Capítulo 42

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UM MÊS DEPOIS...

Desde que voltei para a casa de Andrew, finalmente as coisas parecem entrar nos eixos. Toda a seção de terapia, Andrew vai e me leva junto. Nossa filha está  cada vez mais esperta e já consigo alimentá-la com papinha e mamadeira de leite especial, tudo perfeito.

O que me preocupa é que desde que Andrew descobriu que Melissa é sua irmã, ele se afastou e não a procurou, eu ainda não sei o motivo. Assim como sua mãe que ele discretamente parece fugir dela.

Hoje passei o final da tarde no jardim com a Annie cercada de brinquedos em seu cercadinho. Agora todo o cuidado é pouco já que ela está tentando engatinhar.

Minha mãe e Danna estão aqui. Danna observa Annie brincar no cercadinho e apesar de sorrir, seu olhar se mostra um pouco triste e eu entendo o motivo...

— Então quer dizer que o Andrew está sendo um excelente marido? — Danna pergunta.

— Sim! Tão carinhoso, dedicado e amoroso. Parece que eu estou vivendo um sonho. — Minha mãe me encara indiferente e rebate.

—Normal. Você só vai saber se o Andrew
mudou se algum “rival” aparecer, né Emily?

— Ah, mãe. Eu acredito que Andrew mudou. É óbvio que ciumento ele sempre vai ser. É a marca dele, mas acredito que me ofender, ele não fará isso. — Minha mãe assentiu pensativa tomando uma xícara de café.

— Que assim seja. — Ela respondeu. Eu e
Danna trocamos olhares cúmplices e Danna deu um sorriso.

Continuamos a conversar. Agora descontraidamente. Passando o tempo brincando com a Annie em meio as conversas. Eu não poderia estar mais realizada agora...

HORAS DEPOIS....

DANNA

Depois de uma bela tarde na casa de Emily, passei o restante do final da tarde no shopping fazendo compras. Confesso que eu fiquei muito feliz por ela e pelo Andrew. Eles se amam e tem uma família linda.

Lucas me mandou uma mensagem empolgado pedindo para eu me arrumar e ficar bem linda que ele tinha uma surpresa a fazer.

Admito estar curiosa e agora andando de um lado a outro, impaciente aguardando Lucas chegar...

(...)

Finalmente a campainha tocou e eu corri para atender. Lá estava ele, todo lindo, empolgado e com um enorme buquê
de chocolates nas mãos.

— Ual! Levou a sério o que eu disse. Você está ainda mais linda, como eu pedi. — Sorri meneando a cabeça.

— Posso saber o motivo? — Ele sorriu me entregando o buquê e eu me derreti.

— Bom, nós vamos jantar fora hoje. — Arqueei a sobrancelha. Lucas nunca foi de ser essa linha tão romântica e eu estranhei. Espero não ser o que estou imaginando.

— Então vamos? Já estou pronta. — Ele concordou agarrando minha mão e dando um beijo casto em mim.

(...)

Chegamos ao restaurante, bem requintado, diga-se de passagem. Franzi o cenho, começando a me sentir incômoda. Logo Lucas escolheu uma mesa bem reservada.

Ele agiu como um perfeito cavalheiro, afastando a cadeira pra eu sentar, e se sentou em seguida.

— Vamos fazer o pedido? — Ele perguntou empolgado, esfregando as mãos. Enquanto eu apenas arqueei a sobrancelha e suspirei.

— Lucas... Eu estou nervosa já. Vai... Me fala. O que está acontecendo? — Ele sorriu chamando o garçom. Pediu logo duas taças e um champanhe.

— Então, minha oriental gostosa. Hoje eu estou muito feliz. Fui promovido no trabalho. Isso significa que meu salário aumentou e eu vou poder te dar uma vida mais digna, você sabe... Eu já estava cansado de viver as custas dos meus pais e não achava certo levar você pra morar comigo dessa forma, saca? Agora poderemos alugar um apartamento, viver no conforto. Não com esse luxo todo que você está acostumada. Mas... Sim, com alguns confortos. — Engoli seco, sentindo a ansiedade querer dominar o meu peito, e balancei a cabeça.

— Espera, Lucas que papo é esse de me dar uma vida confortável? — Lucas sorriu metendo a mão no bolso da jaqueta e puxou de lá uma caixinha pequena que eu já imaginava o que era.

