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Eijirou

Como eu deveria, supostamente, reagir à uma notícia dessa?

Apesar de estar abraçando ela no meu colo, a ninando para que parasse de chorar, meus pensamentos não saíam do que ela me disse.

Pela primeira vez, meus instintos me gritavam para matar.

Arrebentar, estraçalhar o desgraçado que tocou na minha garota, que a fez sofrer desse jeito. Eu poderia facilmente cometer um assassinato agora, e não me arrependeria.

Nunca.

Trinquei os dentes, balançando meu corpo pra frente e pra trás, apertando ela forte nos meus braços, sem esmagá-la demais. S/N parou de chorar, mas seu corpo ainda treme.

Acariciei suas costas, sentindo o coração quebrar quando escutei mais um soluço sôfrego.

— Como é o nome dele? - perguntei, precisando de mais informação.

— Deni. - murmurou abafado, mas consegui entender.

— Quantos anos ele tem?

— 21. - porra, ele era três anos mais velho?

— Ele foi preso? Pelo menos por algum tempo? - continuei ninando ela, não querendo provocar mais uma onda de choro.

— Não, o advogado alegou que minhas acusações eram falsas e que eu dei o devido consentimento à ele antes do ato. - apesar de sua voz cansada, consegui identificar bem o sarcasmo ali.

— Você disse que viu ele na academia do seu pai...

— Hm.

— Posso fazer uma visita lá qualquer dia desses? - ela parou, afastando a cabeça do meu peito e me encarando.

Arregalou os olhos quando os conectou aos meus, parecendo assustada por um momento.

— Eiji...- acariciou meu rosto. — Não.

— Por que não?

— Porque eu sei que você vai fazer uma besteira. - voltou a enterrar o rosto no meu peito. — E eu não quero isso.

Suspirei, apoiando a cabeça na parede e fechando os olhos. Ah, se você soubesse a besteira que eu tô afim de fazer agora amor...

— Eu não vou procurar por ele. - disse. — Mas se eu acabar esbarrando nele, eu não prometo me segurar.

— Eiji-

— Falo sério S/N. - abrindo os olhos e encarando ela. — Você não vai conseguir me parar, e eu sinceramente espero que você não tente.

Sustentei seu olhar, demonstrando com aquilo o quão sério eu estava. Eu amava ela porra, e só de imaginar qualquer filho da puta fazendo aquilo com ela...

Se eu acabasse com a vida dele seria um favor que eu estaria fazendo a humanidade.

— Inacreditável o quão lindo você fica bravo desse jeito. - desmontei minha carranca, sorrindo com o elogio.

— Besta.

— É sério. - acariciou meu rosto. — Gostoso.

— Talvez eu devesse te levar em um psicólogo. - brinquei, segurando sua mão e mordendo levemente seus dedos.

— Eu já tenho minha terapeuta, obrigado. - a encarei, curioso.

— Desde quando?

— Desde os 12. - ah. — Minha mãe me levou quando meu comportamento começou a ficar meio...violento.

— Eu comecei a frequentar meu terapeuta no início da minha depressão. - comentei, e ela voltou a acariciar minha pele. — Foi estranho no início, mas me ajudou bastante.

— E você não vai mais? - balanço a cabeça negativamente.

— Só quando eu sinto que estou tendo uma recaída. - me inclino, capturando seus lábios em um beijo miúdo. — E isso não acontece desde que comecei a namorar você.

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kirishima como namorado superprotetor e boiola é a minha supremacy

𝐊𝐈𝐑𝐈𝐒𝐇𝐈𝐌𝐀 𝐄𝐈𝐉𝐈𝐑𝐎𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora