Sarah
Encarei o garoto a minha frente, tentando encontrar algum sentido em suas palavras. Eu realmente não conseguia compreender o que ele estava tentando dizer. Não há motivos para Vinnie continuar me mantendo aqui mesmo sabendo, que não sou uma peça importante no caos.
- Apenas ignore e vamos logo, porque tenho compromissos com você. - Respirei fundo pensando em qual era o critério de Vinnie para chamar algo de "compromisso".
Após mais algumas horas, chegamos antiga casa que estava ficando a algum tempo atrás, e logo o loiro me empurrou escada acima. Minhas mãos começaram a soar frio ao perceber que estávamos indo em direção ao seu quarto.
Ao entrarmos no ambiente, Vinnie puxou meu braço fazendo-me ir de encontro a ele. O garoto me observou por alguns segundos e logo seus lábios atacaram os meus, por mais que negar fosse uma opção saudável para minha mente, era instável a meu corpo. Cedi ao beijo, sentindo assim o gosto misturados das diversas bebidas que o loiro haveria tomado ainda hoje, de alguma forma. Sua língua ainda insistia por passagem em todas as partes dentro de minha boca, quando suas mãos foram de encontro com o zíper de meu vestido. Levantei meus braços ajudando-o a retirar a peça.
Seus braços entrelaçaram minhas pernas em sua cintura, cravei minhas unhas nos poucos fios de cabelo que tinham eu sua nuca. Estremeci ao me lembrar das vezes que Noah me ará a dormir com ele, da mesma maneira que estremeci nas primeiras vezes que tive que transar com Vinnie. Não que hoje havia se tornado algo normal, longe disto. Mas simplesmente não tenho mais forças para conseguir sentir nada, era como se a cada vez minha mente saísse de meu corpo. Eu apenas estava ali sendo obrigada a ceder meu corpo.
Fui jogada contra a cama, enquanto o garoto retirava suas roupas. Encarei suas tatuagens e lembrei-me de quando o acompanhei fazer algumas.
- Sei que sou uma bela imagem amor, mas não precisa me encarar tanto. - Apertei meus olhos tentando focar em outras coisas. -
Abri novamente meus olhos ao sentir o corpo do garoto por cima de mim, sua boca percorria todo meu pescoço sugando a pele até o máximo que podia. Uma de suas mãos estava ao lado de meu rosto para poder segurar seu peso, enquanto a outra apertava minha coxa. Seus dedos pontilhavam meu corpo me fazendo arrepiar a cada toque.
Arqueei minhas costas no segundo em que senti seu membro a passar por minha intimidade e logo em seguida a penetrar. Antes que pudesse recuperar meu ar, Vinniecomeçou a movimentar-se, e enrolei meus braços em seu pescoço. Suas mãos usavam a cama para ajudá-lo a se empurrar para dentro de mim. Seus movimentos continuaram até que os dois corpos estivessem extremamente cansados. O garoto se jogou para o outro lado da cama, puxei um lençol que permanecera dobrado, e cobri que consegui do meu corpo. Por tempos nossas respirações aceleradas era o único som presente no ambiente, até que o loiro se levantou da cama.
- Eu tenho que resolver algumas coisas. Quero que fique aqui até eu voltar. Não tente nenhuma gracinha, pois você não está no comando aqui. - Assenti e me sentei na cama, procurando coisas que pudesse fazer pelo tempo que ficaria aqui.
Vinnie
Dirigi em direção a casa do Noah mesmo sem a certeza de que o garoto estaria lá. Fui barrado por um segurança com o dobro do meu tamanho, seus braços fortemente cruzados davam a impressão de serem ainda maiores.
- Segundo as novas ordens, a sua entrada é proibida. Peço que se retire. - O homem apontou para meu carro numa forma de me dizer para ir embora, e logo voltou a sua posição inicial. Noah estava criando robôs, agora? -
Você pode pedir para o seu chefe descer aqui? Cara, eu só quero me desculpar. Trabalhamos no mesmo ramo, e seria desconfortável estarmos brigados. - A figura em minha frente continuava a parecer uma estátua. - Então pode usar o interfone apenas para avisá-lo de que passei por aqui?
O homem pensou por alguns segundos mas logo pareceu aceitar a idéia. Assim que o homem se virou, o atingi com o cano da arma que guardava em meu bolso. Quando seu corpo caiu ao chão bati outra vez para ter certeza de que não iria acordar enquanto estivesse entrando.
