capítulo 29📍

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Barbara 📍

Alguns meses se passaram e eu entrei em trabalho de parto, quando já passava da meia noite.
Já havíamos decorado o quarto do bebê, e todas as suas roupinhas estavam lá esperando por ele.
Era um menino. Victor estava tão intensamente eufórico, que dava gosto de ver sempre aquele sorriso lindo em seu rosto.
Se eu não conseguisse fazer victor se apaixonar por mim, eu viveria com o meu filho, somente até os cinco anos de idade, depois eu o teria comigo somente nos finais de semana.
Claro, que se durante a semana eu quisesse sair com ele, Victor não oporia nenhum obstáculo.
Mas eu não deixaria o meu casamento durar somente cinco anos, ele duraria a vida toda, até que eu ou victor fechássemos os nossos olhos para a eternidade.
Victor passou a gravidez toda, colocando a mão em meu ventre, ou o ouvido, para sentir os chutes do nosso bebê, ou ouvir as batidas do seu coração.
Não teve um único dia que ele deixasse de fazer isso. Então, eu sempre me perguntava como não amar aquele homem?
O mistério sobre o assassinato dos meus pais e do meu tio, ainda continuava um mistério.
Claro, que para a policial Patterson, Ariel era o assassino, pois havia fugido e estava desaparecido há meses.
Acreditava-se que ele tivesse deixado à cidade.
Mas por qual motivo Ariel mataria o meu pai? Minha mãe o meu tio, podem ter sido eliminados por ter testemunhado, mas e o meu pai?

Se, foi realmente Ariel, porque o havia matado?
Eu procurava esquecer um pouco, afastar pelo menos temporariamente a forma com os meus pais haviam morrido, e focar no meu bebê que estava a caminho.
Mesmo que o meu casamento com victor durasse exatamente somente os cinco anos que estava no contrato, eu e ele estaríamos ligados para sempre, por causa da vida que geramos.
Os lábios de Victor procuraram os meus no meio da noite, quando as dores começaram, tentando me acalmar, e dizendo que íamos para o hospital.
Havia algumas roupas do bebê na mala e as minhas em outra, pois eu já sabia que a qualquer momento, o nosso pequeno nasceria.
Victor passou todos os sinais vermelhos para chegarmos o mais rápido possível ao hospital, pois assim que entramos no carro a bolsa estourou.
Eu dei a luz ao nosso filho, segurando firme nas mãos de Victor, tendo toda a assistência que precisava ali no hospital.
O nosso filho, ele não chorou, ele berrou, arrancando lagrimas e sorriso de Victor, quando o meu médico o recebeu de dentro de mim.
Eu não sabia como descrever aquele momento. Aquele era um momento muito especial, era o momento em que eu me tornava mãe.
Poder trazer ao mundo outra vida, era uma experiência maravilhosa. E compartilhar aquela experiência do momento, com o pai do meu filho, com o homem que eu amava só me fazia acreditar que tudo daria certo entre eu e Victor.
Eu tinha essa sensação.

Victor 📍

Eu era pai. Meu pai era avô, e minha mãe avó.
O neto que ele tanto queria havia chegado. Barbara me presenteara com o bebê mais lindo do mundo.
Eu vi. Eu estava ali, eu fotografei aquele momento. O momento em que o nosso filho pegou o bico do seio de Barbara, pela primeira vez para mamar.
Eu ria, ela ria, ele choramingou, até que se acomodou, e passou a sugar o leite materno.
German Ramagem. Era esse o nome que eu daria ao nosso filho. Era uma forma de homenagear o pai dela, e ela ficou super, feliz com isso. Ela chorou.
-- Ele é tão perfeito. - Disse eu encantado pela forma, como ele mamava no seio dela.
Ele era bem cabeludinho. Muitos bebês nascem carecas, sem nenhum fio de cabelo na cabeça.
German Ramagem não. German Ramagem nasceu cabeludo.
-- Claro que ele é perfeito.
-- Obrigado. Agradeço a Deus e a você por nosso filho.
V er Barbara amamentando o meu filho, só me fazia ter certeza absoluta de que eu a amava.
Mas eu não podia confessar o meu amor por ela, ela não sentia nada por mim, a não ser atração.
Quando chegamos em casa, depois de Barbara e o nosso bebê saírem do hospital, meus pais estava em nosso apartamento, e junto com Ludmila havia organizado uma pequena surpresa.
Givan também estava presente e me deu um abraço, dizendo bem baixinho no meu ouvido que já não faltava mais cinco anos.
Quatro anos?

