capítulo 2📍

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Victor
Eu aprendi que não importa se a pessoa é bonita ou feia. Beleza não faz o caráter de ninguém. Existem pessoas bonitas boas e más, assim como existe pessoas feias, boas e más também.
O que importa não é a beleza externa, e sim a interna. E se a pessoa tiver as duas, é melhor ainda.
Sou um sujeito bonito por fora. Alto, másculo, atlético e de barba cerrada.
Gosto de usar barba. Não aquela barba grande, mas uma barba mais baixa e muito bem cuidada.
A maioria, das mulheres com o qual me relacionei me disse que a barba, deixa o homem mais másculo, mais viril.
Mas não é por isso, que eu uso, e sim, porque eu gosto. Meus cabelos são negros, e os meus olhos intensamente azuis.
Muitas senhoras já me disseram que eu as lembro, o ator Victor Delon, só que mais jovem.
Victor, fui pesquisar depois por curiosidade, é um Ex - ator e empresário francês. Seu primeiro grande sucesso foi O Sol por Testemunha, de 1959. Delon tornou-se um dos atores, mais proeminente da Europa e símbolo sexual na década de 60 e 70.
Falei de minha beleza exterior, e talvez fosse o momento de falar da minha beleza interior!
Será que eu a tenho?
Estão curiosos para saber não é? Querem saber se eu sou mocinho, ou vilão!
V ou deixar para vocês irem descobrindo aos poucos.
Sabia que ela estava escondida atrás daqueles sacos de lixo. Eu podia sentir e talvez até ouvir as batidas de seu coração.
Ela estava assustada, com medo.
Eu precisava saber se ela era virgem! Mas e se ela mentisse, e dissesse que não era, e fosse?
Ou talvez ela realmente não fosse virgem, afinal vivia nas ruas, e quem sabe, até já tivesse sido estuprada por algum drogado!
Ela não era nenhuma drogada, era apenas uma pessoa que não havia tido sorte na vida, e ido parar na rua.
Ela e sua família! Talvez o casal que eu havia visto com ela, com mais duas crianças, morando em uma barraca improvisada numa praça mal cuidada, fossem sua família.
Mas inesperadamente eu senti um calafrio. Não de frio, mas de presságio!
Descobri naquele momento, que eu, e, aquela, jovem, não estávamos, sozinhos, naquele, beco.
Havia uma terceira pessoa.
Uma terceira pessoa, que ergueu o machado!

Barbara 📍
Quando o machado foi erguido, acreditei que fosse morrer. O homem bonito ia me matar!
Então, percebi que não era o homem bonito que havia erguido o machado para me acertar.
O homem bonito, o traficante de mulheres, ou quem quer que ele fosse, segurou o braço da terceira pessoa, que havia aparecido feito um fantasma, evitando assim que me acertasse!
Eu estava apavorada! Fiquei paralisada, vendo o traficante de mulheres, e a terceira pessoa que também era um morador de iniciarem uma luta, pela posse do machado, bem diante de mim.
Mas o traficante de mulheres obteve a melhor. O machado ficou sob o seu poder, e o morador de rua saiu correndo.
Ficamos um diante do outro. Ele com o machado na mão, e eu ainda apavorada, pois eu tinha quase certeza que não estava segura com aquele homem, ainda mais ele tendo aquele machado na mão.
-- Não vou lhe fazer nenhum mal, acalma-se. Eu vou largar o machado e vamos conversar.
Ele atirou o machado para longe, provocando um som nada agradável.
-- Por que estava correndo atrás de mim? O que você quer comigo? V ocê é traficante de mulheres, um traficante de órgãos?
Vi que ele sorriu, mesmo com a sombra da escuridão.
-- Não. Claro que não. Acha que eu tenho cara disso?
-- Assassinos não tem cara. O que você quer que eu pense, correndo atrás de mim, assim, e ainda por cima de noite?
-- Sei que você é moradora de rua. Vi você procurando comida na lata de lixo.
-- A minha vida nem sempre foi assim. Claro, eu e minha família nunca fomos ricos, mas pelo menos tínhamos um teto. Mas eu não estou entendendo o que você quer comigo! Ninguém começa a correr atrás de uma pessoa, à noite, sem conhecê-la a não ser para fazer mal a ela.
-- Não quero lhe fazer nenhum mal.
-- Eu não acredito em você.
-- Dependendo de suas respostas, se tudo der certo, eu posso tirar você e sua família da rua.
-- Dependendo de minhas respostas? Não estou gostando disso, cara. Acho melhor pararmos por aqui... Está tudo muito estranho... O outro sujeito que estava me procurando, foi você quem mandou?
-- Sim.
-- Não vou responder nenhuma pergunta, portanto não precisa me perguntar nada.
– E comecei a andar.
Foi um vacilo é claro, ao dar as costas para ele. Ele podia ter me golpeado por trás, com aquele minuto de bobeira.
Mas isso não aconteceu, ele foi caminhando do meu lado, com as mãos nos bolsos do, sobretudo.
Estava uma noite fria. E depois que eu havia parado de correr, comecei a sentir frio.
-- Por que não me ouve?
-- Cara, se você não é um bandido, é um cara rico, um CEO, e porque um CEO ia ajudar a mim, e a minha família?
-- Eu posso te, responder, se responder as minhas perguntas.
Parei, e novamente olhei para ele. Bonitão filho da puta! Que tesão de homem aquele?
Másculo, intenso, sexy!
Podia ser amável, doce. Ou podia ser um animal!
Podia também ser dono de uma pegada sem igual. Conversava bem, mas podia ser uma tremenda cilada.
Cuidado, Barbara. Disse para mim mesma.
Então lembrei! Há poucos minutos, antes do sujeito do machado, quase me matar, ele havia perguntado se eu era virgem!
Fuja! Não fique mais dando trela a ele, fuja!
E foi então que eu o peguei de surpresa.
Enterrei o meu joelho no meio de suas pernas e corri, sem ao menos olhar para trás, sem vê-lo se dobrar ao meio, devido à dor, que eu havia lhe provocado.

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Onde histórias criam vida. Descubra agora