A Prometida: Uma Proposta Irresistível 2 - Completa

Capítulo 51

Observo a mãe de Andrew adentrar o quarto, sua expressão revela medo e alívio ao mesmo tempo.
 
— O que a senhora faz aqui? — Perguntei desconfiada e pavorosa ao mesmo tempo.
 
— Ainda bem que está bem! O nojento do meu marido, aliás ex marido a sequestrou e me sequestrou também. Recebi um aviso que era para atingir a Andrew. Eu confesso que estou muito aflita. Não sei o que mais esse covarde pode ser capaz de fazer e eu nem imaginava que ele fosse agir assim. Sinceramente, tenho dedo podre para maridos.
 
— Meu Deus! Eu espero que Pietro ajude a Andrew. O conheço muito bem e sei que não é bom ele fazer nada de cabeça quente.
 
— Nem fale uma coisa dessas. E minha netinha, está tudo bem com ela? — Olhei para minha pequena embrulhada no cobertor e dormindo e assenti. Dei um suspiro pesado. Eu estava cansada.
 
— Está sim. Não fizeram nada comigo de violência, ao não ser me prender aqui. — Antonella me encarou aliviada e sorriu para a minha filha que deu um suspiro se mexeu e voltou a dormir.
 
— Graças a Deus! Sabe, eu só queria que meu filho me perdoasse... Tudo que aconteceu entre mim e ele não foi minha culpa. — Assenti olhando para o rosto sofredor da mulher.
 
— Não se preocupe, o Andrew é assim mesmo. Eu tenho certeza que ele já cedeu. Eu conheço bem o seu filho, sinto que ele adora quando a senhora vai nos visitar. Andrew só é muito orgulhoso para admitir... — A senhora sorriu com os olhos brilhando cheios de água.
 
— Seria minha felicidade ouví-lo me chamando de mãe.. Eu só espero que saiamos bem daqui, que meu filho saia são e salvo para podermos recomeçar. — Vi sinceridade na mulher à minha frente.
 
Me aproximei dela a segurando pela mão e acariciei. Ela me olhou deixando uma lágrima escapar.
 
— Eu tenho a certeza que sairemos bem daqui. O Andrew e o Pietro vão nos encontrar e o Andrew vai te chamar de mãe e te dar um abraço. Ele ama a senhora. Não se preocupe. Eu farei ele enxergar isso! — E então recebi um abraço apertado dela e devolvi o abraço, até sermos interrompidas com palmas vindo da porta.
 
Nos soltamos rapidamente e encaramos o homem a nossa frente sorrindo.
 
— Que cena comovente! Parece aquelas cenas de final de novela...
 
— Peterson, por favor, solte a Emily. — A mulher disse implorando. Ele suspirou com sarcasmo, colocando as mãos nos bolsos da calça.
 
Então esse era o famoso Peterson. Um homem na casa dos seus quarenta e tantos anos, mas com boa aparência, corpo de atleta e com rosto de gente gentil, apesar de não ser nem um um pouco.
 
— Soltar a mulher daquele homem? Só pode estar louca!
 
— Aquele homem é meu filho, Peterson! O que aconteceu com você? Você foi o único a me estender a mão naquela época... Parecia um homem bom. Me ajudou a criar Melissa eu sinceramente não entendo. — Vi a amargura e decepção no olhar de Antonella. Peterson com o rosto petrificado de raiva nos encarou.
 
— Aquele maldito me fez perder as ações da minha empresa, cheguei à beira da falência e fui humilhado por ele. Ele tinha que pagar pelo que foi feito! Ele acha que pode brincar assim? Simplesmente fazer da vida dos outros um inferno! — Eu observava o diálogo entre eles enquanto eu me encolhia próximo a minha bebe que ainda dormia.
 
— Quem tornou a sua vida um inferno, foi você mesmo quando decidiu virar um maldito viciado em jogatina!
 
— Cale a sua boca! Você não está em nenhuma posição favorável para querer me humilhar assim! Eu sempre te dei tudo, Antonella! Te dei amor, vida financeira estabilizada, uma família, assumi a sua
filha como se fosse minha. Te dei tudo! Olha o que você fez! — A mulher suspirou irritada.
 
— Me deu tudo, mas ainda faltavam meus filhos. Você me prometeu que iria me ajudar a devolver eles e isso nunca aconteceu!
— É obvio! Voce ainda era apaixonada naquele verme. Você acha que eu deixaria a mulher que eu amava voltar para a vida antiga e miserável de antes? Você foi muito inocente e bobinha por acreditar nisso. Sabe... — O homem sorriu e vi Antonella nervosa e com ódio, o mesmo olhar de Andrew... — Aquele babaca do falecido do seu ex marido, ele até tentou te procurar, mas... eu disse que você estava bem e não queria mais vê-lo. Que era para ele sumir da sua vida e levar seus filhos junto e que você era uma outra mulher. — Ele
sorriu e ví Antonella furiosa partir para cima dela distribuindo socos em seu peito.
 
