cap 3

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••Maya••

Depois de tomar café e passar vergonha conversamos muito com Yan, ele nos propôs a conhecer a cidade. Apesar de sempre tá viajando com meus pais ou até mesmo sozinha, Toronto nunca me encheu os olhos. Mas já que vou passar essa semana aqui, acho que no mínimo eu tenho que me divertir, Yan ainda não me reconheceu e eu tô agradecendo por isso vai melhor se continuar assim ate o final dessa viagem!!

Trocamos de roupa e ficamos esperando o Yan descer, ele levou uma amiga dele junto e ela era muito engraçada. Yan nos contou que morava na cidade do México com os pais, mas depois que descobriu que ele era Gay o pai militar desertou o filho. O pai tentou levar ele pro exército mas não deu certo, ele acabou ficando com a metade do batalhão. O pai descobriu e mandou ele embora, ele mora aqui com a tia, mas do nada resolveu gastar o dinheiro que tinha e veio pra esse hotel.

Segundo ele o pai continua mandando a mesada dele, mas manda direto pra tia, então ela tira e dá a metade pra ele e o resto usa pras despesas da casa. Aline a amiga e de Yan, mora em Nova York, ela faz faculdade aqui e mora junto com Yan. Ela morava em um quartinho em algum lugar por aqui, daí um dia conheceu Yan em uma festa e então foi morar junto com ele.

A tia dele adora a menina e vive fazendo de tudo pra agradar ela e o Yan, a tia dele nunca teve filho e seu grande amor morreu muito cedo, Depois disso ela não casou mais. Trata eles como se fosse filhos e Yan ama a tia mais do que tudo, porque mesmo sabendo da sua sexualidade ela nunca falou algo ou criticou, ela ama ele do jeito que ele quiser ser e é isso que fez ele amar a tia mais do que a própria mãe. Fomos em um bar bem conhecido aqui, e depois fomos em um museu, eu odiei a parte do museu, mas não tem muitos lugares aqui pra se conhecer.

— de noite eu vou levar vocês em uma das minha boates favoritas.— Yan diz.

— amo, mas agora eu to com fome e o preço das comidas do hotel é um absurdo.— falo com a minha barriga já roncando de fome.

— eu conheço um lugar ótimo e é aqui pertinho, vamos.— Aline diz e se levanta.

Nos levantamos também e começamos a seguir ela, era perto mesmo e a gente foi andando até lá. Escolhemos a mesa e fizemos os pedidos, enquanto os pedidos ficavam pronto nós ficamos conversando, sobre um monte de coisa. Yan pega o celular e vejo o exato momento em que ele olha pra tela do mesmo e arregala os olhos. Em seguida ele me olha e depois volta a olhar o celular e fica fazendo esse movimento por um tempo.

— que babadooo.— ele fala colocando a mão na boca.

— pelo amor de deus não faz escândalo, sim sou eu mesma.— falo na tentativa de acalmar ele.

Ele começou a fazer um show e a falar alto, minha sorte é que ninguém tava entendendo nada. As meninas ficavam rindo, Yan fazia escândalo, enquanto eu tentava esconder minha cara, eu realmente joguei pedra na cruz, eu nao lembro, mas joguei, certeza. O dia passou bem rápido e com isso Yan nos mostrou mais um pouco da cidade, já de noite voltamos ao hotel e Aline e Yan seguiram a gente.

Ficamos no quarto e pedimos comida, assistimos um filme e no final, ninguém estavam com sono. Estavam todos no maior tédio, já tínhamos dançado, cantado e assistido filme, não sabíamos o que poderia fazer. Nesse momento estamos deitados na cama mexendo no celular por pura falta de opção.

— ah, lembrei, vamos na boate que eu falei.— Yan diz dando um grito.

— que susto.— suzy fala.

— gostei da ideia, vou me arrumar.— me levanto e vou pro banheiro.

Todos fora se arrumar também, marcamos de nos encontrar daqui a trinta minutos na frente do hotel. Tomei um banho rápido junto com a suzy, mas dessa vez não teve show, eu demoro muito pra me arrumar se eu ficar fazendo show, não vou terminar nunca. Coloquei um vestidinho coladinho que ficava um palmo acima do joelho, ele era preto de cetim e um salto alto de brilhante.

Fiz uma maquiagem simples, por que eu tenho certeza de que vou suar e não quero ficar parecendo um panda ou algo do tipo. Suzy colocou o mesmo vestido que o meu só que o dela era amarelo, ela colocou um salto também e fomos. Não gosto muito de usar bolsas quando vou pra uma boate, carrego as coisas na capa do célula que fica guardado ou na minha calcinha ou nos peitos. Ficamos esperando Yan e Aline que não demoraram muito pra chegar, pegamos um taxi e fomos até a boate.

No caminho a gente ficou cantando várias músicas que tocava na rádio, o motorista só não tirou a gente do carro porque a gente ia pagar a corrida. Mas eu tenho total certeza de que se ele vê a gente de novo ele vai passar direto, a cara de puto dele ficou pior quando eu fui aumentar o som. que culpa eu tenho se tava baixa demais.

Chegamos em frente a boate e eu ainda fiz o favor de da uma gorjeta pra ele, e nem isso ele agradeceu, se eu soubesse que mesmo com a gorjeta ele nao iria mudar aquela cara de cu dele eu nem teria dado. Ficamos na fila pra entrar e que inveja desse pessoal que passa direto, eu até posso mas eu prefiro não causar tumulto, estou tentando nao chamar mais atenção do que ja chamo. Já vi que aqui tem alguns paparazzi e vou tentar o máximo não aparecer, do jeito que minha foto ta nos sites de fofoca.

Se eu aparecer em uma foto eu tenho certeza de que o meu pai manda os homens dele vim me tirar daqui daqui força. Desde que cheguei aqui, eu só falei com Tiana, e avisei que estava bem, eu só olhei as mensagens da minha mãe dizendo que vai me matar, de resto é só meu pai me xingando. Vou aproveitar minha última semana de vida e depois eu vejo se volto mesmo ou não.

Entramos na boate e já estava bem lotado fomos para o bar e pedimos várias bebidas diferentes. Ficamos tomando todas e depois fomos para a pista de dança, Aline tava ficando com uma menina quando do nada um cara chegou puxando a menina pelos cabelos. Elas estavam perto do banheiro e eu consegui ver a cena porque estava esperando pra entrar.

— ei, você tá louco seu imbecil.— pego na mão dele na tentativa dele soltar o cabelo dela.

— acho que quem tá louca aqui é você.— pega na minha mão e tira.

— solta ela seu idiota, babaca.— ele pega no braço da moça e entrega ela pra um homem que leva ela pra fora.

Ele se vira pra mim e me encara de cima a baixa, o olhar assustador do homem me causa calafrios. Mas além disso me causa um certo desejo, o homem era alto de olhos claros e tinha um cabelo castanho, seu corpo era bem torneado e sinceramente ele era um Bell'uomo. Eu parecia uma anã perto dele, e seu terno que parece que vale mais que o carro do meu pai.

Ele continua me encarando e não fala nada, eu tento dizer algo mas as palavras parecem não sair da minha boca. — acho que você não me conhece né, mas relaxa, quem sabe você tem uma oportunidade.— me dá um beijo na boca e sai.

O que foi isso????? ta isso foi muito estranho, mais é estranho eu dizer que gostei?  nao me julguem, eu sei que voces tambem iriam gostar, ele e um gato.

O Chefe Da Mafia.Onde histórias criam vida. Descubra agora