Aylus
-Irmão, não devias testá-la dessa maneira!
-É preciso, Liara! Mulheres como ela são raras e não há como saber o que ela está pensando, então, se não posso manipulá-la como as outras, só me resta fazer o teste.
-Já vi que teremos de encontrar outra soberana!
-Pessimismo é uma característica muito humana, não acha?!- pergunto num tom de acusação.
-Não, não! Apenas estou sendo realista!
Liara é totalmente contra a esse meu plano, mas não posso me abster disso.
Eu já havia comunicado minha decisão à futura soberana, vi como ela reagiu a ideia de ter que se deitar comigo antes que eu liberasse sua irmã, agora era só esperar e ver como ela lidaria com essa informação.
Eu a estava empurrando bem próximo ao precipício e preciso ver qual vai ser sua reação.
Após nossa conversa, não a procurei, mas fiz questão de fazer barulho quando entrei no banho naquela noite.
Eu contava com a curiosidade humana e lá estava ela.Senti sua presença assim que se aproximou.
Fiquei surpreso quando ela me ofereceu ajuda, mesmo eu sendo seu algoz, para todos os efeitos.
Resolvi ver até onde ela iria e fingi me desequilibrar.
Ela me alcançou rapidamente e me ajudou a ir para meus aposentos.
Sento-me na cama e a observo.-É melhor se deitar! - ela aconselha.
-Estou bem assim!
-Aposto que sim! - Noto seu desdém.
Sem mais palavras, ela sai por onde entramos, mas em poucos minutos está de volta e seu olhar é decidido.
Finjo estar avaliando o ferimento em meu abdômen.-O que faz aqui?!
-Vim ajudá-lo! Deite-se- Ela explica e com seu jeito mandão me pede para deitar e já vai me empurrando e pressionando a toalha no ferimento.
-Por que está fazendo isso?!
-Nem eu mesma sei!
-Dê-me aquela garrafa!- Aponto uma garrafa escura sobre uma mesa e ela não faz qualquer objeção.
Bebo um generoso gole do líquido e entrego de volta a ela, que põe no mesmo lugar.
Espero estar fazendo a coisa certa ou estarei em sérios apuros.
Quando a bebida faz efeito, sou reclamado pelo sono e me deixo ir.
A última visão que tenho é a da pequena humana se aproximando do meu leito, seu semblante acusa uma luta íntima e seu olhar é de puro terror.
Não há como prever o que acontecerá, mas ainda acredito estar certo sobre sua índole.Violet
Puxei a adaga secretamente escondida, mas fui incapaz de fincar no coração dele.
Não sou uma assassina.
Saio de lá, às pressas, e corro para o jardim.
Eu precisava de ar puro.-Inferno, o que você está fazendo Violet?!
-É muito tentador ver a soberana nesses trajes!
Quase corro de susto.
-Mas que droga! O que faz aqui?! Ah, deixa pra lá... Olhe, eu não consegui matá-lo, simplesmente, não posso fazer isso...
-Como assim?
-Ele está ferido! Tive oportunidade, mas não consegui!- despejei.
-E onde ele está?!
-Dormindo!
-Volte lá agora e mate-o!
-Você não me ouviu?! Não sou uma assassina!- esbravejo.
-Entendo! Quantas mais vais permitir que ele mate?! Quem será a próxima?! Sua irmã, talvez?!- ele fala e então segura meu rosto com as duas mãos, sinto uma corrente elétrica em mim com seu toque- Volte lá e crave a adaga no peito dele!- ele me incita.
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ABDUZIDA ♧ Contos alienígenas ♧
FantastikViolet é só uma garota da cidade que pretende viver seus sonhos, mas tudo muda quando a irmã mais nova a convence a ir uma festa num lugar ermo. Tudo sai de controle quando o local é invadido e elas são raptadas por homens de outro planeta; por alie...