ᴄᴏᴍᴏ ᴀᴍᴀʀ ɴᴏᴠᴀᴍᴇɴᴛᴇ; ʀᴇᴍᴀᴅᴏʀᴀ + sɪʀɪᴜs

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sinopse: tonks está lá, porque ela sempre está lá para remus, principalmente depois de sirius partir.

[+12]: processo de recuperação de luto, palavrões.

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Remus meio que desejava que ele nunca tivesse deixado Sirius ir até o Ministério para salvar Harry. Afinal, além de ser procurado, aquilo tinha tudo para dar errado.

Porém, mesmo com esse sentimento, ele não disse nada. Só beijou Sirius na testa antes do resto da Ordem chegar e sussurrou passivamente.

— Eu amo você. — Sirius o olhou com preocupação nítida, mas pegou a mão de Remus, a beijou e disse que o amava também.

Iria tudo ficar bem.

Exceto que não ficou.

Quando Bellatrix surgiu de uma vulto preto de sombras, Remus estava ocupado com as crianças. Ele precisava saber que elas estariam bem e Sirius já estava com Harry.

Porém, assim que ouviu o 'Avada Kedavra' do outro lado da grande sala que estavam, ele soube que era para ele. Ele soube que era para o seu Sirius.

Virou-se rapidamente, mesmo que o mundo parecesse ter ficado mais lento, e viu o corpo de Sirius caindo devagar para trás. Devagar demais.

Ele também viu Harry começar a se mover, como se pretendesse segurar o padrinho.

Não, não, não. Remus não podia permitir.

Ele correu até Potter e o segurou nos seus braços, ouvindo-o gritar em agonia logo em seguida. Nunca, em toda a sua vida, Remus havia escuto um som mais horrível do que aquele. Era como se tudo dentro de Harry estivesse se partindo e, sendo sincero, ele também se sentia assim. Tudo nele doía, porque Sirius havia partido novamente, dessa vez para sempre.

Em algum momento, Remus pôde sentir Harry se desvenciliando dos seus braços, correndo atrás de uma Bellatrix que parecia extremamente feliz com o seu feito. Lupin, ainda encarando o véu onde seu amado desfalecera, não podia se mexer. Ele ouvia vozes desconexas ao seu redor, mas não tinha forças o suficiente para prestar atenção e realmente escutá-las.

Tudo a partir daí era apenas um quadro manchado na lembrança de Remus, composta de: gritos, ordens, correria, choros.

E então, ele estava no Largo Grimmauld. Se o perguntassem como ele havia chegado lá, ele só saberia responder porque ouvia a voz de Ninfadora ao longe, como se sussurasse em seu ouvido, mas baixo demais para ser compreendido.

De qualquer forma, sua voz era doce, até mesmo um pouco embargada, e o ajudava a não ceder completamente a tristeza e angústia que queria carregá-lo.

Dias se passaram e Remus não lembrava nada mais do que pequenos minutos no total. Ele acordava — quando conseguia dormir — escovava os dentes, comia, lia papéis para a Ordem, bebia até desmaiar quando a noite chegava e, no dia seguinte, repetia o processo. Ele não tinha certeza de como não tinha morrido, mas achava que estava perto até sofrer uma intervenção.

Ninfadora chegou como um furacão desgovernado em um final de tarde de uma quinta-feira comum, Remus ainda estava no segundo copo de bebida, apesar dessa, em particular, ser bem forte. Quando ela o viu, logo fez uma careta de desgosto — parecida demais com a que Sirius fazia quando encontrava Remus afundando em sua própria autopiedade. Ninfadora o encarou com os olhos cerrados por alguns segundos e então, rápido demais para os reflexos retardados do outro acompanharem, ela fez um aceno de varinha e a bebida desapareceu, juntamente com o copo de Remus tinha em mãos.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2021 ⏰

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