Eu não estava mais em meu corpo, bem, era o que eu pensava. Fazia dois dias em que eu estava naquele lugar, uma realidade paralela, eu acho, estava tão escuro que eu não conseguia enxergar nada. Minha visão nunca conseguiu se adaptar. A única coisa que eu conseguia fazer ali era ficar encostada em uma parede. Não conseguia sentir fome nem nada. Eu só sentia que estava morrendo. Foi quando uma luz se acendeu, depois de dois dias, eu consegui enxergar. Meus olhos doeram um pouco, mas eu consegui me adaptar ao lugar. Parecia como uma sala de estar, tinha um sofá e uma televisão, até uma estante de livros, eu sempre gostei de livros quando era humana, principalmente de aventura, mas depois eu parei para começar a viver as minhas aventuras.
Uma figura entrou pela porta. Eu não acreditei no que via. Era ela, só podia ser, senti lágrimas caindo dos meus olhos.
- Mãe. - solucei.
Ela abriu os braços e corri até ela. Ficamos abraçadas um tempo até que eu recuperasse a voz de novo:
- Como?
- Eu consegui um tempo com você, mas não foi muito. Óh , céus, como você ficou linda. - eu sorri, por mais que maquiagem estivesse toda borrada, ela me achava linda, porque ela era a minha mãe.
- Jenna escute, a voz que você ouvia... Era eu. - fiquei arrependida de ter chamado ela de voz tosca. - Você precisa ser forte, tem que voltar a viver, não pode deixar aquele ser horrendo te matar desse jeito. Você é Jenna Loris...
- Eu nunca desisto. - completei. Minha mãe me contou que os Loris só eram os líderes no passado por sempre correrem atrás do que queriam e por nunca desistirem. Esse era o meu forte. Sempre me mantive viva por causa disso.
- Só, acabe com o justerios. Deixe-o arrependido de ter possuído o corpo de Jenna Loris.
Eu ri maliciosamente. Essa era a minha mãe, sempre me motivando a seguir o caminho que eu queria.
- Eu vou, não se preocupe.
Então tudo se embasou. Eu acordei em um canto da floresta. Pensei se eu estava perdida, mas eu conseguia ver a rodovia à alguns metros.
- Jenna Loris, pensei que não ia acordar.
Me levantei, não sabia de onde a voz vinha, parecia ser de dentro da minha cabeça.
- Não se preocupe. Não é de dentro da sua cabeça. - me virei, era um ser idêntico a mim, só que, com uma aparência bem mais decaída que a minha. - Sou eu, por conta própria. Não preciso mais do seu corpo.
Então ele se dissipou em neblina negra. Eu estava em meu próprio corpo e o justerios, em outro, pelo menos dava para diferenciar as coisas. Sai da floresta em direção à estrada. Lá estava eu, bem perto da placa de madeira: Bem-Vindo à Princetown.
- De volta ao início. - falei seguindo o caminho para à cidade. Existiam pessoas que precisariam de mim agora.
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Vampiros (Livro 1)
VampireO primeiro livro da saga Criaturas da Noite conta a história de Stephanie Loris, uma vampira que tenta viver uma vida normal. À partir do momento em que volta para Princetown, tudo muda. Ela começa a ser assombrada por fantasmas do passado que dever...