28. Uma nova palavra, arrependimento

365 42 109
                                    

Ao sair do hospital na manhã do dia seguinte, Louis foi pra casa acompanhado de sua mãe e Charlotte, a garota foi nos bancos de trás do carro, abraçando seu irmão, sentiu falta dele naqueles dois dias que ele não esteve em casa e o garoto nem reclamou, gostava do carinho de suas irmãs, tanto que não ligou de se abaixar para abraçar as outras ao chegar em casa, sorrindo sempre carinhoso com a recepção delas.

Johannah deixou eles na sala, pedindo cuidado sempre por Louis estar um pouco fraquinho ainda, mas bom o suficiente para acomodar suas irmãs bem perto dele, sempre sorrindo para elas, ouvindo tudo o que aconteceu com elas nos dois dias que ficou fora de casa, dando atenção para cada uma delas, sorrindo divertido pelas coisas elas falavam.

Depois as meninas ajudaram ele a subir as escadas, sempre soltando risadinhas pelo incentivo que as gêmeas faziam já no topo das escadas e Louis agradecia o tempo todo por ter elas na sua vida, era perfeito ter suas irmãs ali, mesmo que se sentisse incomodado em fazer elas lhe ajudarem com uma tarefa simples, ele já não gostava dos outros lhe ajudando, elas muito menos.

As meninas ajudaram ele a ficar confortável na cama, e Phoebe até deu seu ursinho para Louis — ela alegou que ele iria ajudar o irmão a se recuperar —, algo que ele mesmo havia dado para ela quando a garotinha era um bebê ainda, o garoto aceitou de bom grado, abraçando ele para a deixar feliz, elas ficaram na cama com ele, quietinhas, assistindo algum filme que tinham colocado.

Ficaram ali por boas horas, as gêmeas acabaram dormindo pelo terceiro filme, mas continuaram ali a pedido de Louis, queria ficar mais próximo de suas irmãs e não se importava por elas estarem dormindo, sorrindo sempre por ver elas ali consigo, era bom ter a companhia de cada uma, se sentia como anos atrás, quando ainda não tinham de mudado.

Todas as noites os irmãos Tomlinson colocavam colchões no chão da sala, almofadas grandes e cobertores, enquanto isso, toda a casa era preenchida pelo aroma de chá, biscoitos, pipoca e chocolate quente que Johannah, ainda grávida das gêmeas, fazia na cozinha com a ajuda do marido. Louis lembrava que também seus pais faziam um delicioso bolo de chocolate para o final da noite.

Ele se lembra que enquanto ele, Charlotte e a pequena Félicité, de apenas 8 anos, discutiam os filmes, eram ouvidas conversas e risadas de seus pais na cozinha, e ele sabia que seu pai estava importunando sua mãe com brincadeiras bobas, pois já havia chegado lá uma vez apenas para ver eles como um lindo casal apaixonado, se abraçando, rindo, trocando beijos — que seus filhos achavam nojento — e seu pai dizendo coisas românticas para sua mãe.

Louis, sem dúvidas, daria cada libra que precisasse para voltar para aquela época, com seu pai sendo um exemplo de pai que era seu verdadeiro herói, com sua mãe dando mais do que apenas um sorriso pequeno, com suas irmãs correndo pela casa enquanto brincavam e com ele feliz, sem ter traumas e mágoas.

O garoto suspira com aquelas lembranças, mas sorri, sentia falta de tudo aquilo, de ver seu pai chegando em casa, brincando com suas irmãs, ajudando elas com o dever de casa, assistindo aos jogos de domingo com ele ou ir aos jogos pessoalmente e gritar como verdadeiros loucos pela emoção da vitória do time.

Às vezes, pensava se seu pai lhe pedisse desculpas, se o perdoaria mesmo, se toda aquela mágoa fosse esquecida, se tudo o que aconteceu naqueles últimos anos fosse deixado para trás, mas ele não queria mentir para si mesmo, a mágoa era enorme e não tinha perdão o que seu pai já lhe fez, perdão não o faria esquecer tudo aquilo e muito menos ignorar tudo o que já foi feito pelo seu pai.

Louis não seria tão tolo.

— Boo?

Ele pisca algumas vezes, olhando para Phoebe quando ela lhe chama, notando que Charlotte e Félicité também dormiam.

Meeting Love | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora