A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa

Capítulo 38

Meus pensamentos estão embaralhados. Então a minha mãe, a mulher que me deu a vida não me abandonou e sim foi vítima do destino como eu e Pietro.

— Mãe, eu não tenho nem palavras... Isso parece um sonho. Finalmente encontrei a minha mãe. Achei que seria impossível. — Bufei com a emoção de Pietro que não parava de sorrir, chorar e a abraçar a Antonella a todo instante.

— Oh, meu filho. Eu que o diga. É tão bom vê-los assim saudáveis, crescidos... Meu Deus! Como perdi parte da vida de vocês. — A mulher disse pesarosa e Pietro meneou a cabeça. Enquanto eu observava a cena ao longe.

— Tudo bem, mãe. Já passou e agora você voltou e tem a mim, o Andrew e a nossa irmã caçula. Bem que eu sentia um laço forte pela Melissa... — Pietro dizia deslumbrado.

— Sim, meus filhos. Meus três filhos... Eu só preciso avisar ao Peterson que irei ficar definitivo por aqui. Não posso mais ficar distante de vocês. — Franzi o cenho irritado e cerrei os punhos.

— Como ousa a dar satisfações para aquele merda? — A mulher se encolheu, e logo Pietro tomou a frente como se quisesse protegê-la.

— Eu sei, filho, mas ele é o meu marido. – Sorri de escárnio balançando a cabeça.

— Sim! O homem nojento que foi capaz de praticamente vender a garota que ele criou como filha para o irmão dela. — Minha mãe ficou sem jeito e vi Pietro se irritar com a minha resposta.

— Andrew, a mamãe já disse que ele não
sabe que somos irmãos da Melissa.

— Mesmo que não saiba. Ele é um nojento! Um verme e um covarde por querer vender a virgindade da garota para livrar ele das sujeiras do cassino. Esse homem não presta. Ele traia a minha... A... A Antonella no meu cassino! — Vi a mulher que me deu a vida me encarar assustada e decepcionada ao mesmo tempo.

— Olha como você está sendo indelicado com a nossa mãe, não percebe que ela está emocionada e sensível? E outra que você aceitou a negociação. Você aceitou ficar com a Melissa em troca do dinheiro! — Pietro vociferou apontando para mim.

Logo corri ao seu encontro ficando perigosamente perto dele. Minha paciência já havia acabado e eu estava louco para descontar tudo o que estava sentindo em algo ou alguém.

— O que você tá querendo dizer com isso, hein? Fala pra mim. Seja homem e me diz. — Rapidamente a mulher se pôs em nosso meio e me segurou me afastando de Pietro.

— Pelo amor de Deus! Não briguem. Vocês são irmãos deveriam ser unidos. — A mulher puxou meu rosto me forçando a olhar para ela.

— Andrew, meu filho. Fique calmo. Eu preciso mesmo conversar com o Peterson principalmente pela atitude que ele tomou com a Melissa. Eu jamais concordaria com isso e ele só fez porque eu estava viajando a trabalho. Não se preocupe, se eu tiver que optar por alguém, com toda a certeza eu optaria por vocês. — Vi sinceridade em seu olhar, mas desviei o meu olhar do dela. Eu ainda não estava pronto para chamá-la de mãe. Minha mente estava uma confusão com tudo que eu ouvi.

— Bom, eu vou indo então... Volto para ver vocês. — Ela disse e um medo irracional percorreu minha mente. Eu senti novamente o medo do abandono. Eu queria gritar para ela ficar, mas eu não conseguia. Algo me impedia.

— Vamos até a minha casa, mãe. Você precisa conhecer a minha esposa Jéssica e meu filho Ben, o Benjamin.— A mulher colocou a mão sobre o rosto, maravilhada.

— Oh meu Deus! Eu sou avó de dois? Que lindos! Preciso conhecer a minha neta e o meu neto.

— Então venha comigo, mãe. Lá tem um quarto sobrando e você pode ficar à vontade. — Ela meneou a cabeça.

— Oh não, não quero atrapalhar sua família. — Pietro segurou a mão dela gentilmente.

— A senhora jamais vai atrapalhar. Faz parte da minha família. — Ela assentiu emocionada.

— É claro... Claro eu vou. — Ela se aproximou de mim.

— Não se preocupe filho, não fique angustiado. Eu volto. Jamais abandonarei vocês. — Eu não consegui reagir. Apenas me perguntei como ela sabia que eu estava angustiado...

Sem perceber eu vi ela saindo juntamente com Pietro. Confesso que suas palavras haviam me aliviado. Olhei em volta e vi as cartas em cima da mesinha. Decidi dedicar meu tempo bebendo e lendo cada uma delas...

(...)

EMILY FOLEY

Eu estava no quarto de Danna com Annie no colo e conversando, ajudando Danna a montar um look para sair com Lucas.

Já se passava um mês desde que desafiei Andrew a se comportar. Ele tem mantido a palavra e melhorado cada vez mais e eu orgulhosa de mim por resistir a tanto tempo, mas sinto que a cada dia que passa, estou prestes a voltar com homem que eu amo.

Meu celular tocou, me despertando dos pensamentos. Era Andrew me ligando.

Franzi o cenho estranhando. Ele disse que viria só amanhã então por que me procuraria hoje novamente? Rapidamente atendi a chamada.

"Andrew?” — Ouvi ele suspirar no telefone.

“Emily, por favor... Não desliga eu... Eu tô precisando de você. Da sua companhia. Eu tô perdido, tão confuso e abalado... Por favor... Vem me ver...” — A voz de Andrew estava embargada e angustiada. Meu coração pulou forte, preocupada com ele.

“O que aconteceu, Andrew? Onde você está?”

“Eu tô em casa, na nossa casa. Aquela mulher
apareceu... A que me abandonou e eu... Tô me sentindo perdido. Venha... Por favor...” — Fiquei estática por um momento. Como assim a mulher que lhe abandonou foi afrontá-lo em casa?

Despertei dos meus pensamentos com um gritinho de Annie.

“Tu...tudo bem. Eu estou indo já. Vou só arrumar a Annie.”

“Não demore, por favor. Estou me sentindo
perdido e angustiado.”

“Só me espere. Eu não vou demorar muito, prometo.” — Logo deliguei a chamada e bufei preocupada.

— O que aconteceu? Você parecia preocupada.

— Andrew com problemas. Pelo que ele disse a mãe dele apareceu na casa dele. Eu preciso vê-lo me preocupo em deixar o Andrew sozinho assim. Você pode ficar com a Annie pra eu
tomar um banho rápido? — Pedi a Danna que assentiu prontamente, pegando a Annie no colo.

— Claro! Pode ir...

— Obrigada! — Corri para o guarda-roupa apanhar uma roupa para mim e algumas para Annie. Eu entendia a importância e o problema que era a volta da mãe do Andrew.

O que me preocupava, sabendo da instabilidade dele. Eu não poderia jamais negar de estar perto do pai da minha filha e do homem da minha vida...