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Sarah

Logo de manhã um dos rapazes de Vinnie veio em meu quarto, ele me disse para ele. acordar que nós iríamos sair.

O rapaz pediu para que eu não me trocasse pois não veríamos ninguém de fora. No começo me passou a idéia de que Vinnie teria mandado fazer o mesmo que dá última vez, me dizer que iríamos sair e me "jogar fora".

Mas creio eu que o loiro não tenha feito nem metade do que está planejando comigo, e isso me assusta. Porém, a idéia passou quando vi que não passamos nem do enorme portão.

Enquanto caminhávamos vi Vinnie nos observar de longe, ele estava de camisa e jeans, fingindo ser um ser humano normal.

- Anda, o que nós estamos fazendo?

O rapaz me olhou e voltou a fazer seu caminho. Depois de um certo tempo finalmente tive minha resposta.

- O Sr.Hacker pediu que para andasse um pouco com você, ele disse que você parecia abatida.

- O homem me sequestra, me prende, me esfaqueia, quase não me deixa comer e quer que eu caminhe pois estou "abatida"?! - Disse em um som irritado. -

- Estou apenas seguindo ordens, e pra sua informação, por mim não estaria aqui com você!

Olhei com desdém para ele e ao seu fundo vi Vinnie novamente me observando. Quando ele percebeu que tinha o visto, simplesmente foi pra dentro de casa. Fico chocada com sua capacidade de ser estranho.

Andamos mais um pouco e vi um lugar alto e de vidro, parecia ser uma estufa, ao redor haviam vasos grandes com enormes flores coloridas.

- O que é aquilo? - Queria apenas ter certeza do que pensará. -

- Nunca viu uma estufa em sua vida?

Mais uma vez olhei para ele com grosseria. Qual a necessidade de me tratar desta forma? Nem perto de Vinnie estávamos.

Ignorei completamente o homem ao meu lado e corri para ver o lugar.

A maçaneta da porta era branca como todo o resto, mas num lindo formato de rosas. Por mais que tudo isso fosse estranho por ainda estarmos em um espaço pertencente ao Vinnie, apenas entrei.

Por dentro parecia ainda maior, havia mais bancos e espaço para caminhar do que plantas e flores, mas era linda. Feita de vidro, a luz do sol refletia e tornava tudo aquilo ainda melhor.

Por algum tempo me permiti esquecer de tudo que estava lá fora, e observei cada mísero detalhe daquele lugar.

Ao lado de um dos bancos havia uma pequena coleção de livros. " Harry Potter ". Por um acaso já havia lido todos, mas não resisti a passar as folhas mais uma vez.

E nisso meu tempo passou, li minhas partes favoritas de cada um da pequena coleção e vi os raios solares irem diminuindo. Quando percebi ficar um pouco mais escuro ouvi o barulho fraco daporta sendo aberta. Questionei ser o rapaz de mais cedo, que havia me abandonado por sinal. Mas não era.

Era Vinnie

Vinnie

- Onde ela está? Tudo que te pedi foi para passar a tarde com ela e você não fica nem dez minutos Jordan?! - Gritei com a inutilidade que chamava de segurança. -

- Senhor, ela está na estufa.

Respirei fundo e segui em direção ao lugar.

Ao abrir a porta Sarah logo se virou para mim, ela lia alguns livros enquanto estava deitada num banco. Rapidamente ela se levantou e recuou para trás, não consegui compreender o motivo de ela ter tanto medo de mim.

- Pelo visto gostou do lugar. - Ela me encarou por segundos mas não respondeu, então continuei. - Se quiser vir aqui mais vezes, pode vir.

Por menor que seja, ela me deu um sorriso. Me lembro de seus sorrisos quando estávamos juntos antes de trazê-lapara cá pela primeira vez.

Me sentei ao seu lado e vi ela mais uma vez se afastar de mim, então jurei a ela que não estava aqui para machuca-la.

Com certa dificuldade, Sarah voltou a ler o livro e então pude observar cada traço de seu rosto. Sua pele fina e extremamente clara estava colada a seus cabelos longos e castanhos . Seus lábios como sempre, rosados, semelhante as suas bochechas. Por mais que soubesse que ela negaria, tentei beija-la sem usar a força. Como previsto ela negou, e inevitavelmente me magoei.

- Por favor. - Sussurrei pausadamente enquanto encostava nossos lábios, observei seu rosto uma última vez antes de fechar os olhos. -

Senti pela primeira vez desde que voltamos para cá o gosto de seu beijo, algo como a bala de morango, na qual ela era viciada. Depositei minhas mãos em seu pescoço e a trouxe mais para perto. Nosso beijo acelerava cada vez mais e pude perceber que ela não estava gostando disso então a soltei. Sarah olhou milhões de vezes como que pensando no que fazer, e então saiu correndo para o lado de fora

- Sarah ! - Gritei em alto e bom som mas a morena simplesmente não voltou.

DARK LOVE V.HOnde histórias criam vida. Descubra agora