Eu não gostei.
Agora que eu sabia que amava Barbara, lembrar, daquele contrato só me fazia sentir raiva. Mas Givan não sabia que eu a amava, ele não sabia que eu queria que aquele casamento, não durasse somente cinco anos, mas até que a morte nos separasse.
Selma a mãe de Givan também estava presente. Naquele momento ela ria um riso extraordinário que eu já conhecia desde criança.
Ela havia amado muito Ariel, depois eu não ser por qual motivo, o casamento havia acabado. Ele que decidira romper o casamento.
O jeito dela se mover, a agitação das mãos, o movimento do corpo e então...
Estremeci!
Senti como se tivessem me tacado uma bola de beisebol.
Olhei novamente para Selma, que tomava o meu filho nos braços.
A mulher que havia entrado no prédio que German morava, no dia dos assassinatos, e que a policia nunca havia descoberto quem era, mas, mas que o jeito e os movimentos do corpo, eu tinha certeza que me, lembrava alguém.
Agora eu sabia. A tal mulher me, lembrava Selma.
Seria ela a tal mulher misteriosa que havia entrado no prédio nos dias dos assassinatos?
E Ariel que continuava desaparecido?
Não. Não fazia sentido Selma ser a tal mulher misteriosa. Eu a conhecia desde criança. A mulher ter o jeito de Selma, isso não significava que era a própria Selma.
Meu Deus, eu estava vendo coisas, onde não devia. Selma foi como uma segunda mãe pra mim e Givan praticamente um irmão.
Senti vergonha de mim mesmo, por pensar que a tal mulher e Selma pudesse ser a mesma pessoa.
A mulher misteriosa que a polícia não havia conseguido descobrir quem era, não tinha ido ver ninguém nos apartamentos naquele dia, restando somente o apartamento de German.
German havia liberado para a mulher entrar, ou uma segunda pessoa, Ariel que estava com German tinha liberado a entrada?
Ariel teria voltado ao apartamento de German e sem que ele percebesse teria liberado a entrada da tal mulher misteriosa?
Como Ariel e Selma já tinham sido casados, ele teria liberado para ela entrar?
Quem teria cometido os assassinatos? German ou Selma?
Ou os dois?
Eu não podia falar a policial Patterson, sobre a possibilidade de Selma ser a tal mulher misteriosa!
Eu não tinha certeza! Eu não podia me basear apenas no mover das duas ser quase idênticos!
Givan não me perdoaria se eu colocasse a mãe dele no meio de uma investigação de assassinato, se ela fosse inocente.
-- Está tudo bem? - Givan chegou perto de mim, me fazendo levar um pequeno susto.
-- Sim.
-- Estou te achando um pouco pensativo. Como vai a vida de casado?
-- Até que boa.
-- Mentira. - Givan sorriu. - V ocê sempre desprezou o matrimonio.
-- Talvez porque eu não tivesse realmente conhecido à mulher certa.
-- Para com isso, Nolan. V ocê só se casou para agradar o seu pai. Deu a ele o neto que ele tanto queria, ótimo. Mas daqui quatro anos, você pode colocar barbara para correr e ficar com a criança.
-- Não fala assim. Eu me apaixonei por ela.
-- V ocê ficou louco? V ocê com certeza está enganado. Acha que se apaixonou.
V ocês só se dão bem na cama, não misture as coisas. O que há entre você é apenas atração.
-- Eu a amo!
-- Cara, que decepção! Justo você que dizia que mulher só servia como banco de esperma.
-- Eu era um escroto, um babaca, eu era isso! Se eu fosse você devia fazer o mesmo, encontrar alguém, se ajeitar na vida, amar e, ser, amado.
-- Mas Barbara não ama você. Ela se casou com você porque você tem dinheiro e fode bem.
-- Eu posso fazê-la me amar. E ela não se casou comigo por causa do meu dinheiro, ela quis me ajudar, ser a mãe do meu filho. Se ela não quisesse, depois que o pai dela morreu, não precisava ter se casado comigo.
-- Pois é. Foi o que eu pensei. Pensei que com a morte do pai dela, ela desistiria do casamento, e você cairia na real, vendo que estava fazendo uma besteira.
-- E a mulher com o qual você estava saindo? Não voltaram a se ver?
-- Não. Ela está morta.
-- Morta? - Indaguei com uma expressão de espanto.
-- Morreu num acidente de carro, eu só soube alguns dias depois.
-- Poxa. Que triste. Eu sinto muito.
Todos já havia ido embora, Barbara descansava um pouco no quarto, depois de dar mamar ao nosso filho e coloca-lo, no berço, quando o meu celular começou a tocar.
Era a policial Patterson, por isso, eu atendi antes do segundo toque.
-- Policial Patterson, há quanto tempo. Alguma novidade?
Barbara que estava deitada, se, sentou. Mostrou-se ansiosa, pela novidade que a policial poderia trazer sobre os assassinatos dos seus pais.
-- Sim.
-- Ariel? Encontraram Ariel?
-- Sim.
-- Que ótimo. Onde ele está? Ele disse alguma coisa? Ele confessou? Ele disse por que cometeu os assassinatos.
-- Não foi Ariel.
-- Como não foi Ariel? Como tem tanta certeza que não foi Ariel?
-- Porque Ariel também foi assassinado.
-- Meu Deus! Isso significa que o tempo todo, ele sabia quem cometeu os assassinatos?
-- Exatamente!

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Onde histórias criam vida. Descubra agora