• festival desportivo •

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— Hannah, eu já falei, não é essa posição. - suspirei.

É parece que eu só sou paciente para explicar as coisas pro meu namorado. Porque olha, não tá sendo fácil ter que aturar a burra da minha melhor amiga.

— Que posição que eu fico então puta? - reclamou, ofegando e toda suada.

Decidi trazer ela para o pátio de treinamento do meu pai. A gente não se dá muito bem (alexia, play daddy issues) mas ele não se importa de eu usar a academia dele de vez em quando. O que é bom, aqui tem o equipamento necessário para o treinamento da anta quadrada ali.

— Assim. - imitei a posição correta. — Do jeito que você estava antes, sua guarda estava aberta. Poderia levar facilmente um soco na cara.

— Tenho que continuar socando esse saco? - revirei os olhos. — Sério, ele já não aguenta mais a potência dos meus punhos.

— Então escolha outro querida, tem mais de 20 aqui embaixo. - sorri, piscando um olho e saindo de perto dela.

Me sentei onde geralmente a assistente do meu pai ficava, ficando ali e mexendo no computador. Cumprimentei uma ou outra pessoa que eu conhecia.

O movimento está bem pouco hoje. Acho que os negócios do meu pai estão precisando de um up.

— S/N? - congelei, arregalando os olhos ao reconhecer a voz. — Nossa, há quanto tempo não te vejo.

— Oi. - respondo, não conseguindo encará-lo diretamente. Esse cara me traz arrepios.

— Como vai a escola? - se inclinou no balcão, a única coisa que nos separava. Criei coragem, levantando o queixo e olhando pra ele. Seu sorriso de canto estava lá, assim como sua covinha, a barba por fazer, o pircing solitário no lábio inferior...

— Bem, e a faculdade? - me surpreendi comigo mesma. Eu tô na frente dele e minha voz não falhou em nenhum momento.

— Vai bem também. - me olhou de cima a baixo, e eu não poderia ter ficado mais desconfortável.

— Hm. - me encolhi, fechando o zíper do moletom que eu usava, impedindo que ele adimirasse ainda mais o decote do meu top.

— Tá com frio? - não cara, só desconfortável.

— O que você tá fazendo aqui? - ignorei sua pergunta, apoiando um cotovelo na mesa. — Que eu me lembre você frequentava a academia do centro.

— Por que? Não posso mudar de região? - se inclinou mais, claramente me desafiando.

— Não, que isso. Só fiquei curiosa. - intercalei meu olhar no dele, engolindo em seco as lembranças assustadoras. — Deve ter um motivo, não é? - provoquei de volta.

Deni desfez o sorriso, me encarando intensamente.

Talvez ele achou que eu iria abaixar a cabeça ou agir que nem uma garotinha assustada. Não me entenda errado, eu estou. Mas sei que sou capaz de ferrar com ele se quiser.

— Até mais S/N. - soltei a respiração que eu nem sabia que estava prendendo, o peito ardendo e o coração batendo forte.

— Merda.

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deni aí fml, chegou pra causar kkkk

𝐊𝐈𝐑𝐈𝐒𝐇𝐈𝐌𝐀 𝐄𝐈𝐉𝐈𝐑𝐎𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora