Meu Vampiro Sádico │B.S│ +16

│TRÊS│

Lentamente abro meus olhos. Minha cabeça lateja e minha visão está um pouco embaçada.
A os poucos minha visão vai voltando ao normal.

Um medo junto ao desespero cresce em mim assim que percebo que não estou no meu quarto. E sim um quarto bem luxuoso nenhum pouco igual ao meu.

Levanto indo até os vidros da grande janela. Só vejo árvores e mais árvores, ao longe avisto um morro.

Kristofer Alvarsson

Ele me trouxe até aqui. Meus pais me deram a ele para pagar uma dívida! Sento no chão e Começo a chorar. Como puderão ter feito isso comigo? Meus próprios pais!

-Finalmente acordou. -Ouço aquela voz rouca.

Levanto a cabeça e Olho em direção a porta. Ele está lá parado me olhando de forma estranha.

-Oque quer comigo? Por que me trouxe aqui? -minha voz sai por um fio.

-Já disse. Seus pais me deviam a bastante tempo! -ele senta na cama. -Eu estava a ponto de mata-los, até que vi você. Pequena, linda e angelical. Então decidi pegar você como forma de pagamento.

-Seu louco! -digo entredentes. -Eu não sou um objeto de troca.

Ele me olha com fúria.

-Veja como fala comigo, garota. Você não me conhece! -percebi seus olhos mudarem para a cor preto.

Como isso é possível?

A porta do quarto está aberta. Sem pensar levanto e saio correndo o máximo que consigo.
Saio em um corredor com vários outros pelos lados. Minha intuição diz que devo correr reto e assim faço.

Avisto uma escada enorme. Desço cada degrau rápido e quase tropeço. Eu vou sair daqui!
Corro pela enorme sala e vou em direção a porta. Estou cansada de tanto correr.

A porta não abre! Chuto, esmurro e empurro-a, mas sem sucesso.

-Não! Eu não quero ficar aqui! -grito esmurrando a porta.

-Ei você! Pare já com essa gritaria toda!

Grita uma garota alta de cabelos claros e olhos azuis. Ela está parada no meio da escada com os braços cruzados.

Avisto Kristofer descer as escadas calmamente. Uma mão está dentro do bolso da calça e a outra segura uma taça com um líquido bem vermelho.

-Oque a mamãe falou sobre NÃO TRAZER HUMANAS PARA CASA? EM KRISTOFER! -a garota grita com ódio.

Humanas?

-Vai se fuder, Blenda! -retrucou ele. -Ela está aqui como meu pagamento. -ele me olha com malícia e sorrir de lado.

-Então ela é filha daqueles humanos pobres e nojentos? -Blenda diz e me olha com nojo. -Mas e aí, oque vai fazer com ela? Posso me alimentar dela?

-Não! E sobre oque vou fazer com ela... -ele se aproxima de mim. -Muitas e muitas coisas deliciosas!

Coro pelo modo que ele falou.

-Como assim se alimentar de mim? Vo...Vocês são canibais? -pergunto com medo da resposta.

Os dois riem de mim me deixando com mais raiva.

-Ao longo do tempo você irá descobrir quem somos, docinho. -sua mão toca minha bochecha, mas recuo do seu toque. -Você não vai fugir. Então é melhor ficar quieta!

Sua mão aperta meus cabelos e me arrasta escada acima. Grito pela dor na cabeça e corpo.

-Me solta! Me solta! -grito estapeando sua mão.

Entramos no mesmo quarto que eu estava antes. Kristofer me joga com força no chão e eu bato a cabeça na tábua da cama. Sinto uma leve tontura e um líquido quente descendo próximo ao meu olho. Toco no local e percebo ser sangue.

Chorando olho para ele. Seus olhos agora estão vermelhos. Como isso? Como um olho muda de cor?
Seu peito sobe e desce de forma rápida. Muito rápida.

-Oque há com seus olhos? Por que eles mudam de cor?

Ele não responde. Subo na cama recuado quando ele se aproxima. Seus olhos estão muito vermelhos e em baixo dos mesmo contém veias escuras.

-Oque você é? -pergunto com medo na voz. -Por que você está com...com... Essas coisas nos olhos?!

Kristofer deita em cima de mim e prende meus pulsos em cada lado da cama.

Chorei horrorizada ao ver ele lamber o sangue do meu ferimento. Esse homem é louco!

-Seu... Sangue é o mais doce que já provei. -sussurra no meu ouvido. -Quero mais, muito mais.

Dito isso senti uma dor forte no lado direito do meu pescoço. Me debati tentando sair debaixo dele.
Ele esta me mordendo! Esse homem é doente!

-Para seu maluco! -grito.

Me Sinto cada vez mais fraca. Paro de lutar, pois estou ficando tonta e sem forças.

De repente ele para e levanta sua cabeça. No canto da sua boca está o meu sangue. Ele passa o dedo e lambe.
Tento dizer algo, mas da minha boca não sai palavras.

-Deliciosa! Imagine outra coisa. -sorriu com os dentes sujos de sangue.

Que tipo de pessoa suga o sangue de outra? A não ser que ela tenha síndrome de Renfield.

Será ele um maníaco louco?

Eu estou perdida! Como meus pais foram capazes?! Isso me dói muito. Fui entregue a ele como um nada.

Saio do meu transe quando o sinto descer as alças do meu vestido branco. Meu desespero aumentou.

-Na...Não! Por favor, isso não! -junto forças para falar.

Ao ouvir isso ele pega meu pulso e o morde. Grunhi de dor ao sentir aquela dor fina outra vez.

Ele suga meu sangue como se estivesse morrendo de sede. Seus olhos vermelhos me encaram fixamente. Mais uma vez a fraqueza me toma.

-O...O...Oque vo...você é? -pergunto antes de apagar.

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