SarahKio, Noah e Anne. Todos tinham motivos para querer matar meu pai.
Kio costumava estar no mercado ao lado de seu pai, mas Thomas o matou, obrigando o garoto a continuar sozinho. Noah sonhava em ter o poder, em ser o chefe e mandar em todos. Mas enquanto Thomas estivesse vivo, sabia que isso nunca seria possível.
Anne era a mais de cinco anos obrigada a trabalhar numa casa de venda de garotas, não podendo sair nunca e não recebendo nada por isso.
Estávamos em sete agora, Addison, Vinnie e Dixie desejavam vingar sua irmã, e eu desejava vingar tantas coisas, todos nós podíamos nos odiar entre si, mas éramos unidos por um ódio ainda maior pelo Thomas Petrou.
Todos estavam sentados em círculo, na mesa havia alguns rabiscos que eu havia feito baseado no que eu me lembrava da casa. Sei que tinha uma enorme pressão em mim, já que o plano dependia acima de tudo em Thomas ainda morar nessa casa, se eu estivesse errada talvez todos eles se juntassem para me matar dessa vez.
Ele deve ter seguranças por todas as partes precisamos nos separar entre quem vai entrar e quem vai cuidar da parte de fora.
- Nós três cuidamos da parte de fora - Disse Kio apontando para si mesmo e depois para os dois outros homens. Vocês duas distraem os seguranças da parte de dentro e... - Kio parou ao olhar para Anne, dando um sorriso um tanto quanto malicioso para ela, mas que foi completamente ignorado. - a loira fica no carro, pronta para dirigir e a Sarah faz o favor de matar o paizão dela.
Tentei achar a graça naquele comentário infeliz, assim como todos os outros haviam achado, mas parecia ser impossível para mim.
- Por que eu tenho que ficar com o Thomas?
- Porque você é a única a qual ele não vai surtar assim que ver, qualquer um de nós ele iria chamar os seguranças imediatamente.
- Ele me odeia da mesma maneira que odeia todos vocês.
- Você sabe que isso não é verdade Sarah. Foi a vez de Noah dar sua fútil opinião. -
- Tudo bem mas eu não acredito que eu seja forte o suficiente para cuidar dessa parte.
- Eu acredito.
Olhei para Vinnie que estava numa parte um pouco mais afastada, mas ainda assim dava para ouvir sua voz. Sei o quanto ele desejava a morte do meu pai, e que se pudesse já teria a feito por suas próprias mãos, então se ele dizia que confiava em mim para mata-lo, decidi acreditar.
- Tudo bem. Eu cuido do Thomas.
Sarah
Sábado 17:40
Passamos quase uma semana terminando e arrumando tudo para que o plano saísse perfeitamente como o planejado, era hoje, iríamos executa-lo durante a noite.
Todos estávamos nervosos mas Dixie estava quase tendo um ataque cardíaco, faltavam algumas horas para que saíssemos mas ela já estava soando frio. Pudia entender seu lado, ela era a mais nova entre todos nós, e provavelmente a única que nunca esteve completamente exposta a uma situação dessas. Me afastei do grupo e andei até ela, recebendo um olhar reconfortante ao me aproximar.
- Vai dar tudo certo, ok? - Ela me olhava ainda apreensiva, sei que aquilo não era 100% das chances, mas era o que tinha de melhor para dizer.
- E se não der certo, a gente segue em frente.
Nós duas rimos dessa vez, provavelmente sabendo o quão absurdamente difícil seria seguir caso tudo isso desse errado.
A abracei o mais forte que pude, tinha medo do que aconteceria hoje a noite, tanto minha liberdade quanto minha vida estavam em risco, mas pior do que isso não sabia o que faria caso alguma coisa acontecesse com as meninas graças a mim. Rezei para qualquer força maior que pudesse me ouvir e sussurrei um "vai ficar tudo bem" para ela.