capítulo 25📍

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Victor 📍

Pelo o olhar do meu pai, assim que ele me viu entrar na sala, logo depois, Barbara, ele sabia que eu não tinha ido até ali só para buscar Gui e Laís.
Ele já sabia que a policia já havia descoberto sobre a visita dele a German, e me contado.
Eu não havia falado nada a Barbara, primeiro eu queria ouvir o meu pai. Pedi a policial Patterson, que não falasse nada a Barbara sobre a visita do meu pai ao pai dela no dia do crime.
Primeiro eu queria ouvir porque o meu pai tinha ido ver German! Eu queria ouvir o lado dele.
Eu de forma alguma acreditava que o meu pai tivesse matado três pessoas, ainda mais, sendo os pais e o tio de minha noiva.
Barbara cumprimentou meus pais com um leve sorriso, pois por dentro estava despedaçada, e depois acompanhou a minha mãe até o quarto onde estavam as crianças.
-- Pode me dizer, pai, porque foi ver German?
-- A polícia que te disse?
-- Sim. Eles pegaram imagens das câmeras próximas ao prédio.
-- Antes me diga: V ocê acha que eu mataria três pessoas?
-- Eu acredito que não. Mas a polícia pode não pensar igual a mim. O senhor esteve com German das seis da tarde às oito da noite... Esse foi o momento em que os três foram mortos. Por que foi lá, pai? Sei que não foi para matar ninguém, por que foi lá?

Meu pai levantou do sofá, esbarrando acidentalmente em mim. Com as mãos nos bolsos da calça, sem olhar para mim, ele disse:
-- O preço de Barbara, era o tratamento do pai? Foi assim que você a comprou?
-- O que?
Finge-me de chocado. Meu pai era mesmo esperto, conforme eu havia imaginado.
Eu precisava convencê-lo de que ele estava enganado.
-- Está se casando com Barbara, por minha causa, filho?
-- De onde tirou isso, pai?
-- V ocê a comprou? Ela vivia na rua com os pais, e os irmãos... Ofereceu a ela dinheiro, pagar o tratamento do pai, em troca para ela se casar com você é isso?
-- De jeito nenhum. Muito antes do, senhor vir com essa história de que queria me ver casado e pai, antes do senhor morrer, eu já conhecia Barbara. Eu só não sabia como dizer ao senhor que estava apaixonado por uma moradora de rua! Pai, o senhor acreditou nisso? Acreditou que o meu casamento com Barbara, é só para lhe dar uma alegria antes de morrer? E por isso, matou o pai dela? Matando o pai dela, caso o senhor estivesse realmente certo, não haveria mais motivo dela se casar comigo, pois eu não precisaria pagar mais nenhum tratamento, foi isso?

As palavras saíram de minha boca, sem que eu conseguisse detê-las. Olhando ali para o meu pai, sabendo o que ele estava pensando, a possibilidade dele ter matado os pais de Barbara e junto o tio dela, para que não houvesse casamento, fazia sentido!
Mas o meu pai não faria isso! Eu nem sei por que havia deixado aquelas palavras saírem de minha boca.
Vi lagrimas em seus olhos, vi magoa!
Não , meu pai nunca mataria ninguém. Por isso, eu o abracei. Senti o seu corpo, seu calor de pai.
Ele também me abraçou.
-- Me desculpe, pai. Perdoe-me. Eu te amo.
-- Eu também te amo, filho.
Ele com um sorriso, despenteou os meus cabelos, igual como ele fazia quando eu era criança.
Eu sempre dizia aos meus pais que os amava. Eles eram muito especiais pra mim.
Quando chegamos ao meu apartamento, e eu me vi sozinho com Barbara, pois as crianças já haviam se recolhido, eu contei a ela sobre a visita do meu pai ao dela.

-- Posso lhe garantir que o meu pai, não tem nada a ver com a morte dos seus pais. Foi apenas uma infelicidade, ele ter ido falar com Geman, justo no dia da tragédia.
-- Acha que ele pode se complicar nisso?
-- Não. Acho que não. Pelo menos por hora não. Há a tal mulher que também foi ver o seu pai, e até agora a polícia não sabe quem é.
Abri uma garrafa de vinho e servi uma taça a mim e a Barbara. Sentamos-nos na sala.
O silencio era absoluto naquele momento. Barbara estava balada pela tragédia que havia sucedido aos seus pais, mas eu precisava abordar o assunto.
E o assunto era o nosso casamento.
Não havia mais razão para ela se casar comigo, pois seu pai estava morto, ou seja, eu não precisava mais bancar nenhum tratamento.
-- Eu sei que não é o momento... – Dei um longo gole no vinho, e fixei meus olhos, nela, sentado a sua frente, no outro sofá.
– Agora não há mais razão para você se casar comigo, eu só peço para você me dar um tempo, eu não quero que o meu pai tenha realmente certeza de que o nosso casamento foi um acordo...
-- Victor, eu não mudei de ideia. Eu vou me casar com você. Eu vou levar adiante o nosso acordo mesmo o meu pai tendo morrido. Quando eu menti para você e você pensou que eu não pudesse ter filhos, você disse que não deixaria de bancar o tratamento do meu pai. Portanto eu não vou deixar de me casar com você, porque o meu pai morreu.
Ela tomou dois longos goles do vinho. Eu estava em silêncio, saboreando a bebida enquanto ela continuava falando.