— Sabe, minha oriental... Estamos bastante tempos juntos, entre idas e vindas. Desde que eu bati os olhos em você eu sabia que seria minha. Sei que se sente insegura, por ser um pouco mais velha que eu, mas você bem sabe que jamais eu trocaria uma mulher gostosa, fogosa e apaixonada como você, por qualquer outra mulher. Nem mesmo as mais novas. Bom, acho que já passou da hora de juntarmos nossas escovas de dentes... Danna, minha oriental perfeita e gostosa. Você aceita se casar com esse pobre homem que morre de amor por você? — Coloquei a mão sobre o peito. Meu coração acelerado batia a mil por minuto.

Logo me lembrei do meu maior empecilho. Eu não poderia dar uma família ao Lucas e fiquei triste.

Balancei negativamente a cabeça sentindo os meus olhos arderem. Eu não poderia mais esconder aquilo. Lucas fazia planos para construir uma família enquanto eu, era uma árvore seca que não poderia lhe dar frutos.

— Não posso... Não posso fazer isso com você. — Eu disse já com a voz embargada sentindo as lágrimas inundarem cada vez mais os meus olhos.

O sorriso no rosto de Lucas desapareceu, enquanto as alianças ainda permaneciam seguradas em seus dedos.

— Como? — Ele perguntou aflito e então minhas lágrimas rolaram.

— Eu sou velha pra você e...

— Meu Deus, Danna! Quantas vezes eu já te disse que você não é velha pra mim? Que você é maravilhosa e perfeita, zero defeitos e eu me sinto sortudo por ter conseguido um mulherão feito você. Pare com essa insegurança boba, mulher! Nós vamos nos casar. Ter nossos filhos correndo por aí deixando você e eu loucos. Nossa reunião
de família, num Natal cheio de crianças nossas, da Jess, da Emily... Eu já consigo imaginar e vai ser perfeito! — Lucas disse desesperado. E meu corpo sacolejava devido as lágrimas, assim que ele falou
que desejava ter uma família comigo, eu
desabei.

Eu estaria tirando os sonhos dele se aceitasse a me casar. Então respirei fundo e despejei de uma vez:

— Lucas, eu não posso te dar filhos. Não posso casar com você. Sou estéril, uma árvore seca, que não poderá te dar frutos e você merece alguém a sua altura. Eu amo você, mas infelizmente, não sou eu que serei a esposa e mãe ideal. — Lucas me encarou completamente aturdido.

Permanecemos em silêncio por um bom tempo. Como se eu estivesse aguardando ele assimilar aquilo e realmente, eu estava.

— Danna, por que não me contou antes? — Eu o encarei, secando as lágrimas teimosas que caiam incessantemente.

— Adiei ao máximo, porque foi muito difícil pra mim e eu não queria perder você tão cedo. Me desculpe por ter sido egoísta, por eu não ter te contado antes. Mas eu não queria te perder tão... Rapidamente. — Lucas saiu do lugar dele, se abaixou diante a mim, apanhou minha mão e colocou a aliança no meu dedo, enquanto eu chorava silenciosamente.

— Porra mulher, você só pode ser realmente louca ao achar que por esse motivo, você não seria a mulher ideal para mim. Que eu desistiria de você, de nós dois. Jamais, Danna! Eu quero é ser feliz ao seu lado, mulher, e sim, vamos encher a nossa casa de filhos. Vamos adotar, formar uma linda família. Tenho certeza que amaremos os nossos filhos como se fossem do nosso DNA. Pra mim, eu já disse e cansei de dizer, você é perfeita e será pra mim a minha musa oriental, mesmo quando estivermos velhinhos abraçados em cima de uma cama. Então... Já coloquei o anel em seu dedo e não aceito não como resposta! — Sorri de alívio em meio as lágrimas.

— Como eu te amo, seu moleque atrevido! — Eu disse, e ele sorriu me ajudando a levantar e me abraçou, secando as últimas lágrimas que desceram.

— E eu te amo mais, minha oriental gostosa! — Rapidamente ele me beijou de forma despudorada. Eu sentia uma mistura de alívio, alegria e amor.

Lucas realmente me ama e provou isso hoje. Ele realmente é o homem da minha vida...

A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa Onde histórias criam vida. Descubra agora