Capítulo 22

1.7K 150 30
                                    

- Eu não queria, eu juro - seu pai diz chorando.

Você se aproxima e pede pra ele te entregar a arma.

- Ele veio pra cima de mim e aí eu tive que usar isso. - ele diz entregando a arma pra você.
- Pai, de quem você tá falando?
- Ele veio falando que precisava de mais dinheiro, e eu não quis entregar, então ele veio pra cima de mim.
- O ward? Foi o Ward pai?
- Não, não. Foi o capanga dele.

Você respira fundo aliviada.

- Querido, senta aqui na cadeira. - diz sua mãe.
- Pai, me conta o que aconteceu.
- Não filha, não quero te envolver nisso.
- Eu já sei que você atirou em alguém, então já sou cúmplice, fala de uma vez.

Seu pai conta exatamente o que aconteceu.

- Onde você tá indo s/n? - sua mãe pergunta ao ver você pegando as chaves do carro.
- Eu vou ver se o corpo ainda tá lá, se não tiver, eu dou um jeito.
- S/n? Você tá maluca, você é uma adolescente e é perigoso.
- Mãe, você prefere que eu faça isso ou que o papai vá preso por homicídio?
- Mas foi legítima defesa - rebate sua mãe.
- Se fosse, ele teria ligado pra polícia na mesma hora, mas não ligou, então ele pode ser preso por isso.
- Me desculpa filha - diz seu pai em choque.

Você sai e vai até o local que seu pai disse que tinha deixado o corpo.
Você chega na floresta, desce do carro e liga a lanterna.
Você procura pelo corpo, mas não consegue achar.
De repente, você escuta o barulho de uma arma sendo destravada, bem atrás de você.

- Se vira lentamente e deixa eu olhar pra sua cara.

Você reconhece a voz e então se vira.
É o Ward.

- Não tá na sua hora de dormir? - ele diz apontando a arma pra você.
- Não tá velho demais pra andar sozinho à noite?

Ward continua apontando a arma pra você.

- Vai fazer o que? Me matar e jogar meu corpo na vala?
- Se isso fizer seu pai entender que ele não pode fugir de mim, então sim.

Você olha para trás do Ward e vê uma lona preta enrolada em algo.

- Ah, aquele ali é o coitado que seu pai matou.
- Coitado? Tá mais pra pau mandado.
- Então você admite que seu pai matou ele?
- Eu nunca disse isso. Mas eu sei que esse cara - você aponta pra lona - era seu capanga.
- E você tem provas disso?
- E você tem provas do hipotético homicídio do meu pai?

Ward da um passo à sua frente.

- Você é uma garota bem esperta s/n. Então não vai fazer a burrice de tentar me enfrentar.
- Você que se meteu com a minha família. Eu só tô me defendendo.
- Eu odiaria ver meu filho chorando encima do seu caixão.
- Ou do seu, nunca se sabe.

Ele ri.

- Agora eu sei porque meu filho gosta de você. Você é uma vadia burra como todas as outras que ele transou.
- Se eu fosse uma vadia burra você não estaria perdendo seu tempo comigo, não é mesmo? - você da um sorriso de canto.

Vocês começam a ouvir o barulho da ronda da polícia.

- Se eu fosse você me apressaria.  - você diz se aproximando.

Ward abaixa a arma e pega a lona.
Você corre e entra no seu carro.

Us. Onde histórias criam vida. Descubra agora