Capítulo- 74

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Tinha algo tocando muito alto, tirando-o do estado de inconsciência do sono, despertado-o lentamente.

Castiel abriu os olhos, arqueando as sombrancelhas quando notou que o que estava ouvindo era o alarme de emergência do bunker, com as luzes piscando sem cessar, tal como os símbolos nas paredes, o que indicava que não estavam mais funcionando.

Deu um pulo quando o sono se esvaiu e ele notou o que significava, acordando Dean no processo. O caçador de início pareceu desnorteado, mas assim que notou a situação, ficou igualmente afoito e desesperado.

Vestiram suas bermudas de qualquer jeito, correndo para fora do quarto, procurando o que tinha disparado os alarmes.

— KELLY, SAI DE PERTO DELA! — ouviram a voz de Charlie, seguido do barulho de algo caindo. — NÃO!

— Pai... — Dean ouviu Ben, olhando para o garoto que mancava para fora de seu quarto. — O que tá' acontecendo?

— Não sei, vou descobrir. Volta para o quarto.

— Mas...

— Volta para o quarto, Benjamin! — sentenciou, começando a praticamente correr pelo bunker com Castiel.

Chegaram a sala de conferências e viram a completa algazarra. Kelly não estava lá, mas os outros e principalmente Charlie estava e ela parecia prestes a ter um treco e tinha Sam tentando acalma-la.

— Charlie, o que aconteceu? — Dean perguntou, se aproximando da garota que era quase uma irmã para si. Céus, alguma coisa muito errada tinha acontecido.

— Os... Eu não sei como, mas os selos de proteção do bunker pararam de funcionar. Alguém entrou aqui e se transportou para fora com a Kelly, não sei dizer se era anjo e demônio.

Os selos tinha simplesmente parado de funcionar? Como?

Dean juntou as sombrancelhas de modo pensativo.

— Sammy, cadê a Sarah? — o mais novo deu de ombros. — Urg, eu vou matar aquela garota! — Dean exclamou, sabendo que aquilo tinha sido efeito do feitiço que Sarah estava fazendo. Começou a caminhar para onde sabia que ela estava, sendo seguido por Castiel novamente. — E alguém desliga essa porcaria de alarme!

Andou a passos rápidos pelos corredores, indo até uma sala vazia que tinha apresentado a Sarah, dito a ela que poderia fazer o feitiço ali porque ninguém nunca ia até lá.

A questão é que ele não esperava que aquilo fosse acontecer. O feitiço era para restaurar a graça do Cass, ela disse. Não deveria ter causado aquilo e se ela não sabia que teria esse tipo de consequência então não deveria ter feito o feitiço.

Agora Kelly tinha sido sequestrada por um anjo ou um demônio, ninguém sabia ao certo, e o bunker inteiro estava vulnerável.

Estava pronto para gritar e brigar com ela, mas esses pensamentos se perderam quando abriu a porta da maldita sala.

Claire estava caída inconsciente aos pés de uma parede, o pulso torcido em um ângulo um tanto estranho.

Tinha um recipiente brilhando com uma substância azul no meio de uma mesa e, no oposto a Claire, Sarah estava quase completamente desmaiada, lutando francamente contra o homem que a estrangulava, dando tapas fracos em seus braços e mexendo levemente os pés.

O homem que a estrangulava? Dean, ou uma versão dele.

— Mas que porra?! — Castiel indagou, chamando a atenção Dean que estrangulava Sarah.

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