Segui até sua cabine e procurei no enorme painel algum botão que parecesse abrir o portão. Apertei um que se encontrava acima dos outros e sorri ao ver a imagem da minha entrada garantida.
Corri até a entrada da casa e fui em direção a janela que Tayler havia aberto na noite passada. Segui o mesmo caminho que conhecera e encontrei Noah sentado em uma cadeira, enquanto um empregado cuidava de seus ferimentos. Era a merda de um viadinho mesmo. O moreno estava virado, enquanto a empregada estava para o meu lado. Quando seu olhar chegou até mim fiz um sinal de silêncio com um de meus dedos, quando o homem ameaçou falar alguma coisa, coloquei a arma em minha cabeça simulando um tiro. Logo seus olhos se arregalaram e lentamente ele começou a se afastar.
Acredito que o moreno tenha notado seu estado, pois o mesmo virou rapidamente para mim. Ele procurou algo com que pudesse me atacar ou pelo menos se defender, e se estressou ao não encontrar nada.
-Você ainda não se cansou de mim, Hacker? Essa sua obsessão está se tornando cansativa.
- Eu acabo com ela, quando você acabar com sua obsessão pela Sarah . - Estava me segurando para não atirar no garoto e terminar logo com esse assunto. Mas matar Noah , me traria diversos problemas. -
- Se eu fosse você, começaria a focar mais em Thomas . Já que ele e o Ferragamo tem muitos planos para sua garota. - Me aproximei tentando entender o que o garoto estava tentando me dizer. -
- Você pode ser mais claro, por favor? - Apertei a ponta da arma contra sua testa e vi seu funcionário se abaixar, mesmo que não estivesse o fazendo nada. -
Você deve saber de que parte o Ferragamo cuida. - Ainda não conseguia ou pelo menos não queria compreender o que ele estava dizendo. - Vamos Vinnie ! Você é inteligente. -Joguei a arma contra a parede, eu precisava focar. Mas isso não era possível. Minha cabeça parecia estar prestes a explodir, apenas por lembrar de todas as garotas que os dois já haviam exportado para outros grupos. -
- Mas eles não podem fazer isso. Quer dizer, eles não tem direito algum sobre ela. Sarah não é uma das garotas deles, ela nem sequer trabalha no clube deles.
- É por isso mesmo. Sarah é a única garota metida nessa história, que não trabalha para nós. Ela pode por tudo em risco, e você sabe muito bem que Thomas não quer ter a filhinha dele presente enquanto ele tiver fodendo com outras garotas. O quanto mais longe ele puder mandar ela, ele vai mandar.
Sarah
Caminhava pelos diversos armários que haviam na parte mais afastada do quarto, quando achei uma pequena caixa preta. A mesma se assemelhava a um cofre, com sua cor escura e seu cadeado. No canto havia algumas palavras escritas num neon cinza e elegante.
" Charlie"
" Dixie"
" Addison "
Me perguntei se este seria o nome de outras garotas que Vinnie trouxera para cá. Mas não compreendo o porquê de seus nomes estarem numa caixa em seu quarto.
Coloquei a caixa de volta ao seu lugar quando ouvi o barulho da porta, mas para minha surpresa não era Vinnie.
- Josh, certo? - O garoto se assustou ao me ver no lugar de quem provavelmente achou que iria encontrar. -
- O Vinnie não está? - Neguei. - Que estranho, havíamos combinado de nos conversamos aqui.
- Bem se você quiser ficar e esperar. Não acho que ele irá demorar muito.
O homem me olhou por alguns segundos, mas logo se sentou no sofá que havia no lugar.
Conversamos sobre assuntos aleatórios por toda a tarde, mas ao perceber que estava começando a ficar escuro e Vinnie ainda não tinha voltado , o homem optou por ir embora. Retornei para o meu quarto, onde tomei um longo banho. Desde o momento que fui para a casa do Noah, não havia tido um único tempo para me lavar decentemente, o que tornou esse banho extremamente prazeroso.
Ouvi o barulho da porta a bater e desliguei o chuveiro. Cobri meu corpo com a toalha que continha ali, e sai do pequeno banheiro. Infelizmente dei de cara com um Vinnie extremamente nervoso. Ele jogava algumas coisas do guarda roupa na cama, mas parou ao me ver.
- Arrume as suas coisas, nós vamos embora.
