capítulo 1📍

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Victor 📍
Eu a vi novamente. Eu tinha decidido que eu não a deixaria escapar. Era noite, eu tinha acabado de sair do restaurante, depois de um jantar agradável só eu mesmo.
Eu a vi, procurando sobras de comida no latão de lixo. Ela usava a mesma blusa com o capuz cobrindo a cabeça, a, reconheci.
-- Hei, você! – Gritei.
Ela correu! Fui atrás, disposto desta vez não deixá-la escapar.
Era uma sem teto, especialmente uma ninguém, que vivia na rua procurando sobras de comida.
Eu não tinha visto totalmente os seus cabelos, mas deu para perceber que eram negros. Mesmo suja e usando aqueles farrapos de roupas, ela era bonita.
Enquanto corria atrás da jovem, eu victor Ramagem, acreditava ser louco!
Louco por ter ficado interessado em uma sem teto, que eu via todos os dias, pela janela do meu carro, quando seguia para a minha empresa.
Givan o meu chofer, me aconselhou a não aproximar daquela gente. Ele tinha me dado esse conselho semana passada.
Givan além de chofer era um amigo, um confidente.
Ele sabia de todos os meus planos. E esse último agora, ele achava uma loucura.
O próprio Givan já tinha saído para procurar a jovem que eu tinha acabado de ver. Ele tinha feito isso, alguns dias antes.
Aquela noite era folga dele.
Eu continuei correndo atrás dela, passando por ruas escuras e becos fedorentos.
Becos que fendiam a urina e até o ar parecia ter gosto de ranço.
Não me perguntei por que, mas eu tinha planos para aquela jovem. Planos loucos, mas eu tinha.
E talvez ela nem fosse o que eu achava que fosse, uma virgem!

Barbara 📍
O sujeito bonitão estava atrás de mim. Com certeza ele devia ser traficante de mulheres, e estava querendo me pegar para me fazer de escrava sexual em outro, país.
Não era a primeira vez que alguém estava a minha procura. Antes já havia aparecido outro sujeito, colhendo informações ao meu respeito.
Claro que os outros sem teto disseram que não me conhecia. Mas não demoraria muito, para alguém contar, onde me encontrar, em troca de algumas moedas.
Continuei correndo, decidida a não deixar o traficante de mulheres me pegar.
Me, escondi na escuridão, me escondi atrás de caçambas de lixo, de tambores e o diabo a quatro.
Ele não podia me pegar!
Traficante de mulheres, ou traficante de órgãos, ele devia ser qualquer uma dessas duas coisas.
Mas o meu palpite era que ele era traficante de mulheres.
Estava em um beco escuro, cheio de lixos. Os sacos de lixo impediam-no de me ver.
Meu coração estava acelerado! Eu podia sentir o medo atravessar todo o meu corpo.
Talvez ele me matasse naquele momento, talvez ele fosse um serial killer e não um traficante de mulheres, ou de órgãos.
Se ele me encontrasse, eu poderia terminar morta naquele beco. Ele arrancaria o meu coração, as minhas vísceras, como Jack o estripador fez com as suas vítimas no passado.
Não importava se o homem era bonito, ou tinha boa aparência. Esses eram os piores.
Eram esses que enganavam mocinhas ingênuas! Eles jogavam o seu charme, e quando elas percebiam, já estavam presas em sua teia.
-- Moça, eu quero apenas conversar com você. – Ouvi a sua voz.
Ele estava bem próximo.
-- Dependendo de suas respostas, eu quero lhe fazer uma proposta.
Ele estava mais perto! Eu estava encolhida em um canto, meus braços abraçando com firmeza os meus joelhos.
-- Moça, eu não sou nenhum bandido. Se você me ajudar, eu posso ajudar você.
Eu só preciso saber se você é virgem!
Gelei. As minhas suspeitas haviam se confirmado. Ele era traficante de mulheres, e uma virgem valeria muito mais lá fora.
Virgem!
Ou talvez ele fosse um bruxo! No passado sacrificavam virgens, e eu já tinha ouvido falar que faziam isso até hoje.
Quando eu vi, talvez já fosse tarde demais.
A única coisa que eu pude fazer foi gritar, quando vi do nada, o machado se erguer!

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Onde histórias criam vida. Descubra agora