Capítulo 28

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Você sobe pra ver como sua mãe está.

- Mãe, você tá melhor? - você pergunta se sentando na cama dela.

- Faz um café pra mim? - ela diz.

- Claro.

- Bem forte e sem açúcar. - ela completa.

Você desce pra fazer o café.

- Água, açúcar.... não, açúcar não

Você faz o café e pega uma aspirina. Mas, a campainha toca.

- Já vai!

Você coloca o café e a aspirina no balcão e a campainha continua tocando incessantemente.

- Meu Deus, já tô indo.

Você abre a porta e se depara com o Rafe chorando.

- Eu posso entrar? - ele pergunta.

Você abre o caminho pra ele passar.

- O que houve?

- Ele foi preso, encontraram tudo no escritório dele - ele diz.

Você se aproxima do Rafe e abraça ele.

- Ei, vai ficar tudo bem, eu sei que é difícil pra você e pra suas irmãs, mas tinha que ser assim - você diz abraçando ele.

- S/n? - você ouve sua mãe chamar.

- Ai, o café!

Você vai até a cozinha e pega o café e a aspirina.

- Fica aqui tá? Eu já volto.

Você sobe pro quarto da sua mãe.

- O café - você entrega pra sua mãe - e uma aspirina também.

- Obrigada, filha.

Você da um beijo na sua mãe.

- Tem alguém aí com você? Te ouvi conversando.

- O Rafe tá aqui.

- Agradeça ele por mim.

- Claro. Agora volta a dormir.

- Você pode colocar aquela música que eu gosto? - pergunta sua mãe - eu gosto de ouvir ela pra dormir.

- Tá bom.

Você coloca a música e fecha a porta.

- Minha mãe mandou te agradecer por ter trago ela, embora eu já tenha.... - diz você descendo as escadas.

Você olha pros lados e não vê o Rafe.

- Rafe?

Você pega uma faca na cozinha.

- Rafe? Cadê você? - você diz procurando pela casa.

Você abre a porta do escritório e encontra o Rafe mexendo nas coisas do seu pai.

- QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO?

Rafe fecha as gavetas e vem até você, mas ele vê a faca na sua mão e da um passo pra trás.

- Por que você tá com uma faca?

- Por que eu achei que alguém tinha entrado aqui, mas olha só....parece que o intruso é você.

Você larga a faca.

- Olha s/n, eu só tava....

- Procurando algo pra incriminar meu pai ou algo que vá piorar a situação do seu pai pra você pegar e esconder?

Você sorri.

- Pode parar de perder seu tempo, tudo sobre o seu pai já foi tirado daqui e levado pra polícia.

- Você entende que eu só quero proteger a minha família né? A gente não tem ninguém s/n.

- Era pra eu ficar comovida?

Você se aproxima.

- Tem muita gente que não tem nada Rafe, muito menos bons pais e mesmo assim não invadem a casa dos outros e mexem nas coisas deles.

- Você não entende...

- Eu não entendo o quê? Você diz que gosta de mim e que quer ficar comigo e depois me usa, pra entrar na minha casa e mexer nas coisas do meu pai, o que eu deveria entender? Que você é um psicopata igual o Ward?

Rafe coloca a mão no seu pescoço e te coloca contra a parede.

- Nunca mais fale comigo desse jeito.

Você tenta empurra ele, mas não consegue.

- Se eu disse que gosto de você, é porque eu gosto, você só não entende como eu me sinto e como a família é importante pra mim.

Ele te solta e você cai no chão tentando recuperar o fôlego.

- Você.... você não sabe o que é família. - você diz se levantando.

- Você não vê tudo que eu tô fazendo pra ajudar o meu pai? Ele é o MEU PAI, eu tenho que ajudar ele. - Rafe grita.

- Ele é um criminoso Rafe.

- Então o seu pai e o meu não são muito diferentes... aliás, nós não somos, olha tudo que você tá fazendo pelo seu pai.

- Mas é diferente

- Ah - ele sorri - agora é diferente.

Ele se aproxima.

- Quando se trata de você é diferente né?

Vocês se encaram por um minuto.

Rafe te pega no colo, te coloca na parede e te beija.

- Rafe me solta!

Ele te coloca no chão ainda te pressionando na parede.

Você olha pra ele, vocês dois ofegantes. Você sabe que é errado e que provavelmente é um erro, mas puxa ele pra um beijo.

- Você não disse que...

- Cala boca Rafe.

Você vai até a porta e a fecha.

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