-- V ocê sabe, eu sei que aceitei a casar com você por causa do tratamento do meu pai... Mas depois, não foi só por isso. Descobri que você é um homem bom, quando disse que pagaria o tratamento do meu pai, mesmo acreditando que eu fosse estéril...
V ocê é um cara bonito, atraente, másculo, é um perfeito amante, portanto eu não vejo nenhum motivo para não continuar levando adiante o nosso casamento.
-- É. A gente se da muito bem na cama. Mas por favor, não se apaixone por mim, eu não quero que sofra, quando o nosso casamento chegar ao fim. Entre nos só pode haver desejo, atração, nada mais que isso.
-- Pode deixar, eu vou lembrar sempre disso.
A gente se beijou logo em seguida. Deixamos nossas taças com o vinho sobre a mesinha, e fomos ali mesmo, no sofá, um para os braços do outro.
Beijos com gosto de vinho, carícias com a chama do desejo.

Barbara 📍

Não. Eu não acredito que o pai de Victor, tenha sido capaz de matar meus pais e o meu tio.
Ele apenas havia tido o azar de ter ido lá, no mesmo dia, em que aconteceram os assassinatos.
Nolan me disse que a policial Patterson já havia interrogado Levoid, e que pelas imagens das câmeras vizinhas, Levoid havia entrado e saído antes da minha mãe e do meu tio chegarem. Ou seja, isso descartava Levoid como suspeito.
Quando Levoid saiu, o meu pai ainda estava vivo, pois tinha sido ele, que tinha liberado a entrada da minha mãe e do meu tio no prédio, pois não havia mais ninguém no apartamento a não ser ele.
Mas entre a saída de Levoid do prédio e entrada da minha mãe e do meu tio no, uma mulher também havia entrado, com a liberação do meu pai.
Ou seja, quando minha mãe e o meu tio subiram, essa mulher já estava lá em cima com o meu pai.
Ou então o meu pai já estivesse morto, e essa mulher e não o meu pai, que tinha liberado a entrada da minha mãe, do meu pai, e os mataram assim que entraram no apartamento.
Mas se o meu pai já estava morto quando a minha mãe tocou o interfone, porque essa mulher havia liberado a entrada da minha mãe com o meu o tio?

Eles veriam o corpo do meu pai. A não ser que essa mulher também quisesse não só matar o meu pai e sim minha mãe e o meu tio, descartando assim que minha mãe e o meu tio tinham sido mortos por testemunharem a morte do meu pai.
Mas ninguém sabia dizer quem era essa mulher. O rosto dela, estava bem escondido pelas abas do chapéu!
A mulher de vestido cinza, não parecia familiar para mim, mas para victor, o mover dela com o corpo, enquanto aguardava, depois de ter interfonado, lhe lembrava alguém.
A policial Patterson, havia compartilhado conosco as imagens.
Quem era a mulher de cinza? Seria ela a assassina? Ou quem havia matado os meus pais e o meu tio, morava ali mesmo no prédio?
Havia se passado uma semana, depois da tragédia. Eu ainda continuava no apartamento de Nolan, com os meus irmãos.

Givan já havia se mudado. Confesso que me senti culpada, por Givan, ter saído do apartamento de Victor.
Mas não havia sentido, e eu ficaria sem graça com ele morando ali, depois que eu e Nolan nos casássemos.
-- Eu sinto muito por você ter que sair... Mesmo o meu casamento sendo apenas um acordo, eu, quero, aproveitar com victor ao máximo esses cinco anos, e com você aqui, eu ficaria sem jeito.
-- Tudo bem.
-- De certa forma o nosso casamento é verdadeiro. Victor pode não me amar, mas sente uma grande atração por mim, e eu por ele.
Givan deu um meio sorriso.
-- V ocê o ama, não é?
Levei um susto! Estaria escrito na minha testa? Se Barbara tivesse a mínima suspeita que eu o amasse, ele não casaria comigo.
-- Não, claro que não!
-- Juro que pensei que você desistiria desse casamento depois que o seu pai morreu, mas agora, eu sei por que você não desistiu, você está apaixonada por Victor!

-- De onde você tirou isso? Claro que não.
-- Nenhuma criança, jamais deveria ser gerada, sem haver amor entre os pais.
Por que depois, quem acaba sofrendo mais, são os filhos... Barbara não foi feito para casamento, e muito menos para ter filhos. Ele gosta de ser livre, e só vai se casar, e ter um filho com você para que Levoid possa morrer feliz.
Foi como uma bofetada. Eu sabia que aquilo era verdade, mas ouvir da boca de outra pessoa e ainda por cima do melhor amigo de Nolan, me baqueava.
-- Mas desejo que vocês sejam felizes nesses cinco anos.
Sob o meu olhar, Givan abriu, e atravessou a porta. Adiantei-me, dei alguns passos e a fechei, antes que ele desse as costas.

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Onde histórias criam vida. Descubra agora