Olhos Rubi • jikook

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#AtéSeQueimar

Park Jimin nunca se entregou facilmente para ninguém. Pode contar nos dedos das mãos com quantos homens já foi para a cama nos seus 24 anos. Ninguém nunca foi bom o suficiente, ninguém nunca o instigou ao ponto de se deixar levar pelo momento e não porque simplesmente estava há tempo demais sem contato físico e seu corpo começara a reclamar. Todas suas transas foram por necessidade ou mínima curiosidade. Queria saber se qualquer um daqueles caras, mesmo tão sem graças, poderiam se mostrar diferentes entre quatros paredes. Nunca aconteceu. Todos foram experiências frívolas que deixaram uma sensação de vazio no final.

Park Jimin nunca se entregou facilmente para ninguém, até se deparar com a silhueta daquele homem de cabelos pretos e expressão estonteante na Daemonis. Foi a primeira vez que Park Jimin doou sua atenção e seu tempo para alguém sem se importar se valeria a pena no final. Já estava sendo prazeroso demais só estar ao lado daquela beleza incorrigível.

Foi a primeira vez que Jimin sentiu vontade de conhecer alguém, de beijar alguém, independente de qualquer coisa. Ele queria aquele homem... até descobrir quem ele era e ver toda a euforia cair por terra. Ele queria aquele homem, mas estava fora dos limites impostos por qualquer pessoa que buscava levar a vida mais normal possível. E Jimin era essa pessoa.

Ruber era um desejo inconcebível.

Se Jimin tinha tanta certeza que o líder dos Bloody Blood era um sonho inalcançável, por que está bebendo com ele em seu apartamento? Se Ruber era uma escolha insana demais, por que Jimin está sentado em seu colo neste exato momento?

Park Jimin demorou semanas para admitir seu desejo por ele, demorou ainda mais tempo para beijá-lo. Tudo porque queria convencer a si mesmo que estava disposto a abrir mão dele para continuar a viver a vida que sempre sonhou. Ele era um tatuador que trabalhava com o que amava e estava alheio a todo o pandemônio ao seu redor. Aquele Jimin não existe mais, então será por isso que ele está, finalmente, fazendo o que queria desde o começo ou só não consegue mais se controlar na presença de Ruber? Ele estaria aqui se aquilo não tivesse acontecido a Taehyung?

Nada disso importa no momento, porque as mãos de Jungkook largaram a taça para espalmar as coxas de Jimin com ânsia, os olhos fixos nos do loiro. E esse contato é tudo que existe.

- Tem certeza? - se segurando para não tocá-lo em mais nenhum lugar antes de ter certeza, Ruber questiona.

Jimin só assente calado, caminhando as mãos até a blusa vermelha e abrindo os botões para se deliciar com a visão do peitoral desnudo e definido do vampiro. Com calma, ele aproxima seus rostos e cola os lábios em um beijo lento, molhado e contido, bem diferente daquele primeiro, onde tinha certeza que era só aquilo que conseguiria. Agora, Jimin sabe que não, então quer aproveitar.

Em silêncio, Ruber também aproxima os dedos dos botões da camisa do menor, abrindo-os com maestria enquanto continua o ósculo hipnotizante. Antes de descê-la pelos ombros pequenos, o vampiro se afasta e encara a superfície plana e pouco definida. Em contradição com seu desejo de se ver livre de uma vez do tecido incômodo que o cobre, Jimin é provocado pelos dedos fortes e quentes apertando a pele com um desejo contido. Os lábios do vampiro ficam entreabertos conforme os dedos caminham pelo corpo alheio: da cintura para as costas, das costas para o abdômen e do abdômen para o peitoral. Um arrepio diferente dançando abaixo da pele de Jimin a cada centímetro percorrido.

A sensação das digitais em sua derme, traçando caminhos incoerentes e curiosos despertam a ansiedade do caçador, que fecha os olhos ao que sente o pau latejar dentro da calça sem que possa fazer nada. Seu corpo parece ter sofrido pane e não responde às próprias vontades, apenas aos toques de Ruber. Só então que o outro retira sua blusa e a joga no sofá.