Capítulo 1 - Stephanie

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Pássaros. Como era bom acordar com a melodia deles, principalmente quando é o seu aniversário.

Minha irmã ainda estava dormindo, em um sono bem pesado. A balancei para ver se acordava, não deu 100% certo, mas ela se mexeu. Falei perto dela:

- Ei, Jen. Acorda

Dessa vez, ela não se mexeu. Como eu sou uma pessoa que não gosta de insistir, fui até o espelho e tentei arrumar um pouco a minha aparência. Meus cabelos castanhos e cacheados caiam sobre o meu ombro despido por causa do estilo do vestido, arrumei as mangas para subirem um pouco mais sobre a minha pele morena, então sai do quarto. Morávamos naquela cabana há três anos, tinha algo nela que era diferente, eu podia sentir, só não sabia o que era.

Meu pai estava sentado na mesa, se virou assim que me ouviu.

- Feliz aniversário. Finalmente 17, não?

Minha mãe estava rindo e cantando uma música improvisada de parabéns na cozinha juntamente com meu pai.

Meu pai era branco. Ele havia se apaixonado loucamente pela minha mãe a ponto de ajudar ela a fugir da escravidão, o que parece louco porque era bem difícil um europeu fugir com uma escrava.

Eu e minha irmã nascemos três anos depois deles terem fugido, foi até uma surpresa serem gêmeas. Meu nome foi Stephanie e o da minha irmã foi Jenna. As irmãs Loris, como somos conhecidas hoje (vai descobrir depois). Meu pai era Jack Loris, o pai dele, nosso avô, foi fundador da indústria Loris, que rendeu bastante. Minha mãe era Rebekah Willboard. Acreditem, os dois tem uma história bem complicada para ser contada.

Tinha um lago perto de casa, eu adorava ficar na borda dele vendo o dia passar. Jenna preferia ficar em casa lendo livros antigos que meu pai guardava.

Livros nunca foram os meus tipo, eram apenas histórias de pessoas da qual eu não me importava e fantasias criadas por pessoas com problemas na cabeça.

De repente, algo se mexeu nas árvores por perto. Eu me levantei e fui ver o que era, só que uma pessoa como eu deveria ter ido correndo para casa para começar a nova rotina de fuga, mas algo naquelas árvores me dizia que eu tinha quer ir olhar. Assim que me aproximei do local onde tinha vindo o movimento, olhei um garoto, só que ele sumiu. Tentei ver se ele não tinha se afastado mais e se escondendo, mas não, ele havia realmente sumido. Não consegui me lembrar de como ele era. Como se eu nunca tivesse o visto, o que era bem estranho. Olhei para o chão, havia um esquilo morto, ele tinha sido mordido, provavelmente por um animal predador ou algo do tipo.

Ouvi alguém chamando meu nome perto do lago. Fui até lá e vi que Jenna era quem estava me chamando.

- Oi? - falei.

Jenna saiu de dentro da floresta.

- Você deveria para de desaparecer desse jeito. - ela falou batendo em mosquito que estava no braço dela.

- Eu não desapareci, só...

Então um vulto se mexeu por entre as árvores.

- Jenna, corre! - gritei.

E nós corremos. Não estávamos sendo seguidas, talvez porque foi avisar aos outros ou pegar uma arma ou sei lá. Mas não podíamos parar. Foi quando eu tropecei e feri a perna. Eu sabia que tinha ferido, pois havia sangue ao redor. Eu não sabia se a Jenna tinha ou não parado para me socorrer, mas outra pessoa o fez.

- Quem é? - perguntei, foi uma pergunta besta porque poderia ser meu pai, minha mãe ou minha irmã, mas eu estava com uma dor insuportável.

- Não se preocupe, eu não mordo. - era um garoto. Eu não conseguia ver como ele era, mas aparentemente era um garoto caso me provem o contrário.

Foi aí que parou de doer. Tudo voltou ao normal, eu conseguia ver nitidamente de novo. E, pra ser sincera, ele era muito lindo. O cabelo liso caindo nos olhos verdes e a pele mais branca que... Pele branca.

- Prazer, meu nome é Jerry Stuart. - ele se apresentou.

Vampiros (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora