Meeting Love | Larry Stylinson

4. Uma pirueta atrás da outra

Atenção: esse capítulo pode conter gatilhos.

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Louis, sem nenhuma dúvida, em todos aqueles anos nunca havia visto algo que lhe deixasse com os olhos brilhando maravilhado, o garoto não tinha tantas oportunidades de ver coisas assim na sua vida, principalmente, durante esses três anos em Londres, já havia visto de quase tudo, porém, nada que o deixasse encantado como agora.

Tinha, mais ou menos, uns 5 minutos que Louis estava na porta daquela sala, apenas com a cabeça para dentro dela, observando aquela linda cena à sua frente, a música que tocava deixava tudo ainda mais perfeito em sua visão, era, simplesmente, magnífico para ele ver uma imagem tão bela assim, queria pausar aquele momento ali, tinha absoluta certeza disso.

Louis ofega ao ver o garoto dentro daquela sala dar uma pirueta atrás da outra, parecendo estar disperso daquele mundo real em que se encontrava, seus olhos estavam fechados, sua expressão era calma e seus passos pareciam leves como uma pena, ele parecia apenas estar se movimentando sem nenhum esforço de seu corpo.

Além de tudo isso, Louis via aqueles belos cachos achocolatados se movimentando a cada impulso que o corpo do garoto dava para dar mais e mais giros sobre o próprio eixo, ele abre um sorriso involuntário, observando como a bela saia que o garoto usava girava junto dele, deixando tudo ainda mais perfeito aos olhos azuis, que não perdiam um movimento sequer.

Vendo o garoto girando mais devagar, se deixando cair suavemente no chão, se sentando, abraçando a própria perna, soltando um suspiro calmo, abrindo os olhos devagar, no primeiro momento ele fica parado, mas nota a presença alheia pelo espelho na sua frente e olha naquela direção assustado, se virando rapidamente, ao mesmo tempo que se levantava, encarando Louis um tanto surpreso por ele estar ali lhe observando.

- O que está fazendo aqui? Quem é você?

Louis se mata mentalmente por ter ficado ali, encarando o garoto como um maluco psicótico, engolindo em seco, queria mesmo um buraco para se enterrar, ou só dar um tiro na própria cabeça naquele momento, ou desaparecer em um estalar de dedos para fingir que aquilo não estava acontecendo.

Não queria ter assustado o garoto, nem mesmo queria ter encontrado aquele lugar, mas por algum acaso do destino ele encontrou e ali estava ele agora, tendo belos olhos verdes lhe encarando assustados e bem amedrontados enquanto estava parado na porta com cara de besta, ele diria, pois sem dúvidas era um grande besta por ter ficado ali parado como se o garoto não fosse lhe ver.

Bela ideia, sua besta quadrúpede.

Louis pensava, balançando a cabeça, iria se matar depois dessa, com certeza.

- Ei... - ele olha para o garoto novamente. - Você está bem? Parece mal com algo. - dizia baixinho, agora de modo não alarmado, mas preocupado e Louis se martiriza por estar parecendo um doente na frente daquele garoto, olhando para si mesmo no espelho, ficando assustado, aliás, não era atoa que ele estava preocupado, tinha olheiras profundas abaixo dos seus olhos e seu rosto parecia magro demais.

- Céus. - sussurra assustado, encarando o garoto novamente, vendo ele lhe encarando curioso agora, com certeza se perguntando quem era aquele desconhecido que estava ali, ou o achando maluco, Louis tinha certeza que era a segunda opção. - Eu, hum... M-me... Me perdoa por estar aqui te observando, sei que pareço um maluco, mas não sou.

- Isso é o que um maluco diria, não? - Louis arregala os olhos, vendo ele sorrindo parecendo divertido e logo solta uma risadinha. - Estou brincando. - diz em um sussurro, olhando para as suas mãos um pouco tímido, mas volta a encarar o garoto de olhos azuis. - Qual o seu nome?