cap 14

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••Maya••

— e mais uma vez a favorita da nonna fica com o sótão.— benjamim diz.

Benjamim e meu primo filho da tia Felipa, é dois anos mais velho que eu, mas age como se fosse 10 anos mais novo.

Sempre tenta implica comigo pelo fato de ter o sótão só pra mim, ele tem que dividir o quarto com os outro irmãos e eu não.

— olha só se não é o invejoso.— falo com desdém.

— inveja? Eu? Ta aí uma coisa que eu não tenho.— diz se aproximando.

— ah, me desculpa senhor privilegiado.— debocho.

Me olha de cima abaixo e depois passa a mão pelo rosto me analisando, odiava quando ele fazia essa cara de mistério, como se eu fosse ter medo dele, idiota.

Ele sai e depois de fechar a porta volto a arrumar minhas roupas no guarda-roupas.

Tomo um banho e troco de roupa, desço pra comer algo e assim que chego na cozinha vejo quem eu menos quero ver.

Tia Felipa, a cobra, adora falar mal dos outro, só que dessa vez ela vai ouvir também.

— Maya, que surpresa, achei que ainda estava no Canadá, por que não foi me visita.— diz com um pouco do veneno escorrendo.

— Tia Felipa, eu voltei sim e estou muito bem obrigada, não visitei pois queria ficar em paz e eu tenho certeza que não conseguiria ter isso indo vê você.— dou um sorrisinho pego uma garrafa de água e uma maçã e saio.

Ela tava falando com uma das empregadas que ri do que eu falo e ela logo para depois do olhar de repreensão da tia Felipa.

Por sorte ela não veio atrás de mim como sempre, mas eu sei muito bem de quem ela vai atrás e antes que isso aconteça eu vou primeiro.

— papai, tia Felipa já começou e antes que ela venha falar asneiras vou logo lhe avisando que dessa vez eu não vou ficar calada.— falo e ele ri.

— pode deixar, não é o primeiro que vem falar isso.— passa a mão em meus ombros e sai.

Me sento no sofá e fico olhando aquele movimentação de gente, primos e tios, maridos, esposas de tios e mais primos.

A casa estava em uma enorme agitação, parece que todos chegaram hoje ou ontem a noite e agora estão colocando tudo em ordem.

O que me espanta é que até agora não vi nenhum dos trigêmeos, não sei se fico feliz ou preocupada.

Vejo minha mãe entrando na sala principal como se estivesse procurando alguém e sei exatamente quem ela está procurando.

— seus irmãos sumiram e estavam com cara de quem iriam aprontar, sua tia Felipa vai ser o alvo principal já que eles já passaram por ela.— avisa.

Sinto uma pontada de pena da tia Felipa, ajudei os pestinhas a fazerem as malas e eles colocaram os estilingues deles.

Com certeza eles estão preparando algo bem perverso com os outros da mesma idade.

Minha pena acaba de passar assim que vejo a mesma entrando segurando o braço de Simon.

— solta ele agora.— falo.

— você, cala a boca e você, deveria da educação aos seus filhos.— entrega o objeto pra minha mãe e joga Simon em cima dela.

— quem deveria ter educação e ser menos inconveniente é você, e não me mande calar a boca pois eu não sou seus filhos.— falo e ela olha incoformada pra minha mãe.

— olha, como fala comigo garota.— chega mais perto.

— Felipa já chega, você sempre fala asneiras e acha que tá certa, ensinei meus filhos a serem educados com quem eles tem que ser.— papai aparece na sala.

Ela olha pra ele, não fala nada e sai pisando duro, papai era o segundo mais velho dos irmãos, ela sempre respeitava ele por conta disso.

— vocês, podem sair daí e me entregue  isso agora. — papai estende a mão.

— mas pai.— Sebastian tenta.

— não, de jeito nenhum, agora vamos, me dê logo isso.— eles colocam na mão do meu pai e saem.

Eu sabia que eles iriam arrumar um jeito de pega de volta, mas até lá eles iriam arranjar outra coisa pra fazer.

— Maya, nonna tá te chamando.— Theo avisa.

Vou até a mesma que estava sentada no jardim olhando pra roseira, ela sorrir ao me vê e depois volta a olhar a roseira.

— você tá tão grande.— alisa minha mão.

— nem tanto nonna, só tenho 1,60.— rimos.

— aquele rapaz é muito bonito, porque não dá uma chance a ele ?— fico confusa.

— acho que a senhora tá confundindo, não tem rapaz nenhum nonna.— explico.

— você sabe que tem, admite logo que acha ele atraente.— ela me olha e fica sorriso enquanto eu fico sem entender nada.

— de quem a senhora esta falando.— pergunto ainda sem entender.

— do novo sócio do seu pai, de quem mais eu estaria falando.— fico surpresa.

— como a senhora sabe dele ?—

— ele veio aqui e se apresentou pra mim, disse que queria conversar com você, minha filha de uma chance ao rapaz, vai ser legal.—

Continuo conversando mais um pouco com ela e depois volto pro meu quarto, pego meu celular e vejo uma mensagem dele querendo me encontrar depois do jantar.

Como ele sabe que eu estou aqui e como conseguiu falar com a nonna sem que ninguém percebesse.

A obsessão por mim já está indo longe de mais. O janta estava quase na hora de ser servido e eu já estava imaginando como seria.

Coloquei um vestido preto e uma sandália, arrumei o cabelo e sai do quarto.

— acredite, a vista daqui é a das melhores.— a voz rouca me causa arrepios.

— como entrou aqui?— pergunto.

— Ah você está aí, vamos o jantar já vai ser servido.— papai aparece nos chamando.

— como assim?— papai da um sorriso e desce.

Logan pega na minha mão e vamos assim até a sala de jantar, todos já estavam na mesa e quando chegamos ficaram olhando.

Mamãe, Theodore e Tiana me olham com os olhos arregalados, Tia Felipa fica encarando Logan assim como outros.

Ele puxa a cadeira pra mim e eu sento, ele se senta ao meu lado e fica me encarando, dou um sorrisinho de canto pra ele e depois olho em volta.

O jantar começa a ser servido e o único barulho era dos talheres sobre os pratos e ficou assim durante todo o jantar, nem a nonna se pronunciou o que era de se estranhar.






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