou com um olhar de compaixão para Melissa
 
— Pois eu tenho! Peterson está com ódio mortal de mim, pois eu peguei as ações da
empresa dele e o humilhei. Com certeza ele planejou essa vingança. Eu não tenho dúvidas, até porque ninguém ao não ser vocês e Emily sabem que Antonella é a nossa mãe. — Pietro acabou concordando.
 
— E agora, o que faremos? — Pietro perguntou com a voz eminente de aflição.
 
— Vamos a caça desse desgraçado. — Avisei, e apesar da minha petulância, por trás eu estava morrendo de medo. Medo de perder minha filha, minha esposa e também agora minha mãe.
 
Com esse problema todo eu pude notar um resquício  de sentimento por Antonella. A mulher que me deu a vida e assim como eu, foi vítima desse destino maldito.
 
— Como faremos isso? Não sabemos o paradeiro dele — Pietro disse e vi Melissa chorar no canto da sala com Stephen a abraçando e consolando.
 
— Eu tenho meus contatos. Vou localizar
esse número. Teremos a noção mais ou menos onde Emily possa estar escondida.
 
— Sendo assim... — Assenti e logo corri para a minha lista telefônica.
 
Eu tinha um amigo na polícia que poderia me informar esses dados. Em breve, Peterson Dalsh estaria nas minhas mãos e eu o esmagaria, com certeza.
 
EMILY
 
Quase pegando no sono, vejo a porta do meu quarto se abrir. Me assusto e me encolho juntamente com Antonella que segura Annie em seu colo.
 
Peterson volta com um brilho maldoso no olhar me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.
 
— Bom, já entrei em contato com aquele maldito sem me identificar e como sei que ele é metido a esperto, logo saberá que sou eu. O babaca mordeu a isca. — Peterson disse dando um sorriso vitorioso.
 
— O que quer dizer com isso? — Antonella perguntou aflita.
 
— Que em breve verei seu filho. Deixei a localização ativada em um galpão abandonado, com certeza ele irá pra lá pra tentar me pegar. Tão inocente. — Ele riu com deboche.
 
Vi quando Peterson sacou a arma da cintura que brilhava em meio a luz. Meus olhos se arregalaram. Ele parecia disposto a acabar com Andrew.
 
— Por favor, tenha piedade. Não faça nada que o senhor possa se arrepender. — Dessa vez falei com o homem que me encarou e sorriu ainda mais.

— Sabe, o Andrew tem sorte. Uma esposa linda, com uma filha linda... pena que não irá aproveitar mais disso. — Peterson dizia enquanto alisava sua arma como se fosse um troféu.
 
Meus pelos se eriçaram e vi Antonella desesperada colocar um pequeno papel no bolso da calça, ela me entregou minha filha e correu se ajoelhando nos pés de Peterson chorando desesperadamente.
 
— Por favor, Peterson, pelos anos que passamos juntos. Pelo amor que construímos juntos... não faça nada com ele, eu imploro. — Peterson acariciou a cabeça de Antonella a erguendo.
 
— Justamente por isso que eu irei me vingar, meu amor. Andrew destruiu a minha vida, acabou comigo e isso não ficará assim. Você vem comigo de isca para o maldito! E você, loirinha,  fica como garantia. — Peterson apontou para mim com a arma e eu me encolhi estremecendo.
 
Vi quando ele levou Antonella dali e meu desespero foi maior. Eu, presa dentro desse cômodo sem poder fazer nada.
 
Nem pra conseguir avisar a Andrew pra tomar cuidado que Peterson estava disposto a matá-lo.
 
ANDREW VITALE
 
Após saber aonde se encontrava o maldito, fui até o cofre e apanhei um dos meus revólveres que eu colecionava. Vi que tanto Pietro quanto Stephen haviam entrado em meu escritório.
 
— Eu descobri aonde o maldito está. Em um galpão velho e abandonado. Hoje eu acabo com esse desgraçado! — Eu disse enquanto carregava a arma com munição. Pietro se aproximou.
 
— Você não vai sozinho. Pode ser uma armadilha...
 
— O Pietro tem razão, eu conheço o tio Peterson e sei o quanto traiçoeiro ele pode ser. Eu também vou com vocês. — Encarei os dois na minha frente e contestei.
 
— E colocar a vida de vocês em risco? Pietro você com certeza não sabe pegar numa arma. Pode fazer merda. — Ralhei e ele bufou.
 
— Eu não vou deixar você entrar nessa missão suicida sozinho, meu irmão. Lembra o que prometemos quando mais novos, quando perdemos o nosso pai? Que aconteça o que acontecer, jamais nos abandonaríamos. Então está válido. — Assenti emocionado. Respirei fundo e apesar do medo de perder Pietro nessa missão, ele estava certo. Esse era nosso lema. Nós poderíamos brigar, termos personalidades diferentes, divergir, mas jamais abandonar um ao outro depois que ficamos sozinhos sem o nosso pai.
 
— Certo. — Voltei para o cofre e peguei as outras duas pistolas as carregando de munição e entregando algumas para Pietro e Stephen.
 
— Tomem cuidado com isso. Não é um brinquedo. — Comecei a ensinar a Pietro como se manuseava a arma e quando fui ensinar Stephen, ele protestou.
 
— Eu sei como se manuseia uma arma. — Stephen respondeu altivo e eu assenti.
 
— Então vamos, que não temos tempo a perder. Preciso trazer minha mãe, minha mulher e minha filha de volta. — Avisei travando minha arma e colocando na cintura.
 
— Hoje acabo com você, Peterson Dalsh. — Afirmei para mim com sangue nos olhos, louco para colocar as mãos nesse desgraçado. Se ele acha que eu estou com medo, está muito enganado... Mal sabe o que lhe espera.