capítulo 22📍

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BARBARA 📍

Eu estava feliz. Mesmo o meu pai estando com a saúde tão frágil, eu era feliz.
Eu sabia que o meu pai, ia ficar curado com o tratamento nos Estados Unidos.
Às vezes eu passava horas olhando para o anel de noivado em meu dedo, com um sorriso de orelha a orelha.
Eu tinha planos sim, de fazer victor me amar, e vivermos felizes para sempre, assim como nos contos de fadas.
Fui várias vezes fazer a prova do vestido de noiva. Givan me levava, pois victor não tinha tempo, por causa da tecelagem.
Givan não conversava muito comigo, talvez fosse pelo fato, dele saber que o seu melhor amigo, estava se casando comigo, apenas para dar um neto ao pai.
Ele pouco falava quando me levava a algum lugar, tipo, médico, prova do vestido de noiva, supermercado. Victor sempre pedia para ele ficar a disposição de mim e do meu pai.

Ele também levava o meu pai ao médico, sempre quando ele tinha alguma consulta.
Pelo menos com o meu pai, ele já era mais conversador, e isso já me deixava mais tranquila, pois eu queria que o meu pai, se sentisse bem à vontade, e não um peso na minha vida e da de Victor.
-- Eu te amo, pai. E muito.
Afaguei as suas mãos ali, na cozinha, pouco depois que terminamos de almoçar.
Eu o tinha acompanhado ao medico naquele dia, Givan, tinha nos levado.
-- victor também gosta muito do senhor.
-- Ele não teve muito sorte, não é? Já pegou um sogro bichado. – Ele deu uma risadinha.
-- Não fala assim. O senhor está passando por problemas de saúde, e vai sair dessa. É apenas uma tempestade, papai, e vai passar.
O pior estava para acontecer e eu não imaginava. Não. Meu pai não ia morrer com câncer, mas a morte se aproximava...

VICTOR 📍

Meu pai me encarava ali, na sua sala.
-- V ocê ama realmente, Barbara?
A pergunta me pegou de surpresa.
-- Claro. Por que esse tipo de pergunta?
-- Não está se casando só para me dar um neto, não é? V ocê ama realmente essa moça, não ama?
-- Sim.
-- Que bom. Eu não me perdoaria se estivesse casando forçado, só para me fazer avô. Ela é bonita, eu gostei dela.
Sorri. Meu pai, era esperto, muito esperto. Não era fácil esconder alguma coisa dela, mas sobre o meu casamento, eu estava me saindo bem. Pelo menos eu achava que ele não desconfiava de nada.
Eu podia não amar Barbara, mas a desejava intensamente e não seria sacrifício algum passar cinco anos, dormindo na mesma cama que ela e transando.
A única pessoa que sabia sobre o meu acordo com Barbara, era Givan, e ele de jeito nenhum falaria sobre isso ao meu pai.

Meu pai captava pelo ar, quando alguma coisa estava errada, eu e barbara teríamos que nós mostrar muito apaixonados um pelo outro, para tirar qualquer duvida dele em relação ao nosso casamento por contrato.
-- Não comentou nada com o meu pai, sobre o meu acordo com BARBARA, comentou, Givan? – Perguntei a ele, quando cheguei àquela noite em casa, e o encontrei comendo um sanduiche na cozinha.
-- Claro, que não.
Ele me olhou com uma expressão ofendida.
-- Jamais faria isso. Sabe que eu não concordo, mas a vida é sua, eu jamais faria isso. Por que perguntou?
-- Meu pai parece desconfiado.
-- Só desconfiado, mas não tem certeza, é uma grande diferença.
Peguei um pouco de água na geladeira, e enquanto me servia, continuei a minha conversa com Givan.

-- E a namorada?
-- Que namorada?
-- V ocê não estava saindo com alguém?
-- Ah, tá. Já era. Não deu certo. – Respondeu Givan, dando novamente uma grande mordida no sanduiche. – As mulheres são complicadas.
-- E nós homens também. Lembre-se disso. Givan, eu... É difícil abordar esse assunto, eu fico até sem jeito, a gente... Tenho você como amigo, e não como funcionário...
-- Nolan, não precisa ficar sem jeito de falar sobre o que eu estou pensando. Eu já havia me tocado. V ocê vai se casar, e eu continuar morando aqui com você, não seria legal... Tudo bem, eu entendo.
-- Givan, eu não quero que você fique magoado...
-- Não. Eu não estou magoado. Tudo bem, eu compreendo. Mesmo que seja um casamento só por cinco anos, não é bom começar uma vida de casado, com o seu melhor amigo, morando com vocês.

-- Eu vou arrumar um apartamento bacana pra você...
-- Não precisa incomodar. Não é obrigação sua. Eu cuido disso.
-- Eu faço questão.
No dia seguinte, eu e Barbara, levamos os irmãos dela ao cinema, depois fomos jantar, pois há muito tempo que Gui e Laís não tinha algum momento de lazer.
Já era quase meia noite, quando regressamos para o apartamento de German. Gui e Laís estavam cansados, mas felizes.
As crianças foram diretas para seus quarto, eu e Barbara ficamos na sala, em silêncio, feito dois bobos sorrindo um para o outro.
-- Para um casamento que está com data marcada para terminar, até que estamos nos dando bem, não acha? – Falou Barbara num sussurro, para que German não ouvisse.
Ele já devia estar dormindo, mas todo cuidado era pouco.

Se German descobrisse, com certeza ele contaria para o meu pai a respeito do acordo, e mesmo que isso significasse a sua morte, não haveria casamento.
-- V ou até a cozinha pegar um copo com água, você quer? – Perguntei.
Estava com sede. E eu sempre bebia muita água.
-- Sim. Eu aceito.
Caminhei em direção à cozinha. V ocê nunca está preparado para a cena que eu veria em seguida.
Confesso que por alguns momentos, eu fiquei em choque! Uma explosão de violência havia acontecido ali.
German estava caído perto da pia, com uma poça de sangue sob a sua cabeça.
Logo mais adiante identifiquei outro homem, também com uma poça de sangue debaixo do corpo.

Eu não conhecia esse outro homem!
Meus olhos identificaram uma terceira pessoa, só que desta vez não era um homem, e sim uma mulher.
Eu também não conhecia a mulher. Ela também tinha sido alvejada por um tiro, na cabeça!
Ouvi a voz de Barbara, ela se aproximava. Mas antes que ela entrasse na cozinha, implorei a ela para que não olhasse.
-- Não olhe!
Mas ela deu mais alguns passos e olhou. Ela viu, três cadáveres ali, no chão da cozinha.
Um era o seu pai, agora os outros dois eu não sabia.
Mas Barbara sabia quem era as outras duas pessoas!

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Onde histórias criam vida. Descubra agora