cap 5

272 22 0
                                    

••Maya••

Depois daquele dia eu nunca mais vi aquele homem, o quarto foi ocupado por outras pessoas. E o chão que é de carpete e que estava bem sujo de sangue, agora está bem limpo, como se nada tivesse acontecido.

As imagens daquele homem todo ensanguentado ainda estava na minha cabeça e eu tentava o máximo não pensar sobre isso. Hoje é o nosso último dia aqui e eu não quero ir embora, Yan e uma ótima pessoa e Aline também.

Mas eu prometi que voltaria quando resolvesse a situação com a minha família. E ele também prometeu que iria pra Washington fazer uma visita pra gente, ele vai adorar as crianças.

Falando neles eu tô morrendo de saudade, não vejo a hora de chegar e abraçar os pestinhas.

Tiana disse que eles não param de falar de mim, vivem perguntando pra mamãe e pro papai quando eu vou voltar. Ela também me disse que papai depois de dois dias que vim pra cá, passou a maior parte do tempo no quarto e não queria sair de lá de jeito nenhum.

E quando sai sempre tava com uma cara de deprimido, eu também fiquei mal por isso. Sempre pensei que meu pai iria me apoiar nas minhas escolhas e que comigo seria diferente, mas ele me decepcionou, eu queria que ele me respeitasse e cumprisse pelo menos com a promessa que me fez. Embora eu esteja chateada, uma hora eu vou ter que voltar e essa hora é agora.

Já despachei as malas e só estou esperando suzy voltar do banheiro, nos já fomos chamados, mas ela não vem de jeito nenhum. Depois de alguns minutos e ser chamada pela segunda vez ela aparece correndo.

— até quem fim, vamos.— pego na mão dela e fomos correndo até o portão de embarque.

Depois de entramos no voo capotamos de sono, a aeromoça que chamou a gente pra poder sair do avião.

Pegamos um taxi e fomos pra casa, suzy e eu moramos no mesmo condomínio.

Nossas famílias se conhecem desde sempre, éramos muito amigas na escolinha e continuamos assim até hoje.

Sempre era eu e suzy aprontando por aí as escondidas, nunca fomos pegas e esse era o bom.

Suzy sempre foi doidinha e sempre adorou se amostrar, mas também e no tempo dela, tem dias que ela quer distância de tudo e de todos, no começo eu não entendia a ignorância dela mas fui me acostumando e hoje eu sei lidar com isso.

Chegamos em frente a minha casa,me despedi da suzy e desci do taxi, ajudei o taxista a pegar minha mala e agradeci

O carro sai e eu fico olhando para aquela mansão que era a minha casa, já fui me preparando mentalmente pra poder ouvir tudo que ouviria dos meus pais. Também gravei algumas coisas que iria dizer e quando cheguei na porta a mesma se abre.

— Maya minha filha, você voltou.— minha mãe abre a porta e vem me abraçar.

— Que bom que voltou filha.— meu pai diz meio sério.

Eu já sabia que iria vim bomba, mas ser recebida assim foi muito bom, os pirralhos já vinheram correndo me abraçar também.

Theodore e o restante apareceram na sala e vinheram me cumprimentar também. Depois de falar com todos meu pai me chamou em seu escritório para conversar, no caminho até lá fiquei relembrando o que iria falar.

— Maya eu...— interrompo ele.

— pai olha, eu queria pedir desculpas por você ter passado por essa situação com os jornalistas e paparazzi.— falo.

— tudo bem, mas...— interrompo novamente.

— mas, eu não vou pedir desculpas por ter deixado de aceitar esse casamento forçado que o senhor me arrumou, a única coisa que pedi pra você, foi me prometer que não iria fazer isso, e olha só o que eu tive que fazer pra você entender que naquele dia eu não estava brincando. Eu esperava mais de você.— enquanto eu falava fiquei andando pelo escritório.

— Maya, eu sei que você está chateada ou até mesmo magoada comigo, mas de verdade, eu te peço desculpas, quando você fugiu eu fiquei com muita raiva, mas depois eu percebi que você estava certa, não vou mais força nada, quero apenas que você não faça isso, a sensação de que eu iria te perder foi horrível e eu não quero sentir isso de novo, me perdoa ?- fui até ele e o abracei.

— é claro que sim.— beijo o seu rosto e depois saio do escritório.

Já estava quase na hora do almoço e enquanto a comida não saia, ficamos sentados na sala conversando.

*********

— olha o que temos aqui, se não e o irmão mais legal do mundo.— entro no escritório e me sento na sua frente.

— não posso, tô ocupado.— ele continua digitando.

— calma calma irmãozinho.— ele fecha o computador e me olha.

— eu te dou cinco minutos pra me convencer.— se apoia na cadeira e põe a mão no queixo.

— nao vou pedir nada, só quero saber o que ouve com papai que do nada ele desistiu da ideia de um casamento arranjado.— pergunto.

— na real eu não sei, depois que você fugiu ele passou a maior parte do tempo no quarto e quase não saiu de lá, mamãe tentava falar com ele mas não conseguiu.— ele fala e volta a mexer no computador.

— então ele ficou mal ao ponto disso?— pergunto.

— sim, se eu soubesse que era tão fácil assim, teria feito também, na verdade não.— ele brinca.

Saio de lá e vou pro meu quarto e quando entro vejo os trigêmeos mexendo na minha mala. Eles acharam que eu iria trazer algo pra eles, mas eu não trouxe nada pra ninguém.

Eu realmente fui pra descansar e me divertir,então eu não pensei em comprar nada pra ninguém, também não era o momento né.

Decidi levar eles pra lanchar e depois levei pro parque, Tiana foi comigo, ficamos conversando enquanto eles brincavam. Chegamos em casa depois do jantar, fui pro meu quarto e me deitei, a única coisa que eu não parava de pensar era naquele homem da viajem. Passei o resto da noite mexendo no telefone e conversando com suzy sobre o tal homem.





O Chefe Da Mafia.Onde histórias criam vida. Descubra agora