Com a barulheira, Annie acordou chorando e corri pegando a minha filha no colo e acalmando.
 
— Desgraçado! Eu te odeio! Que nojo de mim por ter caído na sua por esse tempo todo. Como eu nunca desconfiei de nada? — Vi quando o nojento a empurrou quase a fazendo cair.
 
— Cale essa maldita boca! Você está sendo injusta, eu te dei uma vida. Você estava na sarjeta e grávida!
 
— Antes eu tivesse na rua do que ter encontrado você no meu caminho. — Antonella cuspiu as palavras com raiva. O homem a encarou consternado.
 
— Isso não me atinge, Antonella. Saiba que eu vou acabar com aquele desgraçado do seu filhinho babaca. A ruina dele já começou. Daria tudo para ver a cara de desespero ao saber que a mulher e a filha foram sequestradas. Eu ainda não me identifiquei para ele se desesperar um pouquinho. — O homem gargalhou.
 
— Agora aproveitei a estadia. Assim que eu resolver tudo que tenho para resolver com Andrew Vitale, eu prometo que solto vocês. — Um calafrio me preencheu. Eu estava movida ao medo e pavor. Preocupada com o que esse lunático pudesse fazer ao Andrew.
 
O homem saiu de nosso quarto e eu me joguei no pequeno sofá nervosa.
 
— Que Deus proteja meu menino! — Antonella disse aflita. Eu apesar do medo, tentei acalmá-la.
 
— Eu tenho certeza que irá proteger, e Andrew vai sair dessa e irá nos salvar. A senhora vai ver.
 
— Que Deus te ouça filha. — Assenti em silêncio encarando minha filha, nosso pequeno laço de amor que nos ligava eternamente, nossa pequena Annie.
 
ANDREW VITALE
 
Eu andava de um lado a outro desesperado. Sem saber o que fazer, eu queria ligar para os meus contatos na polícia que eu tinha, mas eu fiquei com medo que isso refletisse na minha Emily e na minha filha. Inferno!
 
Me sentindo altamente impotente de braços
e pernas atadas.
 
— Que estranho, a mamãe não atende o telefone. — Melissa disse preocupada, encarando a tela do telefone. Pietro me encarou franzindo o cenho e eu o encarei de volta.
 
— Desde quando isso? — Pietro perguntou e Melissa o encarou.
 
— Desde cedo tô tentando falar com ela, o celular dela parece estar sem internet... não sei. — Logo um estalo veio em minha mente.
 
Das duas uma, Antonella foi sequestrada, ou ela fazia parte desse sequestro. Pensando nisso, virei a mesa de centro da sala com tudo assustando quem presenciava a cena.
 
— Inferno! Preciso encontrar a Emily e minha filha! — Eu disse nervoso me erguendo. Pietro se aproximou.
 
— Acalme-se, Andrew. Quem quer que seja, irá entrar em contato conosco em breve. Não adianta ficar assim. — Apesar de tudo, Pietro tinha razão.
 
Decidi me "acalmar" um pouco e caminhei até a tomada mais próxima. Assim que coloquei o celular na tomada para carregar eu o liguei. Uma
mensagem acabara de surgir em minha tela com um número não salvo em meu aparelho.
 
"Olá senhor Vitale, gostando da brincadeira? Sua esposa, sua filha e sua mãe estão muito bem tratadas comigo. Não se preocupe... Até mais"
Passei a mão pelo cabelo desesperado. Então a minha mãe também havia sido sequestrada. Mandei outra mensagem de volta perguntando quem era o maldito ou maldita que havia feito isso, mas a pessoa não respondeu.
 
— Desgraçado quem quer que seja! — Gritei e vi Pietro e Melissa se aproximar.
 
— O que foi, Andrew? — Pietro perguntou e Melissa ansiava por resposta ao meu ataque de fúria.
 
— A pessoa entrou em contato por mensagem sem se identificar e disse que sequestrou a... nossa mãe também. — Vi Melissa quase cair e Pietro a segurou na mesma hora. Stephen se aproximou preocupado acudindo Melissa.
 
Eu ia descobrir quem fez e acabaria com a vida dessa pessoa. Nem que fosse a última coisa que eu fizesse na vida. Então em um piscar de olhos pensei logo: PETERSON DALSH!