Vou tentar te convencer a ler essa história.
Harper e Diego são "inimigos" desde a infância.
Na adolescência, Harper se mudou para outra cidade com a sua mãe.
Alguns anos depois elas retornam e o "ódio" pelo irmão da sua melhor amiga ainda existe.
P...
⚠️ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHO DE BULLYING E RELACIONAMENTO TÓXICO⚠️
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Um spring break depois...
Acordei mais uma noite suando frio e com o coração palpitando. Desde o dia da piscina tem sido assim.
Já ouvi falar que reviver um trauma às vezes é bom, porque pode te fazer superar. No meu caso só piorou.
Toda noite tem sido assim. Eu tomo um calmante para dormir bem e acabo tendo pesadelos no meio da madrugada.
Respiro fundo e esfrego as mãos no rosto tentando me acalmar, mesmo sabendo que não vai funcionar. Então, vou para a varanda e olho para o céu, esperando que a lua me escute mais uma noite.
O primeiro pesadelo foi como se eu tivesse revivendo o que aconteceu há quase nove anos. Eu corro atrás da Yara, tia Lena reclama, eu escorrego, caio dentro da piscina, e ninguém nunca vem me salvar.
O segundo pesadelo mostra a Kiara me empurrando na piscina, eu caindo na piscina e de dentro da água escuto as pessoas rindo de mim enquanto fico me debatendo.
No terceiro pesadelo, que foi o que me fez acordar agora, quem me empurra na piscina é o Thomas. Ele disse algo sobre eu trair ele, que ninguém nunca vai me amar igual ele me ama e que já que estou destinada a morrer sozinha, ele vai adiantar as coisas. E então ele me empurra.
Aperto os meus olhos com o polegar e o indicador e, solto uma respiração pesada.
Me rendo.
Pego o celular e disco o número de uma pessoa que faz tempo que não converso. No terceiro toque ela atende.
– Alô? —a voz muito bem conhecida por mim, soa do outro lado da linha—
— Doutora Leslie, sou eu, a Harper.
– Harper! Há quanto tempo não nos falamos. Não esperava uma ligação sua a essa hora. Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
— Me desculpe o horário. —aperto os lábios um contra o outro— A gente pode conversar um pouco?
★★
Noto que a cada passo que eu dou pelos corredores do colégio, tem pessoas me olhando, cochichando e rindo.
— As pessoas estão rindo de mim? Por que as pessoas estão rindo de mim? —pergunto totalmente confusa aos meus amigos—
Na hora que eles dão de ombros, um garoto passa na minha frente rindo.
— Parece uma mosca morrendo dentro da água. —ri mais e eu abro a boca chocada—
— Eles estão rindo porque eu me afoguei na piscina? Eles tem noção que foi por culpa de uma garota que me empurrou? O que está acontecendo com a mente das pessoas? —pergunto revoltada—
