Capítulo-89

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— Não tem nenhuma entrada pelos fundos? — Dean indagou, em um sussurro baixíssimo, observando a tal base de Asmodeus.

Estavam escondidos no alto de morro próximo ao local, observando a construção, tentando ter alguma ideia de como era melhor atacar.

— Não, não tem. — Ketch respondeu, irritado por estar respondendo a mesma pergunta de novo. — Eu já disse que não.

— Um basculante ou alguma coisa assim? Nada?

— Não, Winchester. Nada.

— Os sigilos são fortes. — Castiel comentou, interrompendo a discussão. — Já posso sentir meus poderes afetados daqui.

— Você acha que consegue desativar, Sarah?  — Sam perguntou.

— Consigo. Vai ser um pouco difícil, mas consigo. — a loira respondeu, balançando a cabeça.

— Certo. — Dean concordou, balançando a cabeça, conferindo a arma do céu em forma de pingente que Balthazar o entregou. — Você tem certeza de que os demônios não vão sentir a energia disso?

— Pela milésima vez! Não! Essas porcarias não são rastreáveis.

— Então estamos prontos. — o loiro concordou, colocando o pingente no pescoço. — Vamos.

Ketch e Mary algemaram, Dean, Castiel, Sam e Sarah, usando algemas mágicas no anjo e no feiticeiro.

Apontando armas para eles, guiaram os quatro até a porta da base inimiga. Tomando a frente, Ketch tomou a frente e bateu na porta. Aparentemente, foi uma batida coordenada em um ritmo específico e um demônio abriu a porta, acompanhado de outro que provavelmente era um guarda ou coisa assim.

— Trouxemos presentes para o chefe.

Mary emperrou Sarah para dentro com brutalidade quando a passagem foi permitida, recebendo um olhar de ódio da neta que com certeza não era atuação.

Dean olhou para a mãe com uma expressão de reprovação genuína, o que só contribuiu para o plano acontecer conforme o esperado.

— Como conseguiram capturar os Winchester? — um dos demônio perguntou, os guiando pelos corredores escuros, encarando Mary e Ketch com uma expressão de desconfiança.

— Mary é mãe deles. Foi fácil se aproximar. — Ketch respondeu, indiferente.

— E por que só pegaram esses quatro?

— Eles estavam caçando, se separaram dos outros. Foi o melhor momento para uma emboscada. — Mary explicou. — Olha, nos trouxemos eles, se Asmodeus não quiser a gente mata. É simples.

— Isso é muita frieza vindo de uma mãe.

— Eles não são meus filhos! — Mary reclamou, com uma naturalidade assustadora. — Não pari meus filhos para serem viadinhos putinhas de anjos.

Castiel pressionou os lábios em uma expressão de raiva enquanto Dean abaixou a cabeça e Sam revirou os olhos.

Castiel estava com raiva porque ele sabia o quanto a homofobia e a falta de aceitação dos pais afetava Dean.

Ele sempre tentou ser o filho perfeito para John e agora, para Mary também. "Fracassar" apenas por ser quem ele era, apenas por amar quem amava era algo que o fazia se sentir um lixo indigno.

Só tinha que ser hétero, mas não, não era e não podia mudar isso.

Sam genuinamente não ligava para as opiniões dos pais. Ele era quem era e, sinceramente, foda-